quarta-feira, 19 de junho de 2019

Parque Nacional da Serra da Bocaina - Turismo



O Parque Nacional da Serra da Bocaina localiza-se na divisa entre os estados do Rio de Janeiro e de São Paulo, na região Sudeste do Brasil. É um segmento da Serra do Mar.

O Parque Nacional da Serra da Bocaina foi criado por Decreto Federal em 1971, compreende uma área aproximada de 134 mil hectares e uma expressiva biodiversidade. A criação do parque teve como objetivo a implantação de um escudo de vegetação nativa, nas escarpas da Serra do Mar como proteção de um eventual acidente nuclear nas usinas de Angra I e II.

A sede do parque fica na cidade de São José do Barreiro, no Estado de São Paulo. É administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Entre a fauna do parque destacam-se a onça-pintada, suçuarana, preguiça-de-coleira, sagui-da-serra-escuro, e inúmeras espécies de aves.

Atrações turísticas
O parque oferece uma ampla gama de atrações turísticas naturais, tais como a Cachoeira Santo Isidro, a Cachoeira das Posses e mais no interior do parque, a Cachoeira dos Veados. 

A entrada do parque marca também o início do trecho final da Trilha do Ouro, com uma extensão de aproximadamente 73 quilômetros, e que termina na praia de Mambucaba, em Angra dos Reis.

O seu ponto mais elevado é o Pico do Tira o Chapéu, que alcança 2 088 metros acima do nível do mar, um dos pontos mais altos do Estado de São Paulo. Foto: webventure

Fauna
"Andorinhão-do-temporal - observação de aves (Bird watching), uma de muitas atividades que podem ser desfrutadas pelos visitantes do Parque Nacional da Serra da Bocaina." 

Das 156 espécies de mamíferos não voadores com distribuição para a Mata Atlântica listadas por Fonseca et al. (1996), existem no PNSB 40 espécies, sendo que 25% delas estão ameaçadas de extinção. Cinco espécies são endêmicas da Mata Atlântica: ouriço-cacheiro (Sphiggurus villosus), sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita), bugio (Alouatta fusca), macaco-prego (Cebus apella nigritus) e mono-carvoeiro (Brachyteles arachnoides). O mono-carvoeiro, considerado o maior primata da América, ainda é procurado por caçadores nas áreas em torno do Parque e é muito sensível a alterações do habitat. As florestas situadas em todo o gradiente altitudinal da Serra da Bocaina favorecem a concentração da grande maioria das espécies de mamíferos, como a lontra (Lontra longicaudis), o cateto (Pecari tajacu), queixada (Tayassu pecari), a anta (Tapirus terrestris), os felinos como a jaguatirica (Leopardus pardalis) e a onça-parda (Puma concolor).

O mono-carvoeiro (Brachyteles arachnoides), espécie de mamífero mais exigente em termos de estrutura de habitat, é encontrado dentro do PNSB em áreas de grotões de mata de difícil acesso, ainda em bom estágio de preservação. Outra espécie de primata, o sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita), também ameaçada de extinção, está presente em áreas de mata secundária em diversos estádios de sucessão. Espécies mais tolerantes a áreas abertas, como o furão (Galictis vittata), o veado-mateiro (Mazama americana) e o cachorro-do-mato (Cerdocyon thous), podem ser encontrados nas bordas de mata. A onça-parda (Puma concolor) possui uma grande área de vida e se desloca desde os diversos ambientes florestais até pastagens e Campos de Altitude. A presença desta espécie demonstra a importância da preservação das áreas de mata situadas dentro e fora dos limites do Parque.

Cerca de 294 espécies de aves foram registrados no parque, aliado à extensão e ao estado de preservação deste, são condições ideais para a atividade de observação de aves. Dentre as espécies de pássaros mais comuns destacam-se o murucututu-de-barriga-amarela, o andorinhão-do-temporal, a maria preta de bico azulado.

Flora
Estima-se que 60% da vegetação seja composta por mata nativa (mata atlântica), e que o restante seja mata regenerada (secundária) há mais de 30 anos. Entre as espécies da flora destacam-se os araucárias, cedros, embaúbas, palmitos e bromélias.

Na região estão identificados três tipos de formações vegetacionais: floresta ombrófila densa, vegetação dominante; floresta ombrófila mista aonde são destaques o pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifólia) e o pinheirinho-bravo (Podocarpus lambertii), e os campos de altitude.

Uma das espécies presentes na Floresta ombrófila densa é o palmito (Euterpe edulis), anteriormente freqüente, mas hoje considerado uma espécie rara e ameaçada de extinção devido ao extrativismo ilegal. Na Floresta ombrófila densa submontana destaca-se o xaxim (Dicksonia sellowiana), também raro e ameaçado de extinção devido ao extrativismo ilegal para confecção de vasos para plantas.




PARQUE NACIONAL DA SERRA DA BOCAINA

O Parque Nacional da Serra da Bocaina, por sua dimensão e grande variação de altitude, apresenta variadas paisagens e diversos atrativos naturais como praias, piscinas naturais, rios, cachoeiras, picos e mirantes, sem contar a riqueza de flora e fauna, típica da Mata Atlântica.

Também são muitos os atrativos de interesse histórico e cultural, como os caminhos e trilhas do ouro que o atravessam, remanescentes da época dos tropeiros, bem como a cultura caipira e caiçara conservada na porção serrana e litorânea, respectivamente.

Clique para ver um vídeo sobre o Parque Nacional da Serra da Bocaina

Clique aqui para baixar o folheto sobre Trindade
Clique aqui para baixar o folheto do Caminho de Mambucaba


IMPORTANTE
O parque não está consolidado em termos de visitação, por isso ainda não oferece prestação de serviços ao turista - Saiba mais


O parque, do ponto de vista turístico, pode ser dividido em dois roteiros bastante distintos:

Serra
Também chamada “parte alta”, é onde o visitante encontra várias cachoeiras, picos e mirantes. Ali que se inicia o Caminho de Mambucaba, a mais famosa das trilhas do ouro. Esse roteiro tem acesso por São José do Barreiro, no Vale do Paraíba.


Cachoeira de Santo Izidro: Situada a 1,5 km da entrada principal do Parque (45 minutos de caminhada), é a cachoeira mais próxima da sede na região serrana. Após cruzar o primeiro rio, caminha-se mais 10 minutos até chegar a uma entrada à esquerda, que leva até a cachoeira. A queda tem cerca de 70 metros e possui um poço para banho.


Cachoeira das Posses tem acesso pela portaria do parque em São José do Barreiro, a aproximadamente 8 km de distância, percorridos em 3 horas e meia de caminhada por uma estrada não pavimentada a partir da qual se acessa uma trilha de cerca de 200m até a cachoeira. É um ótimo local para banho. Possui uma queda de aproximadamente 40m de altura.

Cachoeira dos Veados: Fica a 20 km da portaria principal do Parque e é a mais famosa sendo parada obrigatória para visitantes que fazem a Trilha do Ouro. Consiste em duas quedas de mais de 100 metros e fica a dois dias de caminhada, pela Trilha do Ouro, num dos locais mais preservados do Parque. 

A Pedra da Macela, a 1.840m de altitude e abrigando 360 graus de visada, é o mais relevante dentre os mirantes do Parna da Serra da Bocaina. Embora ela esteja localizada no município de Paraty/RJ seu acesso é por Cunha/SP. O acesso se dá por estrada de terra por aproximadamente 5km, a partir da estrada SP 171 - Km 65,5, até chegar a uma porteira onde o acesso se dá a pé por uma estrada pavimentada de aproximadamente 2,5km de subida íngreme. A contemplação da paisagem exuberante do local, tirando o máximo de proveito da interação serra e mar, diferencial ímpar do Parque Nacional da Serra da Bocaina, compensa as quase duas horas de caminhada morro acima. De outro ponto do mirante é possível apreciar boa parte do Vale do Paraíba.


Litoral
Também chamada “parte baixa”, tem como destaque as praias do Meio e da Caixa D’Aço, além de uma piscina natural, todas emolduradas pelo verde da Mata Atlântica. O acesso ocorre por Paraty.

http://www.icmbio.gov.br/parnaserradabocaina/inicio



QUANDO IR

Serra
O melhor período para visitar a região serrana do Parque Nacional da Serra da Bocaina é entre os meses de maio e agosto, quando chove menos. Porém, essa é a época também mais fria e, portanto, menos favorável para os banhos de cachoeira. Nesse período a temperatura média é de 10°C e as mínimas podem chegar a 2°C negativos nas madrugadas mais frias.

Litoral
Para quem quer tranquilidade, deve-se evitar a alta temporada (dezembro a fevereiro, julho) e os feriados prolongados, principalmente Reveillon e Carnaval, quando as cidades e as praias ficam lotadas e os congestionamentos são freqüentes.


COMO CHEGAR
O Parque Nacional da Serra da Bocaina (PNSB) possui sede e atrativos tanto na região serrana como no litoral.

Os principais atrativos na região serrana têm acesso por São José do Barreiro, no Vale do Paraíba. É aí também que se situa a sede principal.

Os atrativos do litoral situam-se nas proximidades de Paraty, onde está localizada a sub-sede do Parque.


Abaixo estão orientações para chegar a ambas as cidades e aos pontos de partida para os principais atrativos em cada uma delas. Link http://www.icmbio.gov.br/parnaserradabocaina/guia-do-visitante/mais-info/81.html

SERVIÇOS
O Parque Nacional da Serra da Bocaina (PNSB) não está consolidado em termos de visitação, por isso ainda não oferece prestação de serviços ao turista.

Parte desta lacuna, porém, é preenchida pela iniciativa privada existente no entorno do Parque.

A título de orientação, seguem indicações de alguns websites que reúnem prestadores de serviços na região do PNSB.

Obs: Não nos responsabilizamos pelos valores cobrados e nem pela qualidade dos serviços.

ATRATIVOS
Conheça os principais atrativos do Parque Nacional da Serra da Bocaina distribuídos nos dois roteiros turísticos:

Serra
Na região serrana do Parque Nacional da Serra da Bocaina, que inclui os municípios de São José do Barreiro, Areias e Cunha, além de Silveiras, Arapeí e Bananal (zona de amortecimento), há inúmeras opções de circuitos ecoturísticos.

O destaque fica para as trilhas, realizadas geralmente a pé em percursos que variam de meia hora a vários dias, passando por rios, cachoeiras, vales, picos, mirantes e locais de interesse histórico e cultural.

Nessa região, o único acesso permitido para o interior do parque é pela portaria em São José do Barreiro, SP (veja Como Chegar). Para conhecer as regras de visitação, veja Orientações.




Conheça os circuitos mais visitados:

* A Cachoeira Santo Isidro é a cachoeira mais próxima da portaria do parque em São José do Barreiro: fica a 1,5 km de distância, percorrida em 45 minutos de caminhada.

Com uma queda de aproximadamente 50m de altura, forma um poço com fundo arenoso excelente para banho.

A chegada é feita pelo topo da cachoeira, o que exige atenção na descida até o poço. 


* O Caminho de Mambucaba, também conhecido como Trilha do Ouro, tem início na portaria do parque em São José do Barreiro e término no sertão de Mambucaba, município de Angra dos Reis, RJ. Dentro da unidade de conservação são percorridos cerca de 50 km, costumeiramente divididos em três dias de caminhada.
No primeiro dia de trilha o visitante pode apreciar a cachoeira Santo Isidro e a cachoeira das Posses.

A cachoeira das Posses fica a 8 km da portaria do parque em São José do Barreiro e tem uma queda de aproximadamente 40m de altura. As ruínas presentes na trilha que leva à cachoeira são um registro histórico da antiga fazenda responsável pela plantação e extração de pinus, cedrinho português e eucalipto. Este talhão ainda pode ser observado pelo visitante, mas é objeto de estudo no Programa de Erradicação de Espécies Exóticas do PARNA da Serra da Bocaina.

No segundo dia, o visitante chega à cachoeira do Veado.

Cachoeira do Veado - foto: Thalita MonfortA cachoeira do Veado é a mais famosa do parque. Por estar muito próxima do Caminho de Mambucaba, é parada obrigatória dos visitantes que cruzam o Parque pelo caminho histórico. A cachoeira possui três quedas, sendo que a segunda é a maior. O acesso à queda mais baixa (terceira) não apresenta dificuldade, mas o trajeto fica mais complicado em direção à segunda e primeira quedas.

A partir de lá, já no terceiro dia, o visitante começa uma longa descida em direção ao litoral, na vertente atlântica do parque. O calçamento de pedras, dos tempos da Coroa, remete a uma viagem no tempo e exige do visitante muita atenção na descida. Dali é possível avistar a cachoeira do Esguicho, localizada em área de difícil acesso e sem poço para banho.

Chegando ao final da trilha, ainda restam cerca de 20 km (a maior parte em estrada de terra) até a BR 101, na altura do Parque Mambucaba (também conhecido como Perequê). Para esse último trecho vale combinar uma carona com amigos ou agências de turismo.

* O pico do Tira Chapéu, com 2.088m de altitude, está entre os dez pontos mais altos do Estado de São Paulo. A vista para o Vale do Paraíba, Vale do Mambucaba e Paraitinga compensa as três horas de caminhada morro acima. O acesso pode ser feito por dois caminhos diferentes. Um inicia-se pela fazenda Pinheirinho, vizinha ao parque, onde os moradores indicam a trilha. O outro acesso se dá pela fazenda Cincerro, no sentido da Cabana do Pai Tomás. Da Cabana até o cume são cerca de 5 km de subida. Por ser considerada uma trilha de alto grau de dificuldade, recomenda-se o acompanhamento de um guia.


* O Mirante do Sobrado fica próximo da portaria do parque em São José do Barreiro e tem aproximadamente 1.850m de altitude. A subida de 2 horas de caminhada leva ao ponto mais alto que dá vista para todo o vale do rio Mambucaba, onde se vê a Pedra da Macela e Pedra do Frade.

Fica exatamente na divisa do parque com a Fazenda Floresta, em São José do Barreiro.

Litoral
A região litorânea do Parque Nacional da Serra da Bocaina inclui trechos dos municípios de Ubatuba, no Estado de São Paulo, sobrepostos parcialmente com o núcleo Picinguaba do Parque Estadual da Serra do Mar; e de Paraty e Angra dos Reis, no Estado do Rio de Janeiro.

É uma região de belas praias, costões rochosos, piscinas naturais e pequenos rios com corredeiras e quedas d’água, tendo como pano de fundo a Serra do Mar coberta pela Mata Atlântica.

O QUE FAZER
O Parque Nacional da Serra da Bocaina (PNSB) é chamado por alguns como “o paraíso do trekking no Brasil”, em alusão às inúmeras possibilidades de caminhada por suas trilhas, em especial o Caminho de Mambucaba ou Trilha do Ouro. Existem desde circuitos curtos, que podem ser percorridos em 2 horas (Cachoeira Santo Isidro) até circuitos de 3 dias ou mais de caminhada, como o Caminho de Mambucaba.

As estradas do parque também vêm recebendo cada vez mais adeptos do mountain bike, que chegam em pequenos grupos de amigos ou em grupos maiores durante eventos conduzidos por agências especializadas.

Oportunidade para banhos em rios e cachoeiras é o que não falta. O parque é cortado de norte a sul pelo rio Mambucaba, que desce a serra formando corredeiras e cachoeiras de grande beleza. O rio Mambucaba, em seu último trecho, já no litoral, é bastante conhecido entre os adeptos do rafting. Outros rios que cruzam o parque em menor extensão também possuem seus atrativos: o rio Bracuí, em Angra dos Reis, e o córrego Melancia, em Paraty, são bons exemplos.

Em virtude da grande diversidade e abundância de aves, recentemente tem aumentado a frequência de adeptos da observação de aves ou birdwatching.

As praias e a piscina natural em Trindade, por sua vez, oferecem ótimas condições para banhos de mar e esportes associados, inclusive prática de surf na praia da Caixa d'Aço.

Para quem deseja apenas um lugar para descanso e contemplação, o parque pode ser o lugar ideal para isolamento e apreciação de belas paisagens.

Para os adeptos do turismo histórico e cultural, as trilhas e caminhos do ouro que cortam o parque ainda guardam em alguns trechos o calçamento original, dos tempos do Brasil Colônia ou Império. A região serrana ainda conserva traços da cultura caipira e tropeira e, no litoral, ainda há comunidades consideradas caiçaras e quilombolas.

Saiba Mais: Link http://www.icmbio.gov.br/parnaserradabocaina/guia-do-visitante.html

*

0 comentários:

Postar um comentário

Viajar é trocar a roupa da alma. (Mário Quintana)

Ciência do Turismo

. Resultado de imagem para viagens

. Resultado de imagem para turismo rio grande do sul

.

. Resultado de imagem para turismo fotos

Visitantes por País

História do Turismo: Conscientização Turismo

Páginas + Visitadas - Última semana

Compartilhe essa ideia!

O Ciência do Turismo Blog é um espaço para promover discussões, disseminar conhecimento e compartilhar um pouco mais da experiência dos nossos colaboradores, também é uma forma de atualizar os nossos visitantes sobre as novidades do Turismo.

Compartilhe essa ideia!
Para entrar em contato comigo, mande e-mail para cienciadoturismo@gmail.com ou deixe recado aqui no blog. Estamos sempre abertos a novas parcerias e dispostos a ajudar nossos leitores.