terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Parque Nacional Restinga de Jurubatiba - Turismo em Macaé RJ



O Parque Nacional da Restinga da Jurubatiba (ou PARNA de Jurubatiba) é o primeiro Parque Nacional no Brasil a compreender exclusivamente o ecossistema de restinga, o menos representado no Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza. A maioria dos pesquisadores concorda que Jurubatiba é a área de restinga mais bem preservada do país e está praticamente intacta.

De valor ecológico ímpar e laboratório na natureza, o PARNA Restinga de Jurubatiba protege suas restingas e lagoas costeiras, os quais são delicados ecossistemas, associados ao Bioma Mata Atlântica, onde sobrevivem diversas espécies da fauna e flora brasileiras, sendo muitas dessas ameaçadas de extinção.


Turismo

O Parque pode ser visitado durante todo o ano. Mas o pico da visitação ocorre no período de verão. A realização dos passeios é permitida entre quinta-feira e domingo, além de feriados e datas comemorativas. No caso de solicitações para realização de passeios em outros dias da semana, a decisão cabe à chefia do Parque.

Além de toda a preservação, calmaria e beleza, o parque possui quatro tipos de atrações e passeios turísticos para serem explorados como caminhadas pelas trilhas, passeios em bugre ou carro entre o balneário de João Francisco e Lagoa Preta, passeio de barco entre as lagoas Carapebus e Paulista e de caiaque pelas lagoas. Também há opções de contratar guias para acompanhar o roteiro e visitar algumas lagoas, praias, trilhas e a Estrada da Estivinha.

"Jurubatiba" é um termo de origem tupi, significando "ajuntamento de jeribás", através da junção de jeri'wa (jeribá) e tyba (ajuntamento).

Atrações

O visitante pode realizar quatro tipos de passeios turísticos em Jurubatiba: caminhar pelas trilhas na unidades; fazer passeio em bugre ou carro entre o balneário de João Francisco, em Quissamã, e a Lagoa Preta; além de fazer um passeio de barco entre as lagoas de Carapebus e Paulista (passando por um trecho do canal Campos-Macaé); e passear de caiaque pelas inúmeras lagoas.

Em primeiro lugar a vegetação extraordinária da restinga, com suas múltiplas plantas e árvores, e respectivas, e criativas, estratégias para sobreviver ao calor de 70º celsus  do solo em dias de verão.

As lagoas também merecem ser exploradas por sua beleza e, especialmente, pela avifauna que atraem.

E ainda é possível passear no Canal Campos- Macaé, o mais longo do Brasil, feito pela mão escrava, em 1872 que vai do rio Paraíba do Sul até o Rio Macaé com objetivo de facilitar o escoamento da cana-de-açúcar. Quatro anos depois de aberto chegou a linha férrea. O canal jamais foi usado. Agora os turistas poderão conhecê-lo.

O visitante tem ainda a opção de contratar um guia local. Veja a lista de locais que podem ser visitados:


Atrativo Turístico

Lagoa de Jurubatiba e trilha

Praia de Carapebus

Localizada em área de restinga, de extensão aproximada de 12 km, a Praia de Carapebus tem como limite as praias Lagomar e João Francisco (Quissamã). Com águas frias e transparentes, é propícia para banhos, apesar do mar forte. Um estreito cordão de restinga, paralelo à praia, separa o oceano de diversas lagunas de diferentes conformações e áreas.

Possui águas propícias a prática de surf e pesca. Com ondas de 0,5 a 2,0 metros, enfatizando uma área de preservação ambiental fiscalizada pelo Projeto Tamar.

Lagoa de Carapebus

Um dos principais pontos turísticos da cidade, a lagoa - com área aproximada de 10 km2 - é formada por vários córregos e ligada ao canal Macaé-Campos. A microbacia Lagoa de Carapebus localiza-se no centro do município, com uma parte dela na Restinga de Jurubatiba. Seu principal curso d'água, com 5 km de extensão, é o córrego da Maricota, em Carapebus.

Lagoa Paulista; Trilha do Amarra-boi; Lagoa da Bezerra e Lagoa Garças; Lagoa Preta e Barrinha; Estrada da Estivinha


Serviços Turísticos

A sede do Parna de Jurubatiba. Tinindo de nova! (foto: Marcelo Pessanha)

O horário de visitação permitido para os atrativos do Parque é entre 8h e 16h.

Endereço: Avenida MPM (interseção com a Avenida Atlântica) s/nº, Lagomar - Macaé/ RJ CEP 27970-230   /  Facebook LINK

Endereço para correspondência: Cx Postal nº 119.288 - Centro - Macaé/RJ CEP 27910-970

E-mail: parnajurubatiba@icmbio.gov.br Telefone: (22) 2765-6024 / (61) 2028-9905 (voip)


Histórico

A área onde se situa a Restinga de Jurubatiba, entre a foz do rio Macaé e do rio Paraíba do Sul, foi habitada por indígenas Goytacazes. O nome do local tem orgiem do tupi e reúne as palavras ‘jeribá’ (uma espécie de palmeira) e ‘tiba’ (porção), significando terra de plantas espinhosas. Os indígenas Goytacazes foram dizimados em confrontos com os portugueses.

As terras de restinga permaneceram intocadas e, ao seu redor, eram circundadas por atividades de pecuária e de plantação de cana-de-açúcar. Hoje o parque ainda guarda uma parte bem conservada do Canal Campos-Macaé de 104 quilômetros de extensão que levou cerca de 30 anos para ser construído com o uso do trabalho escravo.

Criado em 29 de abril de 1998 com quase 15 mil hectares, o Parna tem mais de 40 quilômetros de costa e 18 lagoas costeiras. Esta é uma das UCs mais estudadas por pesquisadores. O Parna investe em turismo ecológico como uma ferramenta para a educação ambiental neste que é um dos ecossistemas mais ameaçados do país.

Aspectos naturais

O Parna possui 44 quilômetros de praias e 18 lagoas costeiras (de água doce e salgada), servindo de abrigo ecológico para diversas espécies de fauna e flora. A Restinga de Jurubatiba serve de refúgio para animais e localiza-se numa área de transição ecológica no noroeste do estado do Rio de Janeiro, a 200 quilômetros da capital. Esta é a última faixa contínua de restinga no estado.

As restingas costeiras são as áreas com menor acúmulo de informações científicas sobre sua biodiversidade. No entanto, Jurubatiba é uma das poucas que se tem informações científicas, especialmente sobre aspectos geomorfológicos, de vegetação e limnologia (estudo das águas). O estudo da fauna é mais recente com o início de pesquisas ecológicas de longa duração.

Jurubatiba se tornou uma das porções do litoral brasileiro mais bem estudadas com a instalações de centros como Núcleo de Pesquisas Ecológicas e Sócio-Ambientais de Macaé (NUPEM) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ver link: 

http://www.macae.ufrj.br/nupem/. Além da Universidade Estadual do Norte Fluminense 

(UENF), ver link: http://www.uenf.br/

Relevo e clima

Jurubatiba é a maior restinga do país e foi formada a partir do recuo do mar no período do Quaternário (de 1,8 milhões de anos). A partir da sobreposição de depósitos arenosos paralelos à costa, possibilitou o surgimento de dunas de três a oito metros de altura, com até dez metros de largura.

Os solos são do tipo regossolo (arenoso) com baixo potencial agrícola, devido às baixas profundidades e alta suscetibilidade à erosão. O relevo é constituído de colinas com declives suaves.

O verão é quente e chuvoso e, o inverno, mais seco. A temperatura média anual varia em torno de 22 e 24 graus centígrados e a precipitação anual entre mil e 1.350 milímetros.

Fauna e Flora

A UC contém um número significativo de espécies que constam na lista brasileira de ameaçadas de extinção, além de registrar um número significativo de espécies cujas populações são sobre-exploradas em razão de inúmeras pressões.

A lagoa Preta de Jurubatiba é o único lugar do mundo em que se encontra o micro-crustáceo Diaptomus azuros, que segundo pesquisadores da UFRJ, só tem similares na costa oeste da África, servindo de prova que este continente já foi unido com a costa do Brasil em tempos remotos. Das espécies de peixes existem: acará, bagres, carapeba, robalo, tainha e traíra. Já na lista de répteis, estão o jacaré do papo amarelo, jiboia e cágado do brejo. Em relação às aves, foram identificadas em Jurubatiba 140 espécies divididas em 42 famílias como o papagaio chauá, sabiá da praia, maçaricos, jaçanãs, garças, frango-d’água, gavião, maguari, e socós. Quanto aos mamíferos, vivem na restinga lontras, capivaras, cachorro do mato, roedores e marsupiais.

Já em relação à flora, Jurubatiba tem uma vegetação rastejante, herbáceas rasteiras na beira da praia, arbustos, áreas alagadas, mata de cordão arenoso (nas regiões mais úmidas entre as dunas) e, até mesmo, florestas altas nos locais mais distantes do mar.


Objetivos específicos da unidade

O objetivo geral da UC é proteger remanescentes de restinga do norte fluminense e lagoas costeiras, assim como possibilitar pesquisas científicas, ações de educação ambiental e recreação em contato com a natureza e turismo ecológico.

O Parque Nacional tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, assim como compatibilizar as atividades desenvolvidas pelas populações do entorno com a conservação da unidade e impedir que o crescimento proporcionado pela indústria de petróleo degrade os ambientes de restinga com alta significância ambiental.


Ingressos

O valor do ingresso no Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, para os passeios de carro tracionado/bugre ou de barcos nos trechos permitidos, é de R$ 9,00 (nove reais) para o primeiro dia e R$ 4,50 (quatro reais e cinquenta centavos) a cada dia subsequente (Portaria ICMBio nº 624, de 26 de setembro de 2017)

Já para os passeios a pé nas trilhas, acompanhado ou não de guias, não é cobrado ingresso.

Menores de 12 anos de idade e maiores a partir de 60 anos que possuem residência permanente no Brasil são isentos de taxas. Também têm entrada gratuita estudantes acompanhados da instituição de ensino, populações tradicionais extrativistas beneficiárias da UC e pesquisadores do ICMBio.

O parque pode ser visitado durante o ano todo. O pico de visitação é no período do verão. É permitido realizar os passeios de quinta-feira a domingo, além de feriados e datas comemorativas. O horário de visitação é entre 8h e 16h.

Localização

O Parque Nacional Restinga de Jurubatiba situa-se no norte do estado do Rio de Janeiro próximo aos municípios de Macaé, Carapebus e Quissamã. Jurubatiba é um dos três parques nacionais no Brasil onde é possível observar a preservação do meio ambiente e a permanência de forma sustentável de uma população de pescadores tradicionais que já vivia da pesa antes mesmo da criação da unidade de conservação. Cerca de 25 famílias de pescadores tiveram a autorização do ICMBio e do Ministério Público para continuar a exercer suas atividades de pesca na lagoa de Carapebus, uma das mais ricas em variedades de peixes na região.

Como chegar

Da cidade do Rio de Janeiro, a Restinga de Jurubatiba pode ser acessada pela rodovia BR-101, em seguida pela rodovia Amaral Peixoto RJ-106 ou pela Via Lagos. O acesso é feito percorrendo 200 quilômetros pela BR-101 no sentido Macaé.

Depois de cruzar a Ponte Rio-Niterói, segue-se pela BR-101 até o Trevo de Macaé no km 165 e, em seguida, continuar até o centro de Macaé e entrar na RJ-106 até Cabiúnas, onde há um acesso não asfaltado.

É possível ainda seguir de Campo no sentido a Quissamã por 60 km.


Fonte:

https://www.icmbio.gov.br/parnajurubatiba/guia-do-visitante.html

https://www.wikiparques.org/wiki/Parque_Nacional_Restinga_de_Jurubatiba


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