quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Turismo Natividade Tocantins




Localizada no sudeste do Estado, a cidade de Natividade preserva a sua arquitetura colonial, festas religiosas, folclore e gastronomia. A história da cidade remonta ao período do ciclo do ouro, por volta de 1734, quando ocorreu a ocupação da região por bandeirantes, escravos, mineiros, sertanistas, missionários e criadores de gado. Arraias abrigou os principais movimentos que reivindicaram, ao longo de quase 200 anos, a autonomia do Estado do Tocantins. Esse cenário histórico-cultural foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e também faz parte do Programa Monumenta, do Ministério da Cultura, que visa à preservação do patrimônio histórico brasileiro. Além de sua história, Arraias atrai turistas que gostam de aventura e natureza, com trilhas e lindas cachoeiras.


Turismo:
Faz parte da Serras Gerais, Localizada entre os municípios de Aurora do Tocantins e Taguatinga, as Serras Gerais do Tocantins fazem parte da maior cadeia de serras do Brasil e, além das maravilhas naturais, guardam tradições, arquitetura colonial,  história e cultura como as cavalhadas, as festa do Senhor do Bonfim e do Divino Espírito Santo, outras festas folclóricas e religiosas herdadas do colonialismo e da era do ciclo do ouro, como em Natividade, quando o município era grande produtor de joias. Ainda se podem encontrar na cidade joias artesanais fabricadas por artífices locais.

Em toda a região, o ecoturismo é propiciado por uma profusão de rios, canyons, cachoeiras e cavernas como em Dianópolis, município que também guarda tradições ancestrais dos povos quilombolas. Outro município na região  é Peixe, que de maio a outubro oferece praias de água doce na margem do rio Tocantins. Em meio toda a fauna, flora e outras belezas naturais, o visitante pode apreciar também os centros históricos de Natividade, Dianópolis e Arraias, que em suas ruas estreitas e muros de pedra construídos por escravos guarda memórias da história do Tocantins.

Há ainda  as magníficas formações rochosas, serras, o Canyon Encantado, Cachoeirinha, Gruta dos Caldeirões, Cachoeiras, o Arco do Sol, Cachoeirinha e o rio Azuis, considerado o menor rio do Tocantins e o terceiro menor do mundo, com apenas 147 metros de comprimento, e fica no povoado de mesmo nome no município de Aurora do Tocantins. Trakking, snorkel, rafting, trilha, canoagem, banhos de cachoeira, contemplação da natureza e muitas outras atividades podem ser praticadas em toda a região tocantinense das Serras Gerais.

Histórico
A 200 km de Palmas encontra-se a cidade de Natividade, que possui um conjunto arquitetônico tombado em 1987. É considerada a cidade mais antiga do Estado de Tocantins.
Natividade teve sua origem no século XVIII, no ano de 1734, com a chegada de imigrantes portugueses nessa região à procura de ouro. Dentre esses portugueses,  Manoel Ferraz de Araújo estabeleceu-se no local com sua mineração, iniciativa que deu origem ao Arraial de São Luiz, edificado no topo da Serra pelas mãos dos escravos.

PRINCIPAIS ATRATIVOS TURÍSTICOS DE NATIVIDADE:

Centro Histórico 
Natividade ainda guarda as marcas do período da escravidão, quando chegou a ter mais de 40 mil homens em cativeiro, trabalhando na exploração do ouro.
De acordo com as lendas do lugar, suas paredes guardam grandes fortunas em ouro, que era abundante na região e que, ainda hoje, é encontrado nas pedras que calçam as ruas.

Natividade conserva ruas estreitas e antigos casarões, com arquitetura de influência portuguesa e francesa. Em   1987, seu centro histórico foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Ruínas de São Luiz
Local do antigo povoado no alto da Serra de Natividade, rico em buracos de garimpos de ouro, que no início a historia do nascimento da atual cidade, onde também se encontra a Lagoa Encantada, construída pelos escravos.

Em 1734, o português Manoel Rodrigues de Araújo transferiu o Arraial para o Sopé da Serra, local de melhor acesso, onde hoje situa a cidade.



Via Sacra
Via Sacra de Natividade: Entre 22 km que separam Natividade de povoado de Bonfim, extão expostos fixamente os monumentos representativos da Via Sacra. Por “Via Sacra” entende-se um exercício de piedade segundo o qual os fiéis percorrem mentalmente com Cristo o caminho que levou o Senhor do Pretório de Pilatos até o monte Calvário; compreende quatorze estações ou etapas, cada uma das quais apresenta uma cena da Paixão a ser meditada pelo discípulo de Cristo:

1- Estação: Jesus é condenado à morte. 2- Estação: Jesus carrega a cruz às costas. 3- Estação: Jesus cai pela primeira vez. 4- Estação: Jesus encontra a sua Mãe. 5- Estação: Simão Cirineu ajuda a Jesus. 6- Estação: Verônica limpa o rosto de Jesus. 7- Estação: Jesus cai pela segunda vez. 8- Estação: Jesus encontra as mulheres de Jerusalém. 9- Estação: Terceira queda de Jesus. 10- Estação: Jesus é despojado de suas vestes. 11- Estação: Jesus é pregado na cruz. 12- Estação: Jesus morre na cruz. 13- Estação: Jesus morto nos braços de sua Mãe. 14- Estação: Jesus é enterrado. 15- Ressurreição: Jesus está vivo. 


Centro Bom Jesus - D. Romana ( Jacuba)
A 300 quilômetros de Palmas (TO), em Natividade, Dona Romana (Romana Pereira da Silva) conta que nasceu em 1941, em uma chácara ali do outro lado, pensando em cuidar da roça pelo resto de sua vida. Ainda menina, teve um sonho que lhe revelou uma missão importante a realizar aqui na Terra. Nesse meio tempo, trabalhou como doméstica e no roçado da casa. “Só que com o tempo foi chegando muita gente. Mais ou menos em 1977, vinha muita gente e cada um que eu tocasse se sentia muito bem. E assim foi que em 1983 começaram a aparecer os desenhos e em 1989 tive licença para voltar aqui deste lado, construir o Centro Bom Jesus de Nazaré aqui no Sítio Jacuba.”

A sua missão e a sua vivência extra-sensorial estão expressas não só nos desenhos, mas nas centenas de esculturas monumentais que Dona Romana vai levantando com a ajuda de seus “discípulos” e familiares. Todos os dias, pessoas chegam de todas as partes do mundo e do País para conhecê-la, ouvi-la e ganhar as suas bênçãos.

“Acho que fui escolhida para buscar a cópia de um fundamento vivente no espaço e a cada dia que passa não dou conta de fazer tudo que me mandam, uma beleza deslumbrante.”


Deslumbrantes mesmo, seus desenhos vão se transformando em esculturas que mesclam pedra-canga (ou pedra-ferro), areia, cimento, pedras, arames, garrafas e todos os materiais que ela sabe que precisam ser utilizados para realizar essa ordem mais elevada, planetária, que reúne todos os sentimentos e todas as religiões em um jardim extraordinário onde essas energias são sentidas à flor da pele.(Texto:"Em nome do Autor")

Igrejas de Natividade

Igreja do Senhor do Bonfim
A primeira igreja foi construída no povoado em 1750, depois que um vaqueiro encontrou uma imagem do santo em cima de um toco de árvore. O homem comunicou a população de Natividade sobre o achado e as pessoas foram até o local e levaram o santo para o município. Segundo o padre, dias depois a imagem teria desaparecido de Natividade e reaparecido misteriosamente no mesmo local, onde foi encontrada. "E isso aconteceu por várias vezes, as pessoas levavam o santo para o município, e ele sumia e reaparecia no lugar, que hoje é o povoado de Bonfim".
Os fiéis entenderam então que o lugar do Senhor do Bonfim era no povoado, onde ele teria aparecido pela primeira vez. A romaria no povoado, que ganhou o mesmo nome do santo, teria iniciado nesta época. 

Igreja de Nossa Senhora da Natividade (Igreja da Matriz)
A igreja data de 1759 e apresenta uma arquitetura simples, em estilo colonial. O altar é feito de madeira, pintado de azul e a igreja possui, ainda, dois sinos de cobre.

O forro de tábua corrida no teto e no piso do altar foi colocado em 1997, possui luminárias modernas e ventiladores nas laterais. No altar encontra-se a imagem de Nossa Senhora da Natividade, em madeira, com pintura policromada. Tem ainda dois sinos de 1858, uma pia batismal e no seu arquivo um Livro de Casamentos de 1872-1901. Seus cultos são dedicados à devoção de Nossa Senhora da Natividade.


Ruínas da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos
Igreja do século XVIII, construída pelos escravos, que não chegou a ser concluída. Da sua estrutura original restaram apenas as paredes laterais e o arco da entrada principal, totalmente feitos de pedra.

As ruínas encontram-se em bom estado de conservação. Por não possuir teto, o que possibilita um ambiente ao ar livre, a igreja abriga apresentações artístico-culturais da região como, por exemplo, a sússia – dança local típica, herdada dos escravos e que representa um jogo de sedução entre casais.

O belo conjunto arquitetônico, urbanístico e paisagístico de Natividade foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), em 1987. A cidade faz parte do Programa Monumenta, do Ministério da Cultura (MinC), que visa à recuperação e preservação do patrimônio histórico brasileiro.

Igreja de São Benedito
Das três igrejas existentes em Natividade, a de São Benedito é a menor em estrutura física, mas isso não a faz menos importante que as outras. A igreja possui estilo jesuítico. Acredita-se que foi construída pelos escravos e possivelmente pela irmandade de São Benedito, mas ainda não foi encontrado nenhum documento oficial que comprove a existência dessa irmandade em Natividade.
É possível que a Igreja de São Benedito tenha sido construída ainda nas primeiras décadas do século XVIII, época em que Natividade vivia a opulência do ouro. O período histórico e a devoção ao santo fazem-nos acreditar que a igreja tenha sido construída e freqüentada pelos negros que vieram para região para trabalhar nas minas de ouro.

Serra de Natividade
Foi nesta serra que se deu o início da ocupação do Tocantins, com a descoberta de uma mina de ouro e com a fundação do primeiro povoado do estado, o Arraial de São Luiz (bem no topo da serra) no ano de 1734. Na época, foram trazidos para cá cerca de quarenta mil escravos pelos desbravadores da região. Depois de algum tempo, o ouro passou a ficar escasso no local e em 1770, os habitantes do arraial desceram a serra e se instalaram onde hoje está situada a cidade de Natividade.





Povoado Bonfim (Durante os Festejos)

Em Natividade, a romaria remonta ao século XVIII com a formação dos primeiros arraiais. Existem diversas hipóteses a respeito da formação do povoado do Bonfim, para onde seguem os romeiros todos os anos. Alguns acreditam que ele teria se originado de um santuário criado por fiéis ou de um núcleo missionário das irmãs carmelitas ou dos jesuítas.
Os moradores da região afirmam que um vaqueiro teria encontrado nessa área, em local pantanoso, a imagem do Senhor do Bonfim em cima de um toco de madeira. Essa imagem teria sido retirada várias vezes desse local e levada para Natividade, mas desaparecia e reaparecia no mesmo lugar onde foi encontrada. A crença nesses acontecimentos deu início à peregrinação para essa localidade.

Festa do Divino Espírito Santo
De origem portuguesa, que atrai uma multidão de fiéis e turistas. Durante a festa, a Suça, dança de herança africana, é apresentada por grupos da comunidade. As apresentações de Suça são acompanhadas por instrumentos de percussão.

O grupo é formado por alunos da cidade e tem como objetivo resgatar e manter viva a cultura do negro. A atriz Paloma Bernardi foi uma das que prestigiou a dança nas ruínas da igreja da cidade, uma das maravilhas do Brasil.

O grupo já é referência na região Sul e Sudeste pelo trabalho cultural desenvolvido.


Cachoeira Paraíso
A cachoeira Paraíso, onde um córrego de águas esverdeadas percorre um leito de pedras e um pequeno canyon, é um espetáculo agradável aos olhos e delicioso ao corpo.

Natividade também atrai turistas em busca de natureza e aventura. O ecoturismo é propiciado por trilhas, rios e cachoeiras. No Paraíso das Águas, os visitantes têm opções de banho nas cachoeiras do Purgatório, do Amor e Paraíso. Nessa última, a água some em um poço e reaparece numa cascata que se forma no cânion. Já a caminhada pela trilha de 6 km até o alto da Serra de Trindade, leva o visitante às ruínas da povoação original, conhecida como Arraial de São Luiz, além da contemplação da natureza rica em diversidade da fauna e flora. Imagem: Ana Biselli - Rodrigo


Ao visitar Natividade conheça o roteiro turístico

 City Tour – Aspectos Históricos e Arquitetônicos
- Antiga Cadeia Pública – Museu;
 - Igreja Matriz Nossa Senhora de Natividade;
- Casa de Dona Naninha (biscoitos “Amor perfeito”);
- Antigo Palácio do Ouvidor: Joaquim Teotônio Segurado;
- Ruínas da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos;
- Fachada dos Casarões de Estilo Português (Centro Histórico);
- Igreja São Benedito;
- Ourivesaria Mestre Juvenal (Jóias tradicionais em ouro e prata);
- Visita ao Sítio Jacuba: Labirinto de pedra canga no Centro Bom Jesus de Nazaré (Líder espiritual Dona Romana) a 5km do Centro Histórico.
- Piscinas Naturais a 1,500km do Centro Histórico (poções, moinho). Temporada de novembro a junho;
- Cachoeiras do paraíso a 7km do Centro Histórico, com escalada de 1,500km na serra. Temporada de novembro a junho;
 - Praia das morenas a 12km de Natividade. Temporada de julho a setembro;
- Praia do ipê a 27km de Natividade. Temporada de julho a setembro;
 - Romaria do Senhor do Bonfim a 23km de Natividade.


A Historia das Joias Artesanais de Natividade TO.
A ourivesaria com influência portuguesa é uma atividade presente na história de Natividade. Esta é conhecida como a cidade do ouro e do uso de joias artesanais pela sua população. As joias artesanais em filigrana tem séculos de tradição. A filigrana se caracteriza por uma técnica de confecção de joias com fios de ouro ou prata tão finos como um fio de cabelo e pequenas bolas do metal soldadas, dando um acabamento único em cada peça. Todas as joias produzidas em Natividade são feitas em ouro ou prata dos diversos garimpos da região, sendo assim, 100% nativitanas desde a sua matéria prima até a mão de obra dos seus artesãos.

A tradicional ourivesaria de Natividade vem conquistando o reconhecimento de seu valor como saber e ofício, desde a década de 1990, e atualmente é objeto de estudos para seu registro como patrimônio imaterial. A atividade subsistiu por quase três séculos, talvez em função da atividade mineradora nas fazendas ao redor da cidade, que ainda continua. É um ofício começou a ser fomentada no final dos anos 1990 e uma nova geração de aprendizes foi e continua sendo treinada.

Além do trabalho artesanal, cada peça tem um apelo cultural, religioso e histórico criando peças diferenciadas. Saiba mais






Fonte: SECOM

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