quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Sabores de Norte a Sul para fazer Turismo Gastronômico no Brasil - O prazer de comer bem



Associar o deleite gastronômico com a possibilidade de conhecer outros lugares e culturas acabou resultando numa fórmula tão bem sucedida que deu origem a um novo segmento do mercado turístico gastronômico: o turismo gourmand – ou turismo de alta gastronomia.

Mediante a acirrada concorrência turística, muitas cidades, estão investindo na valorização de seu patrimônio cultural, buscando em muitos casos, a diversificação de seus atrativos turísticos, via valorização do turismo gastronômico no destino, tais atrativos nas cidades são operacionalizados, pela valorização dos alimentos encontrados em abundância na região, e ofertados nos diversos restaurantes,  espaços de restauração, hotéis, no catering de eventos, pesca esportiva e outros, como diferencial mercadológico.

Gastronomia e turismo o ano todo

Muitas cidades que são conhecidas principalmente por esportes de aventura, praias, história e arquitetura apostam na gastronomia para conseguir atrair turistas além das datas de alta temporada. Essa união de turismo e gastronomia é chamada de turismo gastronômico, modalidade bastante procurada. Sendo assim, cabe aos empresários do setor desenvolver estratégias para unir a gastronomia aos seus negócios e, assim, fortalecer a cadeia.

Assim, o turismo gastronômico pode ser definido como as ações de viagem, motivadas pelo interesse em experimentar novos sabores, através da alimentação ofertada no núcleo receptor, e destaca-se o consumo da gastronomia regional. Nesse sentido, “a forte relação entre comida e identidade, não é de se estranhar que a comida torna-se um importante agente no mercado do turismo promocional.

O prazer de comer bem

Sem dúvida, um dos prazeres mais importantes para o visitante de um lugar é o gastronômico.

Ou seja, conhecer seus pratos típicos, sabores, produtos, variedades, entre outros. O turismo gastronômico valoriza as delicias culinárias de um lugar. Desta forma, este tipo de turismo encanta os amantes do comer bem. Quer dizer, aqueles que gostam de desfrutar do momento presente em contato com o valor da simplicidade.

Experiências

Os turistas buscam novas experiências para aguçar todos os sentidos, dentre eles o paladar. Experimentar novos sabores é fazer uma imersão na cultura local em que se visita. Diante disso, criar roteiros que, além de abranger estabelecimentos gastronômicos, contemplem a cultura local e o consumo de pratos típicos do lugar é essencial para dar origem a experiências únicas.


Destinos para fazer Turismo Gastronômico no Brasil

Norte:

Para entender a culinária nortista, é preciso ter em mente que a Amazônia é um prato cheio de ingredientes e que os povos da floresta tinham muito tempo para testar preparações com raízes, peixes de rio, frutas e sementes a que tinham acesso. O resultado foi muita coisa boa pra colocar na mesa.

A começar pela mandioca, com a qual tudo se faz: se usa desde a espécie venenosa, a mandioca brava, até a tradicional, também conhecida como mandioca mansa. Um dos pratos mais interessantes do Pará é a maniçoba, ensopado conhecido como “a feijoada sem feijão”: ele é feito com a folha da mandioca brava triturada (a maniva, que deve ser cozida por sete dias para que o veneno seja extraído) e carne de porco, e normalmente é servido com arroz branco, farinha d’água e uma pimenta de cheiro. A maniçoba é tradicionalmente preparada no segundo domingo de outubro, mais especificamente durante o Círio de Nazaré.

Conta com forte influência de preparos que levam peixes e frutos do mar, além de ingredientes super exclusivos como a castanha e o açaí.

Quem visita essa região vivencia diferentes formas de cozinhar e provar as refeições, além de combinações exóticas de ingredientes.


Nordeste:

No litoral da maioria dos estados há uma oferta incrível de frutos do mar, entre eles a lagosta, como é o caso do Ceará. Seu melhor preparo é na brasa com manteiga – e, se for servido à beira-mar, melhor ainda. Outros frutos do mar aparecem em pratos como bobó de camarão, casquinha de caranguejo e de siri, moqueca de arraia ou de siri mole, além de peixes deliciosos do mar, feitos na brasa e outros diversos preparos, com variações de temperos e receitas a depender da região. 

Não curte muito frutos do mar? Então vamos de comida do sertão: o carro-chefe é o baião de dois. Ele é tradicionalmente feito com o feijão de corda, arroz, charque, queijo coalho, coentro e manteiga de garrafa. Para os amantes de um sabor mais ardente, a pimenta é um bom acompanhamento.

Outras iguarias incluem o sarapatel e a buchada de bode, servidos em excelentes restaurantes de Recife, por exemplo.

Além de também ser reconhecido pelos peixes e frutos do mar – também tem o famoso azeite de dendê como marca registrada. 

Desta forma, se em Salvador encontramos uma mistura dos pratos mais típicos do estado, em Alagoas as carnes de búfalo e avestruz são comuns de serem apreciadas.


Sudeste:

A culinária do Sudeste tem influências múltiplas por todos os imigrantes que a região recebeu e varia muito entre as metrópoles, o interior e o litoral. Quando pensamos na gastronomia da cidade de São Paulo, por exemplo, dá para citar cozinha italiana, francesa e japonesa, restaurantes de comida regional de todas as partes do Brasil, points moderninhos de chefs badalados e até restaurantes de imigrantes e refugiados que chegaram nos últimos anos, como sírios, venezuelanos, palestinos e congoleses 

O turismo gastronômico surpreende com a variedade. 

São Paulo oferece uma infinidade de opções para todos os bolsos e desejos de turistas; já para quem prefere o interior, os pratos típicos e quitutes merecem atenção. 

No Rio de Janeiro, as rotas de cervejas artesanais e botecos são famosos atrativos, e a fama gastronômica de Minas Gerais é tão popular que é difícil escolher até os destinos do estado.


Sul:

A região é marcada pela influência da gastronomia sobretudo alemã e italiana, uma consequência da colonização que predominou no sul do país. Mas interessante notar que, quanto mais ao Sul chegamos e quanto mais da região falamos, mais vamos nos aproximando da comida dos hermanos do Uruguai e da Argentina. A maior parte dos pratos tem presença de carne bovina, suína e até de carneiro. E a bebida típica, claro, é o chimarrão, feito à base de erva-mate.

O tradicional charque, parecido com a carne seca, é feito com carne bovina, que recebe uma camada de sal de cada lado e depois é pendurado em um local arejado para secar. E o que se faz com o charque? Muitas receitas, como arroz carreteiro e até parmegiana. 

As influências alemãs, italianas, polonesas, ucranianas, holandesas e até indígenas da região Sul tornam a cultura sulista bem interessante.

O pinhão do Paraná, o chimarrão, os vinhos do Rio Grande do Sul, as ostras e camarões de Santa Catarina fazem o maior sucesso entre os turistas.


Centro-Oeste: 

Vamos agora à região da galinhada, da pamonha, do empadão goiano; tudo sempre acompanhado de uma boa cachaça. O menu aqui tem tradições culinárias dos índios, dos bandeirantes paulistas e dos migrantes mineiros e nordestinos, além de estar bastante vinculado aos ingredientes do Cerrado. Pratos de algumas áreas também são marcados pela proximidade com os rios e incluem peixes – no Mato Grosso, por exemplo, tem caldo de piranha e mojica de pintado.

Recebe a influência de todas as outras partes do Brasil, mas se tem um ingrediente que faz sucesso por lá são os peixes de água doce.

O empadão goiano é considerado um símbolo da culinária em Goiás. Já no Mato Grosso do Sul, a culinária é marcada pela influência dos países vizinhos como Bolívia e Paraguai.



0 comentários:

Postar um comentário

Viajar é trocar a roupa da alma. (Mário Quintana)

Ciência do Turismo

. Resultado de imagem para viagens

. Resultado de imagem para turismo rio grande do sul

.

. Resultado de imagem para turismo fotos

Visitantes por País

História do Turismo: Conscientização Turismo

Páginas + Visitadas - Última semana

Compartilhe essa ideia!

O Ciência do Turismo Blog é um espaço para promover discussões, disseminar conhecimento e compartilhar um pouco mais da experiência dos nossos colaboradores, também é uma forma de atualizar os nossos visitantes sobre as novidades do Turismo.

Compartilhe essa ideia!
Para entrar em contato comigo, mande e-mail para cienciadoturismo@gmail.com ou deixe recado aqui no blog. Estamos sempre abertos a novas parcerias e dispostos a ajudar nossos leitores.