domingo, 27 de setembro de 2020

Parque Nacional da Serra do Gandarela - Turismo em Minas Gerais



O Parque Nacional da Serra do Gandarela foi criado em 13 de outubro de 2014 e constitui-se importante área de conservação ambiental no coração do Quadrilátero Ferrífero e na porção sul da Cadeia do Espinhaço, a 40 km de Belo Horizonte/MG.

O Parque apresenta exuberantes serras, rios e cachoeiras. A vegetação é composta de um dos mais contínuos fragmentos de Mata Atlântica de Minas Gerais em transição com formações do cerrado, como os campos rupestres ferruginosos e quartizíticos. Situadas nos topos e encostas das serras estão as cangas ferruginosas, um tipo de cobertura do solo composta de ferro. Por serem porosas elas funcionam como importantes áreas para a infiltração de água das chuvas para os aquíferos. As águas do Parque contribuem para o abastecimento dos municípios vizinhos e até de Belo Horizonte! Toda essa riqueza está protegida em uma área ambiental!


Turismo

O Parque Nacional Serra do Gandarela possui imenso potencial turístico, reforçado pela facilidade de acesso a partir de Belo Horizonte ou Ouro Preto e região. A Serra do Capanema é ligada a Ouro Preto por rodovia asfaltada que encontra a Rodovia dos Inconfidentes, a 25 km de Ouro Preto e 35 km de Mariana. Portanto, será possível estabelecer uma portaria a poucos minutos de carro do pólo de turismo histórico mais importante do país. De Capanema e de Rio Acima, há dois acessos distintos, cada um a cerca de 70 Km de Belo Horizonte.

Contribuem para este potencial as várias possibilidades de práticas de ecoturismo, turismo de aventura, turismo pedagógico, observação da vida selvagem, visitação científica, de realização de caminhadas curtas e longas (travessias), ciclismo, escalada, visitação a cavernas e sítios históricos. E há, ainda, as dezenas de cachoeiras balneáveis, de águas límpidas em meio a remanescentes bem preservados de Mata Atlântica, vegetação campestre e Cerrado.

O Parque inclui paisagens inusitadas, como várias lagoas em áreas de altitude, configuração peculiar e rara, grandes mirantes de belíssimas paisagens, com estradas de acesso já existentes e inúmeras trilhas, incluindo a travessia histórica de Capanema ao Caraça, com cerca de 300 anos de existência. Esta diversidade possibilita um rico trabalho de interpretação ambiental que abre os horizontes, principalmente para a população dos municípios envolvidos e vizinhos, para trabalhos de educação ambiental e patrimonial.

Além dos atrativos ligados à natureza, o Parque Nacional da Serra do Gandarela inclui alguns sítios históricos que, além de demandarem cuidados para sua preservação, aumentam ainda mais o potencial turístico da unidade de conservação. Na porção sul, na região da serra de Capanema e Batatal, há importante acervo histórico (ruínas) dos séculos XVIII e XIX, citadas em importantes trabalhos de naturalistas do século XIX que por ali passaram, dentre eles: Spix e Martius, Richard Burton, Barão de Escheweg e Saint-Hilaire. Outros sítios de interesse histórico são o “Retiro dos Capetas”, a “Casa Forte” e um muro de pedra considerado parte da “Estrada Real”.


Atrativo Turístico

Cachoeira do Índio

Localizada no município de Rio Acima, a cachoeira do Índio faz parte de um complexo de cachoeiras formado por quatro grandes quedas, com mais de 200 metros de altura.

A partir do centro de Rio Acima, o trajeto poderá ser feito de carro na mesma estrada que vai até o Mirante da Serra do Gandarela, com percurso de 10km, em estrada vicinal. Desta estrada é possível ter uma visão panorâmica da cachoeira do Índio e do Viana. Para acessar ao poço da cachoeira, independente do meio de transporte escolhido, o turista deverá fazer o percurso final caminhando por um trecho de 900 metros que conta com uma descida íngreme de nível avançado.

Outra forma de acesso é através da estrada da Fábrica de Tintas, que por possuir menor largura e trechos intransitáveis para veículos automotores é a rota preferencial para praticantes de trekking e bike, com percurso de 6km. Depois deverá percorrer cerca de 1,5km em trilha de nível leve.

Cachoeira do Viana

A cachoeira do Viana possui fácil acesso a partir do centro de Rio Acima, além de condições favoráveis para acesso ao poço. Esses fatores certamente contribuem para que esta seja uma das cachoeiras mais visitadas do Parque.

A partir do centro de Rio Acima o trajeto poderá ser feito de carro pela estrada que vai até o Mirante da Serra do Gandarela, com percurso de aproximadamente 10km, sendo parte em estrada vicinal. A partir da estrada, deve-se percorrer cerca de 400m para acessar o poço da cachoeira.

Outra forma de acesso é através da estrada da Fábrica de Tintas, que por possuir menor largura é a rota preferencial para praticantes de trekking e bike, com percurso de 8km com dois trechos mais difíceis.

A cachoeira possui poço para banho de fácil acesso. Da cachoeira é também possível obter uma observação da paisagem regional, ressaltando o pico do Itabirito.

Trilha e Cachoeira das 27 voltas

Localizada no distrito de Honório Bicalho, em Nova Lima, esta trilha é destino certo para os praticantes de trekking e mountain bike.

São 9 km de trilha moderada partindo do centro de Honório Bicalho, com um trecho de grande aclive no início da trilha e um declive acentuado no final, onde é possível refrescar-se na Cachoeira das 27 Voltas, que possui um belo poço para banho.



Mirante da Serra do Gandarela

Localizado no município de Rio Acima, o Mirante apresenta um belo ponto de observação da paisagem da porção norte do Parque. A partir dele é possível avistar o Ribeirão do Prata e trechos da Estrada Real.

Em dias de maior visibilidade é possível identificar pontos de paisagem nos municípios vizinhos, muito além dos limites do Parque, como o Pico do Itabirito e até a cidade de Belo Horizonte.

Partindo de Rio Acima são 18km em estrada de terra até alcançar o mirante.



Poço Azul

Situado no município de Raposos, o Poço Azul apresenta lago azulado contrastando com o paredão rochoso em tons avermelhados.

O acesso ao poço é através de uma trilha de 1,2 km a partir do centro urbano de Raposos, no bairro Várzea do Sítio. Por seu acesso fácil essa é uma das cachoeiras mais visitadas do Parque, sobretudo nos finais de semana e feriados.

Ao longo do percurso será possível observar pequenos poços, cascatas, paredões e a mata ciliar.

A trilha é de dificuldade moderada, pois em geral é plana e com poucos pontos mais técnicos.


Cachoeira Santo Antônio

Localizada na divisa entre os municípios de Caeté e Raposos, essa cachoeira possui tons azulados contrastantes com os paredões rochosos avermelhados.

O acesso à cachoeira é possível apenas através de veículo próprio a partir de Caeté (12 km de estrada de terra) ou Raposos (18 km de estrada de terra) e depois 1km de trilha de nível fácil.

Há formação de forte correnteza próximo à queda, desta forma pedimos que os visitantes fiquem atentos ao mergulharem no poço.

Poço do Cambibe (foto)

Situado no distrito de Honório Bicalho. Esse poço pode ser acessado a partir da Praça de Estação. O percurso total é de cerca de 8,5 km, em trilha de nível pesado.

Cachoeira do Cruzado

A cachoeira do Cruzado, também conhecida como cachoeira do Abacaxi, está localizada em propriedade particular, no distrito de Acuruí, em Itabirito/MG, próximo à região conhecida como Capanema, no córrego da Serra.

O acesso principal é feito pela rodovia BR-356 (entre Itabirito e Ouro Preto), em seguida, pela estrada que leva à portaria da Floresta Estadual do Uaimii, sede do distrito de Acuruí, Mina da Serra Geral e Capanema. Do trevo à sede da propriedade particular são 14km por asfalto e 1km em estrada não pavimentada.

A partir da portaria você fará uma trilha de 1.600 metro com nível de dificuldade fácil.

A queda da cachoeira é em forma de véu de noiva, suas águas caem sobre uma muralha de pedra de aproximadamente 20 metros, com volume mediano, formando ao final um grande lago de águas verdes e frias, com temperaturas de 20ºC e profundidade variando entre 1 e 3 metros. Após a queda, suas águas seguem em pequenas corredeiras, formando a alguns metros à frente uma pequena cascata e lago.

Há cobrança de ingresso pelo proprietário. No final da página apresentamos um mapa interativo do parque!

Estrada Real

A Estrada Real atravessa o Parque em sua porção norte, no denominado caminho do Sabarabuçu.

O trecho inserido no Parque liga o município de Raposos até o distrito de Honório Bicalho, em Nova Lima.

Nessa porção o visitante poderá observar ruínas referentes ao período colonial, além de observação da bacia do Ribeirão do Prata. O percurso de cerca de 10 km pode ser feito através de trilha de dificuldade média. Mais informações


Observação de aves


Com 311 espécies de aves registradas na área do parque, ele se configura como importante área para observação da avifauna. Dentre as espécies, 10 delas se encontram ameaçadas de extinção.

Traga seu binóculo, curiosidade, um pouco de silêncio e paciência. E lembre-se: chegue cedo.

Serviços Turísticos

Visitação: O Parque Nacional da Serra do Gandarela é relativamente novo e ainda não possui infraestrutura para a recepção de visitantes. Porém, alguns dos atrativos antes mesmo da criação do parque já recebiam visitantes e abaixo repassamos informações sobre esses locais.

CONTATO: Telefone: (31) 3545-1883 - E-mail: parna.gandarela@icmbio.gov.br

Para estar sempre atualizado sobre as informações do Parque:

Facebook: https://www.facebook.com/parquenacionaldaserradogandarela/

Instagram:@parna.gandarela

VOLUNTARIADO: O Parque Nacional da Serra do Gandarela possui um Programa de Voluntariado voltado para ações nos atrativos e com os visitantes. Com o voluntariado buscamos incentivar a participação da sociedade na conservação da biodiversidade proporcionando experiência prática aos voluntários que através da aplicação de conhecimentos e habilidades podem alçar crescimento pessoal e profissional.

Se você tiver interesse em participar do programa ou obter maiores informações pode encaminhar e-mail para: parna.gandarela@icmbio.gov.br

Histórico

Em setembro de 2009 o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) recebeu um documento assinado por 25 entidades de Minas Gerais, tendo à frente o Projeto Manuelzão, chamando à atenção para a importância ambiental da região da Serra do Gandarela e para o risco que a região corria, se nada fosse feito para a sua proteção. Propunham a criação de uma unidade de conservação na região. Considerando que o Quadrilátero Ferrífero já era considerado uma Área prioritária para a conservação, o ICMBio abriu o processo de criação e passou a trabalhar na elaboração de uma proposta oficial, finalizada e publicada em outubro de 2010. Estes estudos, assim como mapas atualizados da proposta podem ser acessados no endereço eletrônico: http://www.icmbio.gov.br/o-que-fazemos/criacao-de-unidades-de-conservacao/lista-de-consultas-publicas.

A proposta apresentada pelo estudo passou a ser discutida em várias instâncias, tendo ocorrido reuniões com o Estado, com todas as Prefeituras envolvidas, com Empresas e com representantes da população local, buscando o aprimoramento da proposta. Ao final de 2011 foi instituído pelo Governo do Estado um Grupo de Trabalho (GT) que buscou viabilizar a proposta sem inviabilizar empreendimentos projetados para a região, que já estavam em licenciamento.

A proposta levou em consideração as necessidades das populações dos municípios, numa região que há séculos tem na mineração a atividade que gera a maior parte de sua renda. Por isso, muito se conversou com os empreendedores que querem trabalhar, gerar emprego e renda, mas reconhecem a importância ambiental da região, de suas águas e de sua biodiversidade. Dessas negociações resultou uma proposta que conciliou a criação do Parque Nacional com quase todos os empreendimentos de mineração que estavam em licenciamento quando a proposta do Parque ficou pronta: Mundo Minerals (Rio Acima), Ferro Puro (Santa Bárbara), MSOL (Itabirito) e Pedreira Um (Santa Bárbara).

Aspectos naturais

A região é o último fragmento significativo de áreas naturais em bom estado de conservação dentro do Quadrilátero Ferrífero, contendo importantes remanescentes de Mata Atlântica semidecídua, de vegetação de campos rupestres sobre canga e sobre quartzito, em transição com formações do Cerrado. A grande variedade de ambientes, típica de áreas de transição entre biomas, está diretamente relacionada à riqueza de espécies existente e à elevada diversidade biológica. No caso da Serra do Gandarela, à alta diversidade soma-se o fator qualitativo, com taxas excepcionais de ocorrência de espécies raras, endêmicas, microendêmicas e ameaçadas de extinção.

Outro ponto importante é a existência na área de uma quantidade expressiva e em bom estado de conservação do geossistema de cangas, uma das formações mais ameaçadas do Brasil por sua inevitável coincidência com áreas de interesse minerário. A posição estratégica entre unidades de conservação já existentes e o estado de conservação da área possibilita a formação de um corredor ecológico com elevada taxa de conectividade entre ambientes naturais, potencializando os efeitos benéficos da unidade para a conservação da natureza.

Destaca-se ainda o fato de tratar-se de área de recarga de aquíferos (característica intrínseca às cangas), com grande concentração de nascentes, córregos e rios que drenam para as bacias dos rios Conceição e das Velhas, importantes afluentes, respectivamente, dos rios Doce e São Francisco. Estes mananciais são considerados estratégicos inclusive para o abastecimento presente e futuro da região metropolitana de Belo Horizonte, em face do seu contínuo crescimento populacional. Há ainda a presença de lagoas temporárias de altitude, que são formações únicas e raras. A abundância de nascentes, córregos e rios, aliada à topografia acidentada, leva à existência de inúmeras cachoeiras.

Relevo e clima

As feições de relevo mais notáveis neste setor, que é possivelmente uma das regiões do Quadrilátero Ferrífero com maior diversidade de formações geológicas, são as serras que formam o arco do Espinhaço, que se destaca na paisagem.

A região, com altitudes acima, de 1.650 metros é forte produtora de água, possuindo milhares de nascentes, drenando para as grandes bacias dos rios São Francisco e Doce.



Fauna e Flora

Fauna: O Quadrilátero Ferrífero, onde o Parque está inserido, é uma região de transição entre os biomas Mata Atlântica e Cerrado, o que contribui para um aumento de diversidade de espécies, pela presença de espécies típicas dos dois biomas. Já foram registradas na região algumas espécies de importância para a conservação, podendo ser citadas a “águia-cinzenta” (Harpyhaliaetus coronatus), o capacetinho-do-oco-do-pau (Poospiza cinerea), a onça-parda (Puma concolor), o cateto (Pecari tajacu) e onça-pintada (Panthera onca).

Flora: A vegetação compreende formas de campos rupestres, campos graminosos, cerrados e florestas, todos em bom estado de preservação.

Objetivos específicos da unidade

Garantir a preservação de amostras do patrimônio biológico, geológico, espeleológico e hidrológico associado às formações de canga do Quadrilátero Ferrífero, incluindo os campos rupestres e os remanescentes de floresta semi-decidual, as áreas de recarga de aquíferos e o conjunto cênico constituído por serras, platôs, vegetação natural, rios e cachoeiras.

Proposta de Criação: http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/o-que-fazemos/Estudo%20que%20originou%20a%20proposta.pdf

Ingressos

a entrada é gratuita

Localização

A 30 km de Belo Horizonte, com acesso pelas oito cidades limítrofes: Nova Lima, Raposos, Rio Acima, Caeté, Itabirito, Santa Bárbara, Ouro Preto e Mariana.

De carro ou ônibus a partir de Belo Horizonte, pela MG - 030. Ônibus 3838

Mapa

...


Fonte:

https://www.icmbio.gov.br/portal/visitacao1/unidades-abertas-a-visitacao/9463-parque-nacional-da-serra-do-gandarela

https://www.wikiparques.org/wiki/Parque_Nacional_da_Serra_do_Gandarela



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