quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Área de Proteção Ambiental de Piaçabuçu - Turismo Alagoas AL



APA de Piaçabuçu: APA significa “Área de Proteção Ambiental”. Em termos das Unidades de Conservação é a mais permissiva entre os 12 tipos. Área em geral extensa, com certo grau de ocupação humana, com atributos bióticos, abióticos, estéticos ou culturais importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas. As APAs têm como objetivo proteger a diversidade biológica. Disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais.

O município de Piaçabuçu situa-se as margens do rio São Francisco, com aproximadamente 18 mil habitantes e cerca de 140 km de distância da capital Maceió, possuidor de um dos maiores atrativos turísticos de Alagoas, toda essa riqueza ambiental é responsável por uma parcela da economia da cidade 

A APA também foi criada para proteger a desova de tartarugas na Praia do Peba. Dos cinco tipos que frequentam a costa brasileira, quatro desovam aqui. A única que não o faz é a tartaruga de couro. A APA também se propõe a proteger as aves migratórias, e nativas, que se alimentam na mesma praia.


Turismo

Localizada na margem esquerda do “Velho Chico”, carinhoso apelido conferido ao rio pelos ribeirinhos e de largo uso no Nordeste, Piaçabuçu tem sua história ligada à exploração do rio São Francisco. A povoação surgiu a partir de uma capela construída em homenagem a São Francisco de Borja, padroeiro da localidade.

Essa região do São Francisco é formada por um ecossistema rico em dunas, mangues, vegetação de mata atlântica, coqueirais, aves migratórias e tartarugas marinhas), o que lhe conferiu o enquadramento em Unidade Conservação de Uso Sustentável, intitulada Área de Proteção Ambiental – APA de Piaçabuçu. 

O turismo é também uma atividade com forte apelo no município, explorando principalmente três ambientes: a praia do Pontal do Peba, as dunas e a foz do São Francisco.  A cidade de Piaçabuçu, com 18 mil habitantes, vive da pesca, plantação de cocos, e turismo.

A potencialidade turística da APA de Piaçabuçu é muito grande e já difundida, consistindo numa das principais vocações do setor econômico do núcleos urbano de Piaçabuçu. 

Atrativos Turísticos
Os atrativos são muitos: 22 quilômetros de dunas que seguem a Praia do Peba. Desde Pontal do Peba, pequena cidade próxima a Piaçabuçu, até a foz do São Francisco. Para o interior das dunas há ainda uma bonita mata de restinga. Nas margens do Velho Chico.

As Dunas de Piaçabuçu são um grande atrativo turístico na região do Rio São Francisco, em Alagoas. No entanto, como diversas espécies de tartarugas marinhas utilizam o local para realizar a desova, a região é também uma área de proteção ambiental. Por esse motivo, cada turista só pode permanecer nas dunas por, no máximo, duas horas.



Atrações na localidade e entornos.

Em termos culturais as expressões mais presentes no município são as festas religiosas (Acompanhamento de Nossa Senhora Mãe dos Homens, Bom Jesus da Misericórdia, São Francisco Borja, Bom Jesus dos Navegantes, São Sebastião, Nossa Senhora da Conceição, Guerreiro, o Coco, a Chegança e o Reisado), as festas populares (Gincana de Pesca de Arremesso e Festival do Coco que foi realizado pela primeira vez este ano). Piaçabuçu. Foto: Antelmo Leão

A região é contemplada por projetos como a Rota do Camurupim, integrado ao pólo turístico de Penedo – Piaçabuçu, do Projeto Baixo São Francisco, Embratur, que ainda está em fase de planejamento. Além disso, é possível projetar trilhas de travessia, visitas aos povoados, entre outras atividades, que no momento, não foram implementadas.

Foz do rio São Francisco
A foz do rio São Francisco é um dos principais pontos turísticos dentro da APA, que também possui como atrativo a visita aos povoados. A paisagem ao longo do rio é belíssima e rende um ótimo passeio ao ar livre. Durante o trajeto, é possível observar a bela mata ciliar e moradores da região que tiram seu sustento da pesca. O encontro das águas não é tão aparente quanto o encontro do Rio Negro e do Solimões, pois o rio e o mar já não têm cores tão distintas, mas o lugar tem uma beleza singular. 

Piaçabuçu possui duas extensas praias: a praia de Pontal do Peba e a praia do Peba; que se estendem desde a Vila de Pontal do Peba até Pontal da Barra. Essas praias são frequentadas por admiradores dos extensos calçadões de Piaçabuçu. A cidade possui 40 km de areias contínuas, sendo considerada a mais extensa do estado de Alagoas e, uma das maiores do Brasil.

Praia do Peba
Águas verdes, areia batida e extensas dunas ao fundo: assim é a belíssima praia do Peba, em Alagoas.

Fica em área de proteção ambiental e é local de desova de tartarugas marinhas. Estende-se ao sul por 22 km de dunas até a foz do Rio São Francisco. Acesso de bugue – somente para veículos autorizados – a partir de Pontal do Peba (ou de barco desde Piaçabuçu).

É possível observar na cidade, a valorização e a preservação da sua natureza: como á área reservada ao cuidado das tartarugas marinhas e das aves migratórias. Piaçabuçu possui duas extensas praias: a praia de Pontal do Peba e a praia do Peba; que se estendem desde a Vila de Pontal do Peba até Pontal da Barra.

Aspectos naturais
Na região da APA de Piaçabuçu predominam as deposições sedimentares datadas do Quaternário. No interior da APA a maior parte dos sedimentos são arenosos, quase exclusivamente de areias amareladas de origem marinha. Variações do solo podem ser observadas especialmente nas desembocaduras dos rios e proximidades, assim como nos mangues e planícies aluvias, várzeas e terraços fluviais.

A APA de Piaçabuçu situa-se dentro da Bacia do Litoral Sul, que ocupa a maior extensão do delta do rio São Francisco, no extremo sudeste do Estado de Sergipe. Existem também, dentro da APA, lagoas de água doce (Lagoa da Taboa, Lagoa dos Ossos e Lagoa Mãe d’água), e depressões hodromórficas que são preenchidas pelas águas pluviais nos períodos de maior precipitação

Para a APA de Piaçabuçu foram estabelecidas sete categorias de zonas: 1) zona de ocupação especial; 2) zona de turismo ecológico; 3) zona de expansão urbana; 4) zona de conservação especial; 5) zona de conservação da vida silvestre; 6) zona de preservação da vida silvestre e 7) zona de uso alternativo

zona de turismo ecológico
Consiste numa faixa de um banco de areia, com morfologia dinâmica, em constante alteração pela foz do Rio São Francisco. Possui ainda, uma lagoa e é desprovida de vegetação. 

Esta zona se localiza no extremo sudeste da APA. Seu perímetro corresponde a 6.533m. Em seu extremo sul partindo do Ponto UTM Fuso 24 785979,9E/8837952,5S o limite da zona margeia o Rio São Francisco até o ponto UTM Fuso 24 784894,9E/8840668,7S ao longo de uma distância de aproximadamente 3.000m, quando passa a fazer limite com a vegetação de restinga. Neste local a zona tem largura aproximada de 500 metros, fazendo limite ao norte com a Zona de Conservação Especial e a nordeste com a Zona de Conservação da Vida Silvestre. Coincide, na maior parte com a área de preservação permanente do Rio São Francisco. 

Seu objetivo consiste em garantir o desenvolvimento do turismo com base ecológica e contemplativa, protegendo os atributos naturais, com baixo impacto antrópico e oferecendo acesso ao público com facilidade e para fins educativos. Esta zona visa ainda, a proteção da fonte de dispersão eólica de sedimentos, garantindo o sistema de dunas existente na APA. Tem como objetivo, também, a proteção de habitats para a fauna visitante e migratória. 

Zona de turismo socioambiental comunitário
Abrange parte das dunas móveis, seus cordões interdunares, com respectiva vegetação rasteira e área de ecótono ou transição, em direção ao Rio da Batinga, com vegetação arbórea, contentora das dunas. Abrange ainda, parte dos campos de várzeas alteradas pelas culturas de arroz. 
Esta zona abrange a área do povoado do Pixaim tendo como limite ocidental o rio da Batinga, desde sua nascente, nas proximidades das dunas. Os demais limites se referem a uma área com extensão de 500 metros a partir das moradias. Corresponde a aproximadamente 183,92 hectares, dentro de um perímetro de 5.600 metros.
O objetivo básico desta zona é a preservação dos atributos socioculturais do Povoado do Pixaim, proporcionando o desenvolvimento de atividades sustentáveis e turismo de base comunitária.  


Relevo e clima

Clima
A Região Nordeste, onde se localiza a APA de Piaçabuçu, possui uma grande variedade de tipos de clima. Isso ocorre, especialmente, pelas coberturas vegetais e pelo gradiente latitudinal, que proporciona uma variedade de temperaturas e grau de evapotranspiração na região.

O clima da região onde a APA se encontra correspondente ao clima megatérmico com chuvas de outono e inverso. É também definido como clima tropical atlântico.

Relevo
Na região da APA de Piaçabuçu predominam as formações litorâneas, correspondentes às acumulações flúvio-lacustres, flúvio-marinhas e marinhas, próprios das regiões marinho-costeiras.

Fenômenos de instabilidade de relevo são esperados para a região da foz do rio São Francisco, já que os processos de constante deposição e remobilização de sedimentos durante a época de enchentes, provoca alterações constantes na altimetria e forma dos depósitos. O relevo é transformado pela constante interferência das intempéries externas. Sendo assim, as dunas são elevações móveis de areia, onde são distinguidas duas partes: uma área de aclive suave ou barlavento, pela qual a areia é empurrada, e uma área de declive abrupto ou sotavento, por onde a areia rola ao cair.

Dentro da APA de Piaçabuçu existe um longo cordão dunar, onde predominam dunas móveis, que deslocam-se a velocidades que podem ultrapassar dez metros por ano. Este é um aspecto relevante ao planejamento da APA, já que o avanço dessas dunas ameaçam o povoado de Bonito, em especial, demandando ações específicas para o gerenciamento desse conflito potencial.

Fauna e flora

Vegetação e flora: A paisagem da região da APA de Piaçabuçu é dominada pela presença de dunas e restingas. A vegetação da região da APA foi classificada em quatro grupos principais:

Floresta Estacional Semidecidual – engloba a formação dos tabuleiros, formação dos vales e encostas, e formação dos terraços aluviais; - Floresta Estacional Decidual – é composta pela formação dos terraços marinhos e das planícies interlagunares; - Vegetação Pioneira – que abrange a formação litorânea, formação aluvial, palustre, flúvio-marinha e flúvio-palustre; - Transição Fitoecológica (ecótono) – engloba a formação dunas subatuais e encostas de cascalheiras.

A formação dominante, em função da área de abrangência, é da vegetação pioneira, que é composta pelas restingas arbustivas e vegetação rasteira, presentes nas dunas. Estudos botânicos apontam para a influência florística exercida pela Mata Atlântica nesses ecossistemas. Em levantamento realizado por Assis et al. (2000) foram identificadas cerca de 455 espécies da flora. Destaca-se a presença de espécies raras ou em vias de extinção, como a Palmeira Piaçabuçu, que deu origem ao nome da região e da APA, os paus d’arco roxos e amarelos, as sucupiras, louros e jacarandás.

Fauna
A fauna da APA de Piaçabuçu está constituída por espécies ligadas às formações vegetacionais abertas, relacionadas especialmente ao Bioma da Caatinga, mas também com influência da Mata Atlântica. Dessa forma, a fauna compõe um mosaico faunístico, especialmente pela composição dada pela herpetofauna e ornitofauna. A entomofauna também não se compõe por espécies habitat-especialistas, mas especialmente por táxons de distribuição bastante ampla. O único endemismo de restingas foi de Mimus gilvus, o sabiá-da-praia. Com relação à fauna aquática, existem diversas espécies de anfíbios, das quais, acredita-se haver endemismos ou espécies ainda não descritas. Da fauna marinha, destacam-se as tartarugas marinhas, os sirênios, em especial o peixe-boi (Trichechus manatus). Além dessas últimas espécies, ameaçadas de extinção, destacam-se o jacaré-de-papo-amarelo (Caiman latirostris), o falcão peregrino (Falco peregrinus), a zabelê (Crypturellus noctivagus) e a lontra (Lutra longicaudis).

Histórico
A origem do nome da APA de Piaçabuçu vem essencialmente, homenagear a região onde se localiza. Sendo assim, a busca pela origem do nome da APA também remete à busca pela origem do nome da região onde está localizada. As primeiras edificações, especialmente uma igreja construída em homenagem a São Francisco de Borja, entre 1660 e 1670, faziam uso da abundante palha da palmeira nos seus telhados, fazendo disso uma referência. E desde o início do povoamento, o nome do local foi se perpetuando. De origem indígena, vem da união dos nomes: "piaçava" (palmeira) e "guassu" (grande), motivado pela abundância de palmeiras.

A APA de Piaçabuçu foi criada em 21 de junho de 1983, pelo Decreto n° 88.421, sendo a primeira Área de Proteção Ambiental criada no Estado, e a segunda unidade de conservação mais antiga, perdendo apenas para o Parque Municipal de Maceió, criado em 1978. Conforme determinado em seu decreto, a delimitação da APA abrange áreas rurais e periurbanas do Município de Piaçabuçu. Seu objetivo principal é de assegurar a proteção de quelônios marinhos, aves praieiras e fixação de dunas.

Objetivos específicos da unidade

Ingressos
Não há cobrança de ingresso



Localização
Os limites ao sul da APA coicidem com a margem esquerda do Rio São Francisco. A leste, se limita com a costa marinha, onde a APA engloba um cordão dunar, em mosaicos de vegetação rasteira e dunas móveis, limitados por uma extensa praia que liga a foz do Rio São Francisco ao povoado do Pontal do Peba. Ao norte, após o Povoado do Pontal do Peba, o limite é representado pela estrada municipal que divide os municípios de Piaçabuçu e Feliz Deserto. Seguindo por essa estrada, o limite da APA vai até o alcance de uma zona tampão (buffer) de cinco quilômetros a partir da costa, e assim segue até o encontro com o Rio São Francisco.

Como chegar
Devido à localização da APA de Piaçabuçu, na zona costeira, e ainda, às margens do Rio São Francisco, seu acesso pode ocorrer, basicamente, por dois meios: fluvial/marinho ou rodoviário. O acesso aéreo comum, ou comercial, também é viável, desde que complementado pelo acesso rodoviário, conforme descrito a seguir.

A partir da capital do Estado de Alagoas, Maceió, o acesso se dá por meio da rodovia estadual AL-101, por cerca de 120 quilômetros, passando nos aglomerados urbanos das sedes municipais de Barra de São Miguel e oruripe, entre outros.
Existem disponíveis, transportes urbanos coletivos, diários, que transitam entre o Pontal do Peba e as sedes municipais vizinhas: Penedo, Piaçabuçu, Coruripe e Feliz Deserto. Esses transportes facilitam o acesso à sede da APA e proporcionam o trânsito das comunidades locais entre os núcleos urbanos.

Acesso Fluvial e/ou Marinho
O acesso ao povoado de Pontal do Peba, ou à sede da APA, pode ser feito por meio de embarcações marinhas particulares, devido à localização desses à beira mar. A porção meridional da APA, que faz limite com o Rio São Francisco tem sido acessada por turistas e visitantes por meio de embarcações fluviais fretadas para tal fim. Esse passeio é feito com catamarãs e dura cerca de 45 minutos ou 13 quilômetros. Parte da sede municipal de Piaçabuçu e ficam ancoradas por cerca de uma hora, no encontro do rio com o mar, conforme critérios estabelecidos pela gestão da APA.

Onde ficar
Há diversas opções de hospedagem em Pontal do Peba, em Piaçabuçu, dentro da APA que, por ser uma unidade de conservação de uso sustentável, permite moradias e negócios em seus limites.

Contato
NOME DA UNIDADE: Área de Proteção Ambiental de Piaçabuçú
BIOMA: Marinho Costeiro
ÁREA: 9.107,01 hectares
DIPLOMA LEGAL DE CRIAÇÃO: Dec nº 88.421 de 21 de junho de 1983
COORDENAÇÃO REGIONAL: CR6 -Cabedelo/PB
ENDEREÇO: Av. Beira Mar, s/n – Pontal do Peba – Piaçabuçu – CEP: 57.000-000
TELEFONE: (82) 3557.1200

Fonte:
http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/docs-planos-de-manejo/apa_piacabucu.pdf
https://www.wikiparques.org/wiki/%C3%81rea_de_Prote%C3%A7%C3%A3o_Ambiental_de_Pia%C3%A7abu%C3%A7u
file:///C:/Users/Theodoro/Downloads/5381-20794-2-PB.pdf

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