Em outubro deste ano, ministro Marcelo Álvaro Antônio esteve em Buenos Aires para tratar da política de céus abertos
Mais voos entre Brasil e Argentina. A conquista é resultado de acordo assinado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, e pelo presidente da Argentina, Mauricio Macri, nesta quarta-feira (04.10), durante a Cúpula do Mercosul, que acontece em Bento Gonçalves (RS). A partir de agora, o número de frequências entre os dois países passará de 133 para 170 por semana e não haverá mais limite para voos de transporte de carga. A decisão tem efeito imediato e não precisa de aprovação do Congresso Nacional.
Em outubro deste ano, durante missão oficial em Buenos Aires, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, se reuniu com o ministro do Turismo da Argentina, Gustavo Santos, para debater parcerias no intuito de aumentar o fluxo de turistas entre os dois países, desenvolver a conectividade e integrar destinos turísticos. Um dos principais assuntos discutidos foi a revisão das frequências de voos no acordo bilateral de serviços aéreos entre os países.
A reunião também contou com a presença de representantes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e da Secretaria de Aviação Civil (SAC), ligada ao Ministério da Infraestrutura. Outros temas foram tratados durante o encontro, como o reconhecimento mútuo de vistos chineses no âmbito do Mercosul, a desregulamentação e maior agilidade do fluxo de turistas nas fronteiras e o aumento da frota de navios para cruzeiros marítimos.
Principal emissor de turistas estrangeiros ao Brasil, a Argentina, segundo o ministro Marcelo Álvaro Antônio, sempre foi uma grande parceira do Brasil para alavancar o turismo, com geração de emprego e renda para ambas as nações. “Esse acordo, assinado por nosso presidente Jair Bolsonaro, é de extrema importância para o crescimento ainda maior do fluxo de turistas entre os países vizinhos e o fortalecimento de uma parceria profícua com a Argentina”, disse. “Isso traz ao cidadão mais oferta de voos, mais competividade, mais destinos atendidos, mais dinheiro na economia e mais empregos”, afirmou o ministro.
Ministros do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio e Gustavo Santos, em outubro deste ano, na Argentina, debateram a revisão da política de céus abertos entre os países. Crédito: Roberto Castro/MTur
Álvaro Antônio reforça ainda que a medida vai ao encontro de uma série de resultados que vem sendo alcançados pelo governo federal com a abertura de mercado e atração de investimentos ao Brasil. “Nosso principal objetivo é trazer ainda mais turistas argentinos ao nosso país, fortalecendo a nossa economia e consolidando todo o potencial do turismo brasileiro em realidade”, complementou o titular da Pasta. Em 2018, 2,4 milhões de argentinos vieram para o país, o que representou 37,7% do total de visitantes estrangeiros.
CÉUS ABERTOS - A reinvindicação para revisar a política de serviços aéreos entre Brasil e Argentina é antiga. O acordo foi assinado em 1948 e, desde então, têm se buscado ajustes, especialmente na quantidade de frequências que as empresas de cada país podem utilizar e os direitos de tráfego na operação.
O Memorando de Entendimento mais recente foi assinado em 2006 e contém os limites que eram aplicados até hoje. Antes do aumento, todas as frequências estavam sendo ocupadas pelas companhias aéreas brasileiras e a demanda por mais voos seguia crescente. E, como as empresas não podiam solicitar voos para rotas incluídas no acordo bilateral, não havia margem para uma companhia aérea oferecer um novo voo entre Rio de Janeiro e Buenos Aires, por exemplo.
Por Cecília Melo
Edição: Rafael Brais
Fonte: turismo.gov.br
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