O parque limita-se ao norte com a Guiana Francesa e com a República do Suriname, estando conectado, através do território ultramarino francês da Guiana Francesa, à União Europeia. Desta maneira, Montanhas do Tumucumaque integra, junto aos parques nacionais da Serra do Divisor, do Cabo Orange, do Pico da Neblina e do Monte Roraima, o conjunto de Parques Nacionais fronteiriços da Amazônia brasileira.
Turismo
No Polo Amaparí se utiliza os acessos de Serra do Navio (mais comum) ou de Pedra Branca do Amapari (normalmente no verão). Se desloca por voadeiras (embarcaçôes de alumínio) até a base rústica do parque, onde pode-se pernoitar em uma estrutura de acampamento adaptada às condições amazônicas (redários) e fazer atividades como trilhas, banhos em rios e avistamento de fauna e flora.
No Polo Oiapoque, pode-se acampar na Cachoeira do Anotaie, que se localiza no rio Anotaie, afluente do Rio Oiapoque. Também há a possibilidade de visitar a Vila Brasil, comunidade localizada à margem direita do rio Oiapoque e situada em frente à comunidade indígena franco-guianense de Camopi. Nessa localidade há pequenos hoteis e é possivel conhecer seu contexto socio-cultural, onde os moradores, na maioria comerciantes, prestam serviços aos indígenas da comunidade do país vizinho.
Atrações
Para quem optar sobrevoar o parque, é possível avistar um extenso tapete verde de copas de árvores e os desenhos dos rios Araguari, Oiapoque, Amapari e Jarí.
Atrativo Turístico
Povos indígenas
Os conhecimentos desses povos e seus jeitos de viver garantem que a floresta esteja sempre em pé. Por outro lado, as florestas protegidas na forma de UC são aliadas na conservação dos TI e seus povos.
A presença de sítios arqueológicos e petróglifos (desenhos gravados nas rochas) mostram que esse território há muito tempo tem sido ocupado por diversos povos. A necessidade de proteger essa rica biodiversidade, valorizar a diversidade cultural e garantir o desenvolvimento sustentável na região é o que dá força ao Mosaico da Amazônia Oriental.
Serviços Turísticos
Endereço sede: Rua do Campo, 711.
Serra do Navio, Amapá. / CEP: 68.914-000
Email: icmbioamapacentral@icmbio.gov.br
Contatos: Tel: (96) 3243-1555 / Facebook:
Para visitar o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, precisa pedir autorização ao ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), ele está aberto à visitação, não precisa ser pesquisador para visitá-lo. Site: Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque
Histórico
Esta área é bastante desconhecida da maioria dos brasileiros, mas abrigou um percurso histórico que remonta à disputa entre portugueses e espanhóis e a assinatura do Tratado de Tordesilhas. Esta região foi alvo de iniciativas de países europeus em ocupar a amazônia, até a disputa direta entre França e Brasil pela soberania do território, entre o Amazonas e o Oiapoque. Esta briga terminou em 1900, por um Tratado de Arbitragem decidido na Suíça, que estabeleceu no plano internacional os limites definitivos de fronteira, reafirmando a base do Tratado de Utrecht.
Muito antes da chegada dos europeus à região hoje compreendida pelas Guianas, o estado do Amapá e o norte do Pará foi palco de um intenso movimento migratório de diferentes grupos indígenas.
Os primeiros registros de ocupação humana da região entre o atual estado do Amapá e a foz do Rio Orenoco, na Venezuela, datam de 12. 000 anos. Pesquisas arqueológicas atestam em 2.000 anos a presença de grupos de língua Aruaque, que já praticavam a agricultura.
Do lado brasileiro, a área do atual Parque e seu entorno foi um refúgio para os Wayana e os Wajãpi, uma área isolada e imune às influências dos imigrantes estrangeiros e à pressão territorial. Vários grupos indígenas que habitam a região de entorno do Parque e pertencem a dois troncos lingüísticos. Os Tiriyó, Wayana, Aparai e Kaxuyana, que vivem no Parque Indígena do Tumucumaque, falam línguas Caribe. Já os Wajãpi, habitantes da Terra Indígena Wajãpi e da margem francesa do alto curso do Oiapoque, falam um a língua de origem Tupi-Guarani.
Para os Wayana que vivem no lado brasileiro, Tumucumaque é um nome utilizado apenas pelos não indígenas (karaiwa) e se referem a essa região de serras como Tuna enatëre, na zona de cabeceiras onde consideram que nascem os rios Paru e Jari. Os Wayana da Guiana Francesa usam o termo Topu konõto (grandes pedras) para essa região.
A origem do nome Tumucumaque – e de sua variante Tumuc-Humac – levantou a curiosidade de geógrafos franceses desde o final do século XIX, e suscita mitos até hoje.
Nós séculos XVII e XVIII, o nome Tumucumaque aparece e desaparece da cartografia da região, fixando-se nos mapas da tríplice fronteira entre o Brasil, Guiana Francesa e Suriname somente em meados do século XIX, no lugar antes identificado como “Serra do Norte”.
Aspectos naturais
O maior Parque Nacional do Brasil é a maior área protegida em faixa tropical do mundo. As espécies que mais se destacam são: maçaranduba, maparajuba, cupiúba, jarana, mandioqueira, louros, acapu, acariquara, matamatás, faveiras, abioranas, tauari e tachi.
A região abriga também as nascentes de todos os principais rios do Amapá, com destaque para o Oiapoque (fronteira do Brasil com a Guiana Francesa), o Jari e o Araguari.
Relevo e clima
O parque está situado em região de clima quente e úmido, dominada pela floresta tropical densa.
O relevo do Parque é predominantemente plano, mas há regiões de montanhas rochosas. Além do Jari, outros três rios estão localizado por ali: Araguari, Oiapoque e Amapari, os maiores e mais importantes da região.
Clima
O clima é equatorial quente e úmido, com pluviosidade anual superior a 2500 mm, temperaturas médias anuais oscilando entre 25 e 30ºC. Ocorre estação seca entre agosto e novembro, com redução do índice pluviométrico para menos de 50 mm mensais.
Fauna e Flora
O Parque ainda tem centenas de espécies da flora e fauna a serem descobertas. Tumucumaque tem uma fauna muito rica e pouco estudada. Sabe-se que habitam aquela área a onça e a sussuarana, o cuxiu (um raro primata), araras, marianinhas, jacus, beija-flores multicoloridos, como o beija-flor-brilho-de-fogo e grandes pássaros frugívoros da copa da floresta, tais como o anambé-militar, o pássaro-boi e o gainambé.
Objetivos específicos da unidade
Infra-estrutura
O parque ainda não possui infra-estrutura. As cidades de apoio são: Pedra Branca, Serra do Navio, Laranjal do Jarí, Oiapoque e Calçoene, todas possuem meios de hospedagem e restaurantes.
Ingressos
Não há cobrança de ingresso, mas é necessário solicitar autorização de entrada para a equipe gestora.
Localização
Como chegar
Situado na divisa entre Amapá e Pará, o acesso é remoto, no entanto possui vários acessos. Os principais são através do rio Amapari e do rio Oiapoque.
Na área do rio Amapari pode-se chegar pela sede municipal de Serra do Navio (90 km até o início do parque) ou a comunidade de 7 Ilhas, no município de Pedra Branca do Amapari (20 km até o início do parque). Essa última comunidade fica a 65 km da cidade de Serra do Navio.
Pelo Rio Oiapoque, pode-se chegar a partir do no município de mesmo nome, navegando por aproximadamente 50km até o início do Parque.
Há mais duas formas de acesso que são pelo rio Jari, no sul do estado e pelo Distrito do Lourenço, no município de Calçoene, mas que são bem menos utilizados.
Fonte:
https://www.wikiparques.org/wiki/Parque_Nacional_Montanhas_do_Tumucumaque
https://www.wwf.org.br/?uNewsID=32162
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