Município: Olhos-d'Água, Diamantina, Buenópolis e Bocaiúva - MG Serra do Espinhaço - imagem: André Dib
A existência de uma diversidade de ambientes de rara beleza cênica e de alta importância socioambiental, tais como cânions, cachoeiras e as paisagens dos campos de altitude, incluindo os campos de sempre-vivas, bem como a presença de lapas (cavernas), pinturas rupestres e de patrimônio histórico, faz do Parque Nacional um cenário vasto de atrativos para a atividade de turismo, para a conservação biológica, manutenção de recursos naturais, valorização da sociodiversidade e desenvolvimento regional com base sustentável.
Uso Público O Parque está em fase de ordenamento do uso público, isso significa que seus atrativos naturais e histórico-culturais estão sendo mapeados e que a UC não possui infraestrutura e serviços que favorecem a recepção e apoio ao visitante, tais como alojamentos, sinalização de trilhas, centro de visitantes e serviços de resgate.
Localização
O Parque Nacional das Sempre-Vivas situa-se na Serra do Espinhaço, nos municípios de Olhos-d'Água, Diamantina, Buenópolis e Bocaiúva, no estado de Minas Gerais.
O nome do Parque é referência às variadas espécies de “sempre-vivas”, pequenas flores típicas da região.
Histórico
Seu nome deriva da pequena flor conhecida popularmente como “sempre-viva”. A Unidade de Conservação está inserida em uma região de elevada importância histórico-cultural, o que levou a UNESCO a declarar o município de Diamantina, Patrimônio Cultural da Humanidade.
A região foi ocupada por milhares de garimpeiros em busca de diamantes. A região tem nos seus limites um quase desconhecido parque nacional que abriga grandes aglomerados rochosos e um complexo mosaico de tipologias vegetais.
O Parque das Sempre-Vivas foi criado em dezembro de 2002 e tem áreas com mata densa de fundo de vale, campos rupestres de altitude e uma grande concentração de nascentes, entre elas a do Rio Jequetinhonha. Atualmente o parque ainda está em fase de implantação e permanece fechado à visitação pública, qualquer incursão nesta área dever ser autorizada pela chefia da unidade em Diamantina.
Atrações
Abriga grandes aglomerados rochosos, um complexo mosaico de tipologias vegetais, uma grande concentração de nascentes d’água, entre elas a do Rio Jequitinhonha, e de cachoeiras.
Aspectos naturais
O local abriga grande concentração de nascentes de afluentes do rio Jequitinhonha, com belas quedas d'água. Segundo pesquisas, 70% das sempre-vivas do mundo estão concentradas nessa região.
No parque vivem animais ameaçados de extinção, como a onça-pintada, onça-parda, o lobo-guará, tamanduá-bandeira e o tatu-canastra.
Relevo e clima
O parque reúne diversas fitofisionomias vegetais tais como: campos limpos, sujos, matas de galeria e de encosta, cerrado típico e vegetações de transição cerrado-caatinga.
Seu relevo é heterogêneo, apresentando campos levemente ondulados, diversos afloramentos rochosos e serras, em especial a serra do Espinhaço, a qual divide as bacias dos rios São Francisco e Jequitinhonha. Os principais cursos d’água da UC são o rio Jequitaí, afluente do rio São Francisco, e o rio Jequitinhonha, que faz limite à leste da UC.
A região apresenta clima tropical úmido com temperatura anual média de 20°C.
Fauna e flora
A sede do Parque, localizada no município de Diamantina, dista cerca de 53 quilômetros da entrada principal do parque, na região de Macacos. Não possui Plano de Manejo, porém alguns inventários de fauna e flora estão sendo iniciados na UC pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG).
O Parque faz parte da Reserva da Biosfera do Espinhaço e não possui Conselho Consultivo.
A UC apresenta uma grande heterogeneidade ambiental e foi considerada pelo Fundo Mundial da Vida Selvagem (WWF) e pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) como um dos centros de diversidade de plantas do Brasil em decorrência do alto grau de endemismos.
Na lista de espécies ameaçadas e protegidas nesta UC são: o lobo-guará, o gato-maracujá, o tamanduá-bandeira, o tatu-canastra e a onça-parda. A UC contém um número significativo de espécies que constam da lista brasileira e ou das listas estaduais de espécies ameaçadas de extinção.
Mapa ilustrando os locais de amostragem. Siglas: PNSV-Parque Nacional das Sempre Vivas, PEBI-Parque Estadual do Biribiri, 1-Ponto Caminho dos Escravos, 2-Ponto Córrego Soberbo Campus JK-UFVJM, 3-Ponto Parque Estadual do Biribiri, 4-Ponto próxima ao Parque Nacional das Sempre Vivas.
Como chegar
Seguindo de Belo Horizonte para Buenópolis, é preciso pegar a BR-135 passando por Sete Lagoas, passando pelo povoado de Curimataí. O acesso se dá pelo distrito de São João da Chapada e depois pelo povoado dos Macacos. Detalhe para as precárias condições das estradas. Na região da Serra do Galho, dentro da Cordilheira do Espinhaço, uma antiga casa da Fazenda Kolping serve como ponto de apoio para a recém criada brigada de incêndio do parque.
Partindo da sede de Kolping por trilhas em carro tracionado, durante duas horas é possível cruzar campos rupestres e chegar à Mata do Gavião, uma floresta de árvores frondosas e mata densa, uma paisagem bem diferente das outras regiões da unidade.
É possível acessar por Diamantina, são cerca de 300 km pela BR-135, depois pela BR-259 e entrar na primeira saída para a BR-367.
Ingressos
O turismo só é permitido após autorização dos seus organismos de proteção.
NOME DA UNIDADE: Parque Nacional das Sempre-Vivas
BIOMA: Cerrado
ÁREA: 124.154,47 hectares
DIPLOMA LEGAL DE CRIAÇÃO: Dec s/nº de 13 de dezembro de 2002
COORDENAÇÃO REGIONAL: CR11 - Lagoa Santa/MG
ENDEREÇO: Beco da Paciência, 166 - Centro, Diamantina/MG, 39100-000
TELEFONE: (38) 3531-3266 VOIP (61) 3103-9978
Contatos: Tel: (38) 3531-3266
Endereço sede:
Rua João Evaristo, nº 232 / 101.
Bairro: Polivalente. Diamantina – MG
CEP: 39100-000
Email: marcio.lucca@icmbio.gov.br
E-MAIL: parquenacionaldassemprevivas@icmbio.gov.br
Fontes:
http://www.icmbio.gov.br/portal/unidadesdeconservacao/biomas-brasileiros/cerrado/unidades-de-conservacao-cerrado/2094
https://www.wikiparques.org/wiki/Parque_Nacional_das_Sempre_Vivas
0 comentários:
Postar um comentário