Turismo
Há quem diga ainda que seu significado seria "Casa de Pedra", em uma alusão à grande quantidade de cavidades naturais ali existentes e que serviam de abrigo para os índios.
O Parque Estadual do Ibitipoca é um parque florestal localizado no município de Lima Duarte, no estado de Minas Gerais, no Brasil. Com uma área de 1 488 hectares, está situado a três quilômetros do distrito de Conceição do Ibitipoca, que se sustenta com o turismo atraído pelo parque. Criado em 4 de julho de 1973, é administrado pelo Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais
A existência desse geopatrimônio é um dos pilares do geoturismo, prática turística que busca aliar à contemplação dessa vertente da natureza um viés educativo, através de meios interpretativos.
Dicas: No inverno, a temperatura pode chegar a 0° C e no verão a 36°. Leve traje de acordo. - Aconselha-se o uso de lanterna nas grutas e também não visitá-las sozinho. - Calce botas de caminhada ou tênis bem fechados.
Atrações
Circuito das Águas (5km) - o roteiro mais visitado do parque pela fácil acessibilidade. Entre os atrativos deste percurso estão: Cachoeira dos Macacos, Lago das Miragens, Prainha, Ponte de Pedra, Lago dos Espelhos, Gruta dos Coelhos, Lago Negro, Praia das Elfas e Gruta dos Gnomos.
Circuito Pico do Peão (9km) - este percurso leva o visitante ao segundo ponto mais alto do parque, o Pico do Peão (1.720 metros). Além deste, outros atrativos são a Gruta do Peão, a Gruta dos Viajantes e o Monjolinho.
Circuito Janela do Céu (16km) - o maior percurso do parque guarda também um dos cartões-postais da Unidade de Conservação, a Janela do Céu. No caminho para o céu está, ironicamente, o ponto mais alto do parque, o Pico da Lombada, com aproximadamente 1.784 metros de altitude e uma vista panorâmica de toda a região do Ibitipoca. Os outros atrativos deste roteiro são: Gruta do Fugitivo/Três Arcos, Gruta da Cruz, Gruta dos Moreiras, Cachoeirinha e o monumento histórico, Cruzeiro.
Atrativo Turístico - O que ver e fazer
O Parque tem uma ótima oferta de belos e agradabilíssimos atrativos para os visitantes. Os atrativos podem ser divididos em quatro roteiros que podem ser feitos em um dia cada um.
1. Roteiro das Águas
É o mais fácil dos três roteiros e possui uma variedade de atrações como o lago dos Espelhos, a Prainha, a ponte de Pedra e a cachoeira dos Macacos.
Extensão:5 km de extensão - Grau de dificuldade: entre médio e baixo - Tempo:4 horas
Prainha: Com águas límpidas e geladas do rio do Salto, a Prainha é um atrativo bem próximo ao camping. Deve-se tomar cuidado com alguns poços devido à profundidade. Não muito distante da Prainha, está o lago dos Espelhos. Com águas límpidas que refletem a luz do sol, o lago é uma opção para ótimos momentos de lazer.
Ponte de Pedra: De lá, tem-se uma paisagem especial, um imenso túnel que foi escavado pela forças das águas.
É formado pelo rio do Salto, mede 15 m de largura por 20 m de comprimento. A profundidade varia entre 2 e 3 m. As águas são vermelhas,resultado da decomposição das folhas. Na margem esquerda avista-se um belo paredão de quartzito.
Gruta dos Coelhos: Está localizada em um paredão sombreado por mata densa, com muitas samambaias. Sua formação é quartzítica e apresenta declínio acentuado em seu interior.
2. Roteiro Janela do Céu
É o mais longo roteiro, mas, nem por isso desanima o visitante. A Janela do Céu, apesar de ser o mais distante atrativo, é o mais procurado.
No caminho para a Janela do Céu, tem-se acesso à gruta das Bromélias, à gruta dos Fugitivos, à gruta dos Três Arcos e à gruta dos Moreiras.
Extensão: 16 km - Grau de dificuldade: alto - Tempo: 6 horas
Cachoeirinha: Formada pelo segundo desnível do rio Vermelho. A queda d'água tem 35 m e ganha um aspecto de chuveiro por causa do vento.
Janela do Céu: É uma queda de 20 m do rio vermelho. São cerca de quatro horas de caminhada para esse fabuloso mirante natural, como diz o próprio nome.
Pico da Lombada: Ponto mais elevado do parque, com 1.784.Dali, tem-se uma visão de 360º que abrange o pico do Pião, vilas e cidades do entorno e a serra da Mantiqueira.
3. Roteiro do Pico do Pião
A gruta do Monjolinho, a gruta do Pião, o pico do Pião, a ruína da Capela, e a gruta dos Viajantes fazem a atração deste roteiro. Também existe a opção da trilha para a lagoa Seca após a gruta do Monjolinho.
Extensão: 9 km - Grau: médio - Tempo: 4 horas
Gruta do Pião: Com 150 m de extensão abriga vários riachos e túneis. No entorno, a vegetação de mata úmida, como árvores de pequeno porte e bromélias.
Ruínas da Capela Senhor Bom Jesus da Serra: A primeira missa celebrada no pico do Pião aconteceu em 1925. Em agosto de 1932, o bispado de Juiz de Fora inaugurou a capela em homenagem a Bom Jesus. O intuito era consolidar a posse de terras devolutas do Estado. Anos mais tarde, após uma ação judicial, o Estado ganhou na justiça a posse das terras. A capela ficou abandonada e a imagem de Bom Jesus foi levada para o arraial do Mogol. Tempestades e raios acabaram por destruir a modesta capela abandonada já há muito tempo. A mesa do altar foi a única peça que restou da construção.
4. Circuito da Parte Alta das Águas
Apesar do acesso fácil, a visitação só pode ser na companhia de um guia ambiental, pois o roteiro ainda não possui sinalização e intervenções necessárias, como pontes e escadas.
Extensão: 7,5 km - Grau: médio - Tempo: 3 horas
Cachoeira do Degrau: Formada por uma série de pequenas corredeiras é ideal para visitantes que preferem atrativos mais tranquilos.
Cachoeira da Pedra Furada: Com 13 metros de altura e 8 metros de largura a cachoeira é cercada por vegetação densa, o poço formado pelas águas que caem possui 4 metros de profundidade. A descida é íngreme até a base.
Campari: Pequena queda d'água formada por um afluente do rio do Salto, num cânion estreito e com pouca incidência do sol. Em frente, há uma pequena praia.
Dois Lagos: Possui dois poços rasos, pequenas quedas d'água e curta faixa de areia.
Esculturas gigantes de Karen Cusolito.
São esculturas gigantes, feitas de ferro e representam as diversas religiões do mundo. O local onde elas estão colocadas é no topo de uma montanha ( que se chega por uma trilha caminhando ou de carro )
As esculturas possuem em média 9 metros de altura e pesam entre 6 a 9 toneladas. Elas foram criadas para o famoso festival Burning Man, no deserto de Nevada, EUA, e depois vieram para o Brasil para compor o belo cenário da Reserva.
Serviços Turísticos
O Parque Estadual do Ibitipoca fica aberto de terça a domingo, de 7h às 18h. - Entrada de visitantes até às 17h. - Campistas até às 17:30h. - Centro Administrativo: de 8h às 17h, de segunda à sexta-feira. - Centro de Visitantes: de 8h às 13h em dias úteis e de 8h às 15h em finais de semana e feriados. - Loja de souvenirs: aberta de 08h às 17h.
IMPORTANTE: Limite diário de 1000 visitantes. ( informe-se sobre a limitação no telefone (32) 3281 1101 ) Sites: parqueibitipoca.eco.br / facebook.com/peibitipoca
Estacionamento de veículos (diária):
Bicicletas: gratuito / Motocicletas: R$20,00 / Veículos de passeio (até 7 pessoas): R$25,00 / Veículos de passeio (mais de 7 pessoas): R$65,00
Histórico
Durante o século XVIII, a região de Conceição do Ibitipoca, assim como outros locais próximos, se constituiu em rota de contrabando do ouro, através de um caminho que partia de São João Del Rei, passava por Santa Rita de Ibitipoca, por Conceição do Ibitipoca, pela área do Rio do Peixe, Lima Duarte, prosseguindo para Rio Preto e depois para Paraíba do Sul.
Em Conceição de Ibitipoca, nasceu o cônego Manoel Rodrigues da Costa, importante figura que veio a se destacar na Inconfidência Mineira.
No século XIX, acredita-se que não houve grandes modificações na realidade de Conceição do Ibitipoca. Devido à ascensão do povoado do Rio do Peixe, Conceição do Ibitipoca foi tornando-se uma localidade remota, ficando relativamente esquecida. Porém, deve-se destacar a criação da freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Ibitipoca e a integração do distrito ao município de Lima Duarte.
Embora sem grande expressão econômica ao longo da história de Minas Gerais, a região de Conceição do Ibitipoca atraiu cientistas e viajantes estrangeiros, pelas peculiaridades de sua paisagem e de sua flora. Em 1822, o botânico Auguste de Saint-Hilaire assim descreveu a localidade: " … atravessamos primeiro a vila de Ibitipoca, que conhecia mal e julgava ainda mais insignificante do que realmente é. Fica, como já expliquei, situada numa colina e se compõe de uma pequena igreja e meia dúzia de casas que a rodeiam, cuja maioria está abandonada, além de algumas outras, igualmente miseráveis, construídas na encosta da outra colina. Não estranha, pois, que inutilmente haja eu procurado, ontem, nesta pobre aldeia, os gêneros mais necessários à vida."
Visitaram também a serra e a descreveram uma comissão científica em 1906 e Alvaro Astolfo da Silveira em 1922, além de outros cientistas em épocas posteriores.
O Parque Estadual do Ibitipoca (PEIb) foi criado através da Lei 6.126 de 4 de julho de 1973.
Parte do filme brasileiro O Diabo a Quatro (2004) foi rodada em Conceição do Ibitipoca.
Aspectos naturais
O Parque Estadual do Ibitipoca situa-se no domínio fitogeográfico da Floresta Atlântica. Inserida em meio à Cordilheira da Mantiqueira, em sentido paralelo a Serra do Mar, a Serra do Ibitipoca constitui-se em uma elevação rochosa com altitudes variando entre 1.100 e 1.782 m, onde predominam vegetações campestres denominadas, genericamente, por campos de altitude. Seus campos apresentam fisionomia com semelhanças aos campos rupestres da Cadeia do Espinhaço, em Minas Gerais e Bahia, mas sua flora recebe forte influência de elementos da Floresta Atlântica.
A principal drenagem da Serra do Ibitipoca é o Rio do Peixe, cujo afluente Rio do Salto nasce na Serra, dividindo-a em duas faces ou flancos escarpados. Na Serra do Ibitipoca existe uma grande quantidade de pequenos córregos e riachos, mas apenas os rios do Salto e Vermelho apresentam volume razoável e parte de seus leitos dentro da área do Parque.
Relevo e clima
A Serra do Ibitipoca localiza-se nos limites de dois domínios geomorfológicos sob forte controle estrutural, denominados “Serra da Mantiqueira” e “Planalto de Andrelândia”. Esses domínios são formados predominantemente por suaves colinas, pouco resistentes à erosão. Em alguns locais, essas elevações suaves do terreno são intercaladas por cristas isoladas e alongadas, com vales profundos e serras escarpadas de grandes dimensões. Nas bases das encostas mais íngremes imensos colúvios arenosos são formados pelos solos transportados ao longo das encostas de morros. O “Planalto de Andrelândia” está associado a solos principalmente ácidos, saturados por alumínio e pouco férteis. As altitudes médias variam em torno de 950 a 1.100 m, atingindo 1.300 m nas proximidades da Serra do Ibitipoca.
A Serra do Ibitipoca, juntamente com a Serra Negra que lhe é vizinha, forma um dos conjuntos de relevos mais elevados da região de Lima Duarte. Os contrafortes da Serra do Ibitipoca são emoldurados por escarpas abruptas, sendo em parte formados com colúvios arenosos ou recobertos por cascalheiras grosseiras, com mais de 5m de espessura.
No Planalto dissecado no entorno da Serra, as formas de relevo são predominantemente colinosas, com morros de topos convexos até tabulares com vertentes convexizadas, intercaladas por cristas alongadas e assimétricas. É comum a ocorrência de grandes voçorocas, a maioria natural e estabilizada, com extensão e largura variáveis. Formam-se geralmente nos contatos geológicos, zonas de falhas e fraturas e sempre relacionadas à instabilidade dos mantos de intemperismo de rochas ricas em micas. O relevo da Serra do Ibitipoca é condicionado pela estrutura e litologia, sendo constituído por duas escarpas resultantes da erosão diferencial de rochas dobradas pela tectônica. As grandes dobras formaram uma grande ferradura, característica marcante da paisagem do Parque.
Fauna e Flora
A fauna é rica, com a presença de espécies ameaçadas de extinção, como a onça parda, o lobo guará e o primata guigó. Aparecem também os macacos barbado, sauá (sagui), o papagaio do peito roxo, o coati, o andorinhão-de-coleira falha, entre outros. Dentre os anfíbios encontra-se uma espécie de perereca, a "Hyla de Ibitipoca", que foi identificada pela primeira vez na região.
A vegetação do Parque é representada por um mosaico bastante diverso, composto por manchas de floresta ombrófila densa altimontana (mata nebular) e montana; floresta estacional semidecidual montana; candeial; campos arenosos; campos rupestres arbustivos; campos rupestres sensu stricto; campos encharcáveis; cerrado de altitude; formações peculiares dos paredões abruptos, das entradas das cavernas e das margens dos cursos d’ água; samambaial, além dos campos gerais do entorno do parque. Nas áreas de transição entre as florestas ombrófilas e as formações campestres do Parque, geralmente em locais de solos mais rasos que impedem o desenvolvimento da floresta, ocorrem os candeiais. Essa formação, característica da região, ocupa quase 17% da área total do Parque.
Diversas espécies da flora são encontradas na unidade de conservação como orquídeas, bromélias, candeias, líquens e samambaias. Um traço marcante da vegetação no Ibitipoca são as "barbas-de-velho", uma espécie de líquen verde-água, que pende dos galhos das árvores, provocando um belo efeito visual. Os campos rupestres constituem uma grande extensão de vegetação do Parque.
Quanto às espécies arbóreas e aos ambientes florestais do Parque Estadual do Ibitipoca, apenas duas espécies exóticas foram observadas: uma árvore de araucária (Araucaria angustifolia) isolada em ambiente campestre e moitas de capim gordura (Melinis minutiflora), em ambientes em estágios iniciais de regeneração com potencial de vir a ser florestas, apesar de esta espécie ocorrer com mais freqüência em sítios em meio aos campos de altitude.
Segundo relato de funcionários do parque, a árvore de araucária foi plantada por antigos ocupantes da serra, antes da área ser decretada unidade de conservação. É um testemunho histórico das atividades que havia na região e como tal poderá ser utilizada para resgatar estes aspectos. Além disto, não se observou nenhum indivíduo jovem desta espécie, indicando que ela não representa nenhuma ameaça como invasora. Portanto, conclui-se que não há necessidade de eliminar esta planta.
No caso do capim gordura, esta espécie provavelmente colonizou a Serra do Ibitipoca na época em que a área era utilizada como pastagens de gado. Segundo relatos, a incidência deste capim vem reduzindo ao longo dos tempos, em parte devido às ações de erradicação que funcionários têm implementado e também pela retomada de espécies nativas graças à estabilidade ambiental local após a retirada do gado.
Ingressos
O horário de visitação do parque é de segunda-feira a domingo, de 7h às 18h, não sendo permitida a entrada de visitantes após as 17h.
Taxa de visitação (valores por pessoa pago na portaria do parque):
R$ 20,00 dias úteis
R$ 25,00 sábados, domingos e feriados
OBS: O Parque não aceita cartões.
Localização
O Parque Estadual do Ibitipoca (PEIb) foi criado em 4 de julho de 1973, por meio da Lei 6.126, abrangendo os municípios de Lima Duarte na sua porção sul e sudoeste; Santa Rita de Ibitipoca ao norte e Bias Fortes ao leste. Encontra-se entre as coordenadas 21° 42’S e 43° 54’W, com área de 1.488 ha. O PEIb está localizado no sul do Estado de Minas Gerais, na região de planejamento do Estado, definida formalmente como “Zona da Mata”, na microregião de Juiz de Fora.
Como chegar
Para se chegar ao Parque Estadual do Ibitipoca a partir do município de Belo Horizonte, o acesso é feito na direção de Juiz de Fora pela BR-040. Antes da chegada à referida cidade, entra-se no trevo de acesso (BR-267), prosseguindo em direção a Lima Duarte. Para chegar ao distrito de Conceição de Ibitipoca são 27 km de estrada de chão e mais 3 km até a portaria do Parque. Para se chegar ao PEIB, os meios de transporte comumente utilizados são o automóvel, em sua maioria (75%) e 20% de ônibus (Plano Diretor de Organização Territorial e Desenvolvimento do Turismo em Conceição do Ibitipoca, 2000). Ao se locomover com o automóvel, o visitante tem a disponibilidade de, inclusive, estacioná-lo dentro do Parque.
Já o deslocamento feito por ônibus, leva o visitante até Lima Duarte, e daí até Conceição do Ibitipoca, sendo necessário que este se desloque por mais 3 km até o Parque em veículo locado. O trajeto que vai de Lima Duarte a Ibitipoca leva, em média, 1h15m.
O Parque está localizado a 80 km de Juiz de Fora, 260 km do Rio de Janeiro, 340 km de Belo Horizonte e 470 km de São Paulo
Fonte:
https://www.parqueibitipoca.eco.br/
peibitipoca@meioambiente.mg.gov.br
https://www.facebook.com/peibitipoca/
http://www.ief.mg.gov.br/component/content/192?task=view
https://www.wikiparques.org/wiki/Parque_Estadual_do_Ibitipoca
https://www.ibitipoca.tur.br/parque/
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