O parque tem uma área de aproximadamente 8 494 ha, distribuída pelos municípios de Mossoró e Baraúna. É administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Criado em 2012, o parque ainda não está aberto ao público em virtude de uma série de fatores, dentre eles a conclusão de um plano de manejo, regularização fundiária de terras e a construção de uma estrutura de apoio para os visitantes.
A preservação do complexo espeleológico da Furna Feia e a biodiversidade associada ao bioma Caatinga; a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico.
Turismo
Parna da Furna Feia é o maior parque nacional de cavernas do Brasil e representa um dos maiores biomas remanescentes da caatinga, com grande importância no cenário espeleológico brasileiro.
Parna da Furna Feia contribui para a conservação das 218 cavernas atuamente identificadas até fevereiro de 2016. Também ajuda a preservar as espécies endêmicas e espécies de fauna e flora ameaçadas de extinção na Caatinga.
O objetivo é que as comunidades do entorno do Parna sejam protagonistas na implementação da unidade de conservação e em toda a cadeia do turismo. Entre as atividades desenvolvidas atualmente no parque, estão dois projetos dos professores Diana Lunardi e Vitor Lunardi, da Ufersa - um sobre a conservação da caatinga e o outro sobre o planejamento de trilhas ecológicas.
Indubitável importância no cenário de proteção do patrimônio espeleológico brasileiro, pois já foram identificadas 205 cavernas em todo o seu território. Desde 2002, tais estruturas são estudadas e protegidas pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação das Cavernas, segundo o qual o Rio Grande do Norte é o 7o Estado brasileiro em número de cavernas, com 563 cavidades constantes.
Atrações
A caverna do Lago também apresenta dimensões notáveis, pois tem o maior desnível do complexo (-35,2 metros até o momento) e serve de habitat para troglóbios raros: uma espécie de aranha (Pholcidae), uma centopeia (Scolopendromorpha: Dinocryptops sp.), um colêmbolo (Cyphoderidae - Cyphoderus sp.), um isópode cirolanídeo (Cirolanidae) e um anfípode (Amphipoda).
A caverna Furna Nova apresenta a maior cortina do estado e atinge mais de seis metros, além do maior ninho de pérolas. Já a caverna do Porco do Mato I tem o único registro de helictites na área (formações de calcita ou aragonita a partir do teto ou de paredes da caverna, mas ao invés de se formarem verticalmente como as estalactites, as helictites desviam para os lados ou para cima).
Estão na lista de potenciais atrações: a caverna Gêmea, a caverna dos Macacos/Esquecida e a gruta do Pinga, além da caverna da Pedra Lisa/Troglobento.
O Parna reúne um sítio arqueológico composto pelo abrigo do Letreiro que contém painéis de pinturas rupestres de tradição geométrica distribuídos em praticamente todas as paredes e também em algumas partes do teto da caverna.
Há ainda um afloramento calcário conhecido como “Lajedo em Pé”, que constitui um segundo sítio arqueológico mas ainda não foi estudado com profundidade.
Atrativo Turístico
Os atrativos ecogeoturísticos do PNFF abrangem 3 (três) cavernas que serão abertas à visitação pública (Caverna da Furna Feia, Caverna da Furna Nova e Abrigo do Letreiro)
Caverna da Furna Feia
A cavidade apresenta um valor científico alto por apresentar fases de processos geológicos e geomorfológicos bem preservados, podendo ser identificados e interpretados no local. O valor turístico é classificado em alto, pois a caverna apresenta grande relevância em relação ao potencial didático e se encontra a uma distância de cerca de 1,64 km da via principal de acesso.
Caverna da Furna Nova
Além de espeleotemas únicos, a caverna da Furna Nova também possui potencial paleontológico significativo, pois se pode observar vestígios de espécies de cobra que estão calcificados nas rochas, próximo a um ninho de pérolas, outro tipo de espeleotema.
Abrigo do Letreiro
O piso da caverna se constitui basicamente da rocha mãe, sendo notado em alguns pontos o acúmulo de argila seca. O que chama bastante a atenção no teto da caverna é uma abertura que foi feita por uma árvore nativa, o mulungu. Tal abertura é conhecida como claraboia do mulungu e possui elevado potencial didático.
Gruta do Pingo
Caverna Furna Feia, a maior do Parque Nacional, são os pontos mais atrativos para o turismo ecológico.
Na área do Parque Nacional, com quase 8.500 hectares, já foram cadastradas 218 cavernas, algumas delas com fendas ainda não exploradas pelo homem, um ambiente espeleológico, ou seja, ideal para pesquisas e exploração.
Serviços Turísticos
Comunicação ICMBio Nordeste: (83) 3245-2847 / 3245-1927
Histórico
Há dez anos, apenas três cavernas eram conhecidas na região. Quando as demais cavernas começaram a ser descobertas, surgiu a proposta de protegê-las e usá-las como instrumento para gerar renda por meio do turismo. O criação do Parque foi impulsionada pela realização da Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. A presidente Dilma Rousseff assinou o decreto que esteve inserido dentro do pacote de medidas anunciado às vésperas da Conferência da ONU. Até então, havia três anos que nenhuma área de proteção ambiental nacional havia sido criada no país.
Quase metade da área da UC engloba a reserva legal de um assentamento criado na antiga fazenda da empresa Maísa, grupo agroindustrial de fruticultura irrigada na região, que faliu em 2003. Na ocasião, mais de mil famílias receberam lotes sem assistência ou estrutura com riscos de atividades predatórias.
Os colonos assentados apoiaram a iniciativa de proteger a área, convencidos sobre a possível valorização das terras, a chegada de infraestrutura e o melhor abastecimento de água, além das oportunidades de ganho.
A previsão é de inaugurar o Parque até a Copa do Mundo de 2014. A ideia, segundo o ICMBio é incluir a unidade no projeto Parques da Copa, capitaneado pelos ministérios do Meio Ambiente e Turismo para estruturar parques nacionais e transformá-los em opção de lazer e diversão para brasileiros e estrangeiros durante os intervalos dos jogos do campeonato mundial de futebol.
A criação do Parque da Furna Feia resultou em um acréscimo de 2,9% na área oficialmente protegida do Rio Grande do Norte. Porém, a área de caatinga protegida representa apenas 0,32% da área de ocorrência da Caatinga no estado.
Aspectos naturais
O Parque Furna Feia tem a maior concentração de cavernas do Nordeste, com 202 cavernas na área da UC e mais 37 na zona de amortecimento. Vale destacar que, no Brasil, existem 11.785 cavernas cadastradas, mas apenas 27% localizam-se em UC’s.
O Rio Grande do Norte é o sétimo estado brasileiro em número de cavernas, com 563 cavidades. Em 2010, foram prospectados 820 hectares de áreas de alta potencialidade espeleológica, sendo identificadas na ocasião mais 145 novas cavernas.
A criação do Parque triplicou a área de Caatinga protegida no Estado.
Relevo e clima
O período chuvoso vai de fevereiro à abril. Em média, a temperatura é de 27 °C, variando de 36 °C e 21°C, máxima e mínima, respectivamente. A umidade relativa é de 70%.
Geologicamente a área corresponde a um soerguimento tectônico da plataforma carbonática Jandaíra na Plataforma de Aracati. A Serra Mossoró representa o ápice topográfico dessa região soerguida tectonicamente e marca um divisor natural das águas meteóricas que escoam, a leste para a bacia do Rio Mossoró, e a oeste, para a bacia do Rio Jaguaribe.
Fauna e Flora
Foram registradas 101 espécies de aves, várias também endêmicas; 23 espécies de mamíferos; além de 11 espécies de invertebrados troglóbios (encontrados apenas em cavernas). Várias das espécies estão na lista oficial de ameaçadas de extinção. Os troglóbios são espécies novas para a ciência.
No Brasil habitam cerca de oito felinos diferentes, dentre eles o gato-do-mato-pequeno (Leopardus tigrinus). Ele é um dos menos conhecidos e mais ameaçados, classificado como em perigo de extinção pela Lista Nacional de Espécies Ameaçadas de Extinção e vulnerável pela Lista Vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN).
As populações do Nordeste, Norte e Centro-Oeste foram recentemente descritas como uma espécie distinta, Leopardus emiliae, o que torna ainda mais urgente as ações para a conservação desta nova, endêmica e desconhecida espécie.
Gato-do-mato-pequeno (Leopardus tigrinus)
Objetivos específicos da unidade
A criação do Parque tem por objetivo a preservação do complexo espeleológico da Furna Feia e a biodiversidade associada ao bioma Caatinga. Assim como a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico.
Ingressos
Entrada é gratuita - O acesso ao público ainda não foi inaugurado.
Localização
Como chegar
O município de Mossoró está situado no interior do Rio Grande do Norte. A cidade fica entre as capitais Natal e Fortaleza (CE), distante 278 e 245 km, respectivamente. O acesso ao município pode ocorrer através das rodovias federais BR-110, BR-304 e BR-405, além das inúmeras rodovias estaduais que interligam a maior cidade do RN com as demais, além dos municípios situados nos estados vizinhos da Paraíba e do Ceará.
Ainda não há informações disponíveis sobre o acesso ao Parque.
Foto: Fernando Chiriboga / Passos Júnior /
Fonte:
https://www.wikiparques.org/wiki/Parque_Nacional_da_Furna_Feia
https://www.fundaj.gov.br/index.php/parna-furna-feia
http://natal.uern.br/periodicos/index.php/RTEP/article/download/16/5
https://pt.wikipedia.org/wiki/Parque_Nacional_da_Furna_Feia
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