Trindade e Martim Vaz é um arquipélago brasileiro localizado no Oceano Atlântico, a cerca de 1 200 km a leste da sede do município de Vitória, do qual faz parte, no estado do Espírito Santo. De todas as ilhas desse arquipélago, apenas Trindade é habitada e a única localidade existente na ilha é o Posto Oceanográfico da Ilha da Trindade (POIT), uma guarnição militar mantida pela Marinha do Brasil.
O POIT é o local habitado mais remoto do Brasil, estando situado a 1 025 km de distância da localidade mais próxima, que é a guarnição mantida pela Marinha na Ilha Santa Bárbara, no Arquipélago dos Abrolhos. Já as Ilhas Martim Vaz, são conhecidas por serem o ponto extremo leste de todo o território brasileiro, sendo juntamente com o Arquipélago de São Pedro e São Paulo, um dos dois primeiros locais onde acontecem o nascer e o pôr do sol no Brasil.
O arquipélago é constituído por duas ilhas principais (Trindade e Martim Vaz), separadas por 48 quilômetros, que somam uma área total de 10,4 km². As ilhas são consideradas, pelos navegadores, como um imenso paredão no meio do Atlântico. Arquipélago de Trindade e Martim Vaz. Ilha de Trindade. (Foto: Simone Marinho)
Características
Ilhas de Martim Vaz
É um conjunto de ilhas formado pela ilha principal (Martim Vaz, com altitude máxima de 175 metros), duas ilhotas íngremes e inacessíveis (a Ilha do Norte, com altitude máxima 65 metros e a Ilha do Sul, com 122 metros de altitude máxima) e vários rochedos menores, como o Rochedo Agulha, espalhados a 48 km a leste de Trindade, perfazendo uma área total de 0,3 km² (30 hectares).
A vegetação é predominantemente rasteira, com a presença de raros arbustos no topo, que são impiedosamente açoitados pelo vento. A fauna é formada apenas por caranguejos, aranhas endêmicas e centenas de aves migratórias.
Como lajes e alto-fundos cercam as ilhas, mostrando um campo minado nem sempre emerso, desconhecido e pouco registrado nas cartas náuticas, a área apresenta altas probabilidades de naufrágio para embarcações desavisadas de qualquer porte. A única maneira segura de desembarque nas ilhas é através de helicóptero, pelo fato de as ilhas serem literalmente verticais mas planas na parte superior, como um chapadão.
Ilha da Trindade
Trindade é uma ilha vulcânica na costa do estado do Espírito Santo, Brasil, que, junto com Martim Vaz, forma um arquipélago. Com 9,2 quilômetros quadrados de área, encontra-se a 1 167 quilômetros de distância do continente.
Atrações
ESTAÇÃO CIENTÍFICA
Estação científica da ilha da TRINDADE
A Estação Científica da Ilha da Trindade (ECIT) foi inaugurada em dezembro de 2011. Seu projeto arquitetônico foi concebido na Universidade Federal do Espírito Santo - UFES buscando a redução do impacto ambiental. O projeto de construção foi elaborado pela Diretoria de Obras Civis da Marinha – DOCM, incorporando modernas soluções como a técnica construtiva em PVC e explorando a iluminação e a ventilação natural.
A ECIT tem capacidade para alojar até oito pesquisadores, sendo composta por dois camarotes para 4 pessoas cada, sala de estar, cozinha, dois banheiros, varanda e dois laboratórios: seco e úmido. Possui mobiliário adequado à permanência e ao conforto dos pesquisadores.
A programação para permanência na Estação Científica é coordenada pelo Gerente do PROTRINDADE, na SECIRM. Lá, a visitação não é permitida, já que é uma área de preservação. Embora não tenha população permanente, desde 1957 o arquipélago sedia o Posto Oceanográfico da Ilha da Trindade (POIT), guarnecido por 32 homens da Marinha do Brasil, metade dos quais revezados a cada bimestre. Além da guarda desse território insular brasileiro, esses homens executam a coleta de dados maregráficos e meteorológicos daquela região do Atlântico Sul. Em 14 de setembro de 1914 aconteceu a Batalha de Trindade; uma ação entre navios durante a Primeira Guerra Mundial. A batalha ocorreu ao largo da costa do Brasil na ilha da Trindade entre a Kaiserliche Marine alemã e a Royal Navy britânica.
A Ilha Martim vaz, é brasileira e á ha um marco, uma bandeira nacional hasteada permanentemente. Apesar de isolada e pequena, Trindade é muito importante economicamente para o Brasil. O governo teve uma visão estratégica em 1957, quando decidiu passar à Marinha a tarefa de ocupar e vigiar o local, tomando como base o acordo internacional sobre mares e oceanos. Este acordo, que foi assinado em 1982 durante a “Convenção das Nações Unidas sobre Direito do Mar – Convenção da Jamaica”, garante a exploração econômica à nação mais próximas das 200 milhas marítimas (aproximadamente 370 km) das águas marinhas numa linha reta a partir do seu território. Ou seja, foi feito um acordo amigável, dando o direito de exploração de uma zona econômica exclusiva aos países, de seus mares, dentro deste limite estabelecido.
Por este motivo, Trindade é um ponto estratégico, por ser um território nacional localizado a 640 milhas náuticas (1200 km) numa reta a partir de Vitória, ou ainda águas exclusivamente brasileiras no meio do Atlântico. Esta é a grande vantagem de manter a ilha ocupada. O Brasil tem o direito de usufruir das riquezas das águas nesta região, como a pesca e a exploração de petróleo e outros minerais.
Além do poder de controle militar e da responsabilidade pelas ações na região, como um possível desastre ambiental ou atividades ilegais no país, como os navios de cassinos.
Aspectos naturais
Geografia: A ilhas Trindade e Martim Vaz se localizam a 1 200 km da costa de Vitória, no centro do Atlântico Sul. O arquipélago é formado por duas ilhas principais (Trindade e Martim Vaz), duas ilhotas íngremes e inacessíveis (a Ilha do Norte e a Ilha do Sul) e vários rochedos menores (como o Rochedo Agulha) espalhados a 48 km a leste de Trindade, perfazendo uma área total de 10,4 km². As ilhas alcançam uma altitude máxima de seiscentos metros acima do nível do mar em Trindade.
As duas grandes ilhas principais compõem a maior parte da área terrestre: Ilha da Trindade (9,2 km²), ao sul e a Ilha Martim Vaz (0,3 km²) ao norte.
As outras ilhas são muito menores e de difícil acesso. Trata-se das ilhotas de Martim Vaz, que são a Ilha do Norte e a Ilha do Sul e rochedos localizados a 48 km a leste da Ilha da Trindade.
Relevo e clima
A ilha da Trindade possui um clima que varia entre o tropical semiúmido e o semiárido. Apresenta baixa pluviosidade média anual e duas estações bem definidas, sendo a seca entre janeiro e março. O mês mais quente é março e julho é o mais frio.
Geologia
Extensa cadeia de montanhas submarinas
A ilha da Trindade tem numerosos centros vulcânicos. A atividade vulcânica mais recente aconteceu há aproximadamente 50 000 anos no Vulcão Paredão no ponto mais ao sudeste da ilha. Essa atividade consistiu em fluxo piroclástico que acumulou um cone de cinzas.
A ilha da Trindade tem numerosos centros vulcânicos. A atividade vulcânica mais recente aconteceu há aproximadamente 50 000 anos no Vulcão Paredão no ponto mais ao sudeste da ilha. Essa atividade consistiu em fluxo piroclástico que acumulou um cone de cinzas.
Em Trindade ocorreram cinco vulcões acima do nível do mar. O vulcão denominado Complexo de Trindade é o mais antigo dos cinco e caracteriza-se por possuir rochas intrusivas e piroclásticas. Na Enseada da Cachoeira, podem-se reconhecer as rochas mais antigas da ilha. Há, também, a formação Morro Vermelho, resultada de uma erupção explosiva com derrames de lava denominada ankaratrica.
Fauna e flora
A pesquisa ambiental acerca do ecossistema da ilha encontra-se a cargo da equipe de pesquisas do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro desde 1916. De acordo com estudos da instituição, existem 124 espécies botânicas vasculares na ilha, catorze das quais endêmicas. A principal espécie vegetal é a samambaia gigante. A principal espécie animal terrestre na ilha é o caranguejo-amarelo (Gecarcinus lagostoma), que ocorre até mesmo nos picos mais altos. No passado, foram deixados para trás cabras, porcos e outros animais domesticados. Como eles perturbavam o ambiente natural, a Marinha, com base em relatórios do Museu Nacional, erradicou as espécies exóticas. Existem também aves marinhas, sendo predominante a presença de fragatas e uma variação de petréis.
Petrel (do inglês petrel ou do francês pétrel) é a designação comum a várias espécies de aves procelariformes da família Procellariidae, também conhecidas como pardelas ou pardelões, e da família Pelecanoididae (estes últimos mais bem chamados "petréis-mergulhadores").
Todos os petréis são aves marinhas, que frequentam os oceanos, se alimentam de peixes ou de refugos dos navios e nidificam em ilhas isoladas.
Existem apenas dois lugares que essa ave faz ninho: Ilhas Maurício (Mauritius): Oceano Índico e em Trindade e Martim Atlântico. Distância de 8.915 km entre as Ilhas Maurício até Trindade e Martim Vaz
Petrel (do inglês petrel ou do francês pétrel) é a designação comum a várias espécies de aves procelariformes da família Procellariidae, também conhecidas como pardelas ou pardelões, e da família Pelecanoididae (estes últimos mais bem chamados "petréis-mergulhadores").
Todos os petréis são aves marinhas, que frequentam os oceanos, se alimentam de peixes ou de refugos dos navios e nidificam em ilhas isoladas.
Existem apenas dois lugares que essa ave faz ninho: Ilhas Maurício (Mauritius): Oceano Índico e em Trindade e Martim Atlântico. Distância de 8.915 km entre as Ilhas Maurício até Trindade e Martim Vaz
Tartaruga-verde ou Tartaruga-aruanã - Chelonia mydas
No mar, é grande a variedade de espécies, mas a mais famosa é o cangulo preto, conhecido entre a guarnição da Marinha do Brasil como "pufa", que ataca em cardume ao menor sinal de sangue, com comportamento e agressividade similar às piranhas. A ilha é local de desova de grande contingente da tartaruga-verde (Chelonia mydas) e área de alimentação da tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata). Dentre os Chondrichthyes, é comum a presença do Cação-Lixa, Tubarão Galha-Preta, Tubarão Galha-Branca e Tubarão-Limão (Negaprion brevirostris).
No mar, é grande a variedade de espécies, mas a mais famosa é o cangulo preto, conhecido entre a guarnição da Marinha do Brasil como "pufa", que ataca em cardume ao menor sinal de sangue, com comportamento e agressividade similar às piranhas. A ilha é local de desova de grande contingente da tartaruga-verde (Chelonia mydas) e área de alimentação da tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata). Dentre os Chondrichthyes, é comum a presença do Cação-Lixa, Tubarão Galha-Preta, Tubarão Galha-Branca e Tubarão-Limão (Negaprion brevirostris).
Posto da Marinha
O Posto Oceânico da Ilha da Trindade (POIT) é uma Organização Militar da Marinha do Brasil sediada na Ilha da Trindade. Encontra-se subordinado ao 1° Distrito Naval, sob a responsabilidade do Estado-Maior da Marinha. Instalado em 1957, encontra-se permanentemente guarnecido desde então por um destacamento cuja missão é:
Manter a ilha da Trindade ocupada e garantir a posse dessa fração do Território Nacional;
Realizar observações meteorológicas, maregráficas, e outras atividades de natureza técnica, segundo as normas e instruções emitidas pela Diretoria de Hidrografia e Navegação;
Executar ação de vigilância, no que diz respeito ao movimento de navios e aeronaves nas proximidades da ilha;
Cooperar no acompanhamento do tráfego marítimo;
Preservar as características ecológicas da ilha e do ambiente marinho circundante, contribuindo para a proteção do meio-ambiente e combate a poluição em qualquer de suas formas; e
Servir de base de apoio a grupos que realizem na área atividades autorizadas ou determinadas pelo Comando do 1° Distrito Naval.
Dentro das atividades desenvolvidas pelo Brasil em cumprimento ao programa do Ano Geofísico Internacional 1957-1958, a 11 de agosto de 1957 foi iniciada a reocupação da Ilha da Trindade pela Marinha, com um desembarque efetuado pela Corveta Solimões. A ilha fora anteriormente ocupada pela Marinha em três ocasiões: durante a Primeira Guerra Mundial, de 1924 a 1926, e durante a Segunda Guerra Mundial. A nova comissão, a cargo da Diretoria de Hidrografia e Navegação constituía-se na instalação de um Posto Oceanográfico, que se tornaria permanente ao terminar o "Ano Geofísico" para fins de cooperação geofísica internacional que depois se firmou. A 10 de setembro desse mesmo ano iniciou-se a operação regular do POIT, sob o comando do Capitão de Corveta Carlos Alberto de Carvalho Armando, com o início da observação meteorológica na praia do Príncipe e no pico do Desejado.
Objetivos específicos da unidade
Garantir a conservação dos ambientes insulares, da coluna d'água e dos montes submarinos e das suas espécies de fauna, flora e microrganismos, em particular das espécies endêmicas, presentes no Arquipélago de Trindade e Martim Vaz e no seu entorno;
Contribuir para assegurar os direitos de soberania, para fins de exploração e aproveitamento, conservação e gestão dos recursos naturais, vivos ou não vivos, das águas sobrejacentes ao leito do mar, do leito do mar e do seu subsolo, e de outras atividades com vistas ao uso sustentável da zona econômica exclusiva para fins econômicos;
Promover a execução constante de pesquisa científica e monitoramento da biodiversidade na região;
Contribuir, por meio do mosaico de unidades de conservação e do seu zoneamento, para a recuperação dos estoques pesqueiros;
Contribuir para o ordenamento da pesca, do turismo e das atividades econômicas compatíveis com a conservação ambiental que se apresentem como estratégicas à região; e
Contribuir para a salvaguarda da vida humana, a segurança da navegação e a prevenção da poluição hídrica no Arquipélago de Trindade e Martim Vaz.
Histórico
No reinado de D. Manuel I de Portugal, a ilha de Martim Vaz foi descoberta em 1501 pelo navegador galego João da Nova. No ano seguinte, o navegador português Estêvão da Gama visitou a ilha vizinha e chamou-a Ilha da Trindade. As ilhas permaneceram na posse de Portugal até a independência do Brasil, altura em que passaram a ser brasileiras. Em 1890, o Reino Unido ocupou Trindade, mas os ingleses abandonaram as ilhas em 1896, depois de um acordo entre os dois países, que contou com mediação portuguesa.
Trindade
A frota de Estêvão da Gama, a caminho da Índia, na latitude de 20º S, descobriu, a 18 de maio de 1502, uma ilha que denominou de Ilha da Trindade.
Vários foram os visitantes ilustres que lá estiveram, sendo o mais conhecido o astrônomo inglês Edmund Halley, que chegou a tomar posse da ilha em nome da monarquia britânica (1700). Em 1895, mais uma vez, tentaram os ingleses obter a posse dessa estratégica posição no Atlântico Sul, porém os esforços diplomáticos brasileiros, aliados ao apoio da diplomacia portuguesa, reintegraram a posse da Ilha da Trindade ao Brasil. Para afirmar, de uma vez por todas, a soberania brasileira sobre a ilha, foi erigido um marco na data de 24 de janeiro de 1897.
Martim Vaz
Descoberta em 1512 por João da Nova, foram visitadas em 1514 por Juan de la Cosa, que denominou a ilha principal de Santa Maria Esmeralda. Em 1768, o francês La Pérouse tentou subir as rochas, mas dois de seus marinheiros acabaram morrendo na tentativa. Em homenagem aos mortos, denominou as ilhas do grupo como Martim Vaz. Em 1951, a Marinha do Brasil quis tomar formalmente posse das ilhas e uma guarnição militar tentou hastear a bandeira na ilha principal, contudo a embarcação naufragou ao bater de frente com um rochedo e doze marinheiros perderam suas vidas.
Em 1960, uma expedição científica inglesa com o navio HMS Owen achou uma enseada segura e conseguiu explorar a ilha maior. A primeira aterrissagem na Ilhota do Sul foi feita em 1962 por uma equipe militar a bordo de um helicóptero. Mais recentemente, em 2007, houve outros pousos por helicóptero da aviação naval para a substituição da bandeira nacional lá hasteada. O pesquisador Evaristo Scorza encontrou, nas ilhas, algumas provas de um mineral extremamente raro, a hauynita, apenas encontrado em tempos antigos na China e na Eslováquia.
Localização
Compreende a área da Zona Econômica Exclusiva (http://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/29053-o-que-e-a-zona-economica-exclusiva/) referente ao raio de duzentas milhas náuticas ao redor das Ilhas de Trindade e Martim Vaz, contadas a partir das linhas de base que medem a largura do Mar Territorial, observado o disposto no Decreto nº 8.400, de 4 de fevereiro de 2015.
NOME DA UNIDADE: Monumento Natural das Ilhas de Trindade e Martim Vaz e do Monte Columbia
BIOMA: Marinho Costeiro
ÁREA: 6.769.671,75 hectares
DIPLOMA LEGAL DE CRIAÇÃO: Decreto nº 9.312, de 19 de março de 2018
COORDENAÇÃO REGIONAL: CR11 - Lagoa Santa/MG
TELEFONE: (61) 2028-8730 / (61) 2028-8729
Fonte:
https://www.marinha.mil.br/secirm/protrindade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Trindade_e_Martim_Vaz
NOME DA UNIDADE: Monumento Natural das Ilhas de Trindade e Martim Vaz e do Monte Columbia
BIOMA: Marinho Costeiro
ÁREA: 6.769.671,75 hectares
DIPLOMA LEGAL DE CRIAÇÃO: Decreto nº 9.312, de 19 de março de 2018
COORDENAÇÃO REGIONAL: CR11 - Lagoa Santa/MG
TELEFONE: (61) 2028-8730 / (61) 2028-8729
https://www.marinha.mil.br/secirm/protrindade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Trindade_e_Martim_Vaz
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