Mediante a acirrada concorrência turística, muitas cidades, estão investindo na valorização de seu patrimônio cultural, buscando em muitos casos, a diversificação de seus atrativos turísticos, via valorização do turismo gastronômico no destino, tais atrativos nas cidades são operacionalizados, pela valorização dos alimentos encontrados em abundância na região, e ofertados nos diversos restaurantes, espaços de restauração, hotéis, no catering de eventos, pesca esportiva e outros, como diferencial mercadológico.
Gastronomia e turismo o ano todo
Muitas cidades que são conhecidas principalmente por esportes de aventura, praias, história e arquitetura apostam na gastronomia para conseguir atrair turistas além das datas de alta temporada. Essa união de turismo e gastronomia é chamada de turismo gastronômico, modalidade bastante procurada. Sendo assim, cabe aos empresários do setor desenvolver estratégias para unir a gastronomia aos seus negócios e, assim, fortalecer a cadeia.
Assim, o turismo gastronômico pode ser definido como as ações de viagem, motivadas pelo interesse em experimentar novos sabores, através da alimentação ofertada no núcleo receptor, e destaca-se o consumo da gastronomia regional. Nesse sentido, “a forte relação entre comida e identidade, não é de se estranhar que a comida torna-se um importante agente no mercado do turismo promocional.
O prazer de comer bem
Ou seja, conhecer seus pratos típicos, sabores, produtos, variedades, entre outros. O turismo gastronômico valoriza as delicias culinárias de um lugar. Desta forma, este tipo de turismo encanta os amantes do comer bem. Quer dizer, aqueles que gostam de desfrutar do momento presente em contato com o valor da simplicidade.
Experiências
Os turistas buscam novas experiências para aguçar todos os sentidos, dentre eles o paladar. Experimentar novos sabores é fazer uma imersão na cultura local em que se visita. Diante disso, criar roteiros que, além de abranger estabelecimentos gastronômicos, contemplem a cultura local e o consumo de pratos típicos do lugar é essencial para dar origem a experiências únicas.
Destinos para fazer Turismo Gastronômico no Brasil
Norte:
A começar pela mandioca, com a qual tudo se faz: se usa desde a espécie venenosa, a mandioca brava, até a tradicional, também conhecida como mandioca mansa. Um dos pratos mais interessantes do Pará é a maniçoba, ensopado conhecido como “a feijoada sem feijão”: ele é feito com a folha da mandioca brava triturada (a maniva, que deve ser cozida por sete dias para que o veneno seja extraído) e carne de porco, e normalmente é servido com arroz branco, farinha d’água e uma pimenta de cheiro. A maniçoba é tradicionalmente preparada no segundo domingo de outubro, mais especificamente durante o Círio de Nazaré.
Conta com forte influência de preparos que levam peixes e frutos do mar, além de ingredientes super exclusivos como a castanha e o açaí.
Quem visita essa região vivencia diferentes formas de cozinhar e provar as refeições, além de combinações exóticas de ingredientes.
Nordeste:
Não curte muito frutos do mar? Então vamos de comida do sertão: o carro-chefe é o baião de dois. Ele é tradicionalmente feito com o feijão de corda, arroz, charque, queijo coalho, coentro e manteiga de garrafa. Para os amantes de um sabor mais ardente, a pimenta é um bom acompanhamento.
Outras iguarias incluem o sarapatel e a buchada de bode, servidos em excelentes restaurantes de Recife, por exemplo.
Além de também ser reconhecido pelos peixes e frutos do mar – também tem o famoso azeite de dendê como marca registrada.
Desta forma, se em Salvador encontramos uma mistura dos pratos mais típicos do estado, em Alagoas as carnes de búfalo e avestruz são comuns de serem apreciadas.
Sudeste:
O turismo gastronômico surpreende com a variedade.
São Paulo oferece uma infinidade de opções para todos os bolsos e desejos de turistas; já para quem prefere o interior, os pratos típicos e quitutes merecem atenção.
No Rio de Janeiro, as rotas de cervejas artesanais e botecos são famosos atrativos, e a fama gastronômica de Minas Gerais é tão popular que é difícil escolher até os destinos do estado.
Sul:
O tradicional charque, parecido com a carne seca, é feito com carne bovina, que recebe uma camada de sal de cada lado e depois é pendurado em um local arejado para secar. E o que se faz com o charque? Muitas receitas, como arroz carreteiro e até parmegiana.
As influências alemãs, italianas, polonesas, ucranianas, holandesas e até indígenas da região Sul tornam a cultura sulista bem interessante.
O pinhão do Paraná, o chimarrão, os vinhos do Rio Grande do Sul, as ostras e camarões de Santa Catarina fazem o maior sucesso entre os turistas.
Centro-Oeste:
Recebe a influência de todas as outras partes do Brasil, mas se tem um ingrediente que faz sucesso por lá são os peixes de água doce.
O empadão goiano é considerado um símbolo da culinária em Goiás. Já no Mato Grosso do Sul, a culinária é marcada pela influência dos países vizinhos como Bolívia e Paraguai.
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