terça-feira, 16 de junho de 2020

Parque Nacional do Araguaia. Turismo em Terra Indígena



Situado no Tocantins, o parque é formado por três biomas diferentes: Floresta Amazônica, Cerrado e Pantanal. Devido ao posicionamento privilegiado, a reserva abriga uma biodiversidade enorme. Além da fauna e flora, o parque também serve como reserva para diversas tribos indígenas.

O Parque Nacional do Araguaia foi criado durante a gestão do presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, em 31 de dezembro de 1959, no norte do Goiás, atualmente Tocantins.

Inicialmente, o Parque Nacional do Araguaia ocupava toda a área da Ilha do Bananal, cerca de 2 milhões de hectares. Atualmente, após duas mudanças em seus limites, o Parque Nacional ocupa uma área equivalente a cerca de 562 mil hectares.

Está localizado no terço norte da Ilha do Bananal, sudoeste do Estado do Tocantins, abrangendo parte dos municípios de Pium e Lagoa da Confusão.


Turismo

O Parque Nacional do Araguaia está situado em uma faixa de transição entre Floresta Amazônica, Cerrado e Pantanal, é constituído por diversas espécies da fauna, presentes nestes três biomas, além de uma cobertura vegetal bastante diversificada, apresentando vários cenários naturais de raras belezas. Esta unidade de conservação deve propiciar não somente o recebimento de turistas e visitantes, mas também a conservação da alta taxa de diversidade biológica presente e garantir os direitos das populações indígenas residentes no seu interior.

Hoje, o Parque Nacional do Araguaia é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), por meio do escritório local localizado na cidade de Pium, Tocantins. Cercada pelos rios Araguaia e Javaés, a ilha foi descoberta pelo sertanista José Pinto Fonseca em 1773, recebendo o nome de Santana. Depois, devido à existência de extensos bananais silvestres, passou a ser chamada Bananal.


Com 20 mil Km² de extensão (área equivalente à do estado de Sergipe), a Ilha do Bananal é a maior ilha fluvial do mundo, além de um dos santuários ecológicos mais importantes do país. A princípio, o Parque Nacional do Araguaia ocupava toda a Ilha do Bananal. Em 1971, com a mudança em seus limites para criação do então Parque Indígena do Araguaia – desde 1998, Terra Indígena Parque Araguaia –, passou a ocupar cerca de 562 mil hectares da área total da ilha.


A Terra Indígena Parque do Araguaia abriga cerca de quinze aldeias indígenas, dentre elas os Carajás, com nove subgrupos, os Javaés, com doze subgrupos, os Tapirapés, Tuxás e os Avá-Canoeiros, também conhecidos como Cara-Preta, que rejeitam contato com a civilização e com os demais indígenas das aldeias mais próximas.

Para garantir os direitos dessas populações, a reserva fica sob responsabilidade da A Terra Indígena Parque do Araguaia (Funai), enquanto o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), instituição vinculada ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) garante a conservação da grande diversidade biológica presente no Parque.

Atrações
A região turística Ilha do bananal é composta pelos municípios de Formoso do Araguaia, Gurupi, Lagoa da Confusão e Peixe. Banhados pelos Rios Formoso, Urubu, Araguaia e Javaé,  Lagoa da Confusão e Formoso do Araguaia são porta de entrada para a Ilha do Bananal e o Parque Nacional do Araguaia. Com topografia plana e grande quantidade de água, a área tem como característica a quantidade de alimentos, que atrai uma diversidade de aves típicas da região, além de aves migrantes.

No Parque é possível percorrer estradas e caminhos existentes próximos à sede, fazer excursões terrestres e fluviais na porção oeste da unidade, acompanhados por funcionários, com o intuito de observar e fotografar diferentes ambientes e paisagens, vários grupos de animais vistos facilmente em abundância e espécies raras da flora. Nas proximidades do parque Indígena do Araguaia há excelente ponto de observação astronômica: pôr-do-sol e praias fluviais no período de seca.


Etnias indígenas - Atrativo Turístico
Esses povos têm uma cultura rica e uma história de luta pela sobrevivência e mantêm rituais e festas com uma forte ligação com o seu passado.

Os carajás - karajá
Os carajás, também chamados karajá e iny mahãdu (que é sua autodenominação), são um grupo indígena que habita a região dos rios Araguaia e Javaés, nos estados de Goiás, Mato Grosso, Tocantins e Pará, no Brasil. Sua língua, a língua carajá (denominada, pelos carajás, como inyrybe, que significa "a fala dos iny")

As aldeias carajás são formadas por uma ou mais fileira de casas residenciais ao longo do rio e, afastada delas e voltada para a mata, uma casa conhecida como idjassó hetô, ou "casa de Aruanã". Pode também ser chamada de "casa dos homens". Essa casa afastada é o centro da vida ritual.
Próximo do município de Santa Fé do Araguaia TO.

Os javaés - Xavajés 
Os javaés, também chamados xavajés e Ixãju mahãdu, são uma etnia indígena que habita o interior da Ilha do Bananal, no estado do Tocantins, no Brasil. São aparentados aos carajás. Vivem às margens do Rio Javaés. Falam a língua inỹ, nome pelo qual também se autodenominam.

Em 2009, os Javaé estavam distribuídos em 13 aldeias. Com exceção da aldeia Imotxi, que se localiza no interior da Ilha do Bananal, todas as outras estão situadas na margem esquerda do rio Javaés, embora a maioria esteja em sítios já ocupados pelos antepassados dos Javaé antes do contato regular com a sociedade nacional. Próximo do município de Formoso do Araguaia TO. 

Os  Krahô-Kanela - o Krahô do Tocantins e o Kanela
O povo Krahô Kanela habita a região centro-oeste do território tocantinense, conhecida como Mata Alagada, próxima ao município de Lagoa da Confusão, terra que, na década de 40, era de seus ancestrais.

Suas casas são construídas num formato circular entorno de um grande pátio vazio. Esse pátio vazio chamado de (Ka) é um espaço de convivência onde são realizadas discussões da comunidade indígena relacionadas às atividades que serão desenvolvidas.

No Ka também acontece uma das tradicionais festas do povo indígena Krahô, a corrida de tora de buriti. Próximo do município de Lagoa da Confusão TO.

Os tapirapés -  Origem Tupi-Guarani
Os tapirapés são um grupo indígena brasileiro que habita as áreas indígenas Tapirapé/Karajá e Urubu Branco, no nordeste do estado do Mato Grosso, e o Parque do Araguaia, na ilha do Bananal, no estado do Tocantins.

O artesanato é atualmente sua mais importante e praticamente única atividade comercial, através da qual conseguem o dinheiro para aquisição de gêneros hoje indispensáveis, como artigos de ferro, roupas, armas e munição para caça, sal etc.

Seu artesanato consiste basicamente na elaboração de artigos de cestaria, arcos e flechas, remos, lanças, cuias decoradas, bordunas, plumária e a famosa tawa, “cara grande”. São em geral artigos de excelente qualidade em termos do material empregado, confecção e acabamento.  Próximo do município de Santa Terezinha MT

Os Avá-Canoeiro - Cara-Preta (Ãwa)
Avá-Canoeiro (também conhecido como Canoeiro, Carijó, Índios Negros ou Cara-Preta) é um povo indígena brasileiro. Falam uma língua da família Tupi-Guarani.

Atualmente o grupo vive disperso em aldeias javaé (Canoanã e Boto Velho) e karajá (Santa Isabel) da Ilha do Bananal, enquanto uma família mora em Palmas. Os Avá-Canoeiro do Araguaia têm como meta se reunir em uma futura aldeia na Terra Indígena Taego Ãwa, na região da Mata Azul, no Município de Formoso do Araguaia (TO) 2018, processo em andamento.
localizados na Posto Indígena Canoanã, no interior da Terra Indígena Parque do Araguaia


Serviços Turísticos
Parna do Araguaia
COORDENAÇÃO REGIONAL: CR10 – Goiânia/GO
ENDEREÇO: Av. Tancredo Neves, número 4994, Setor Primavera, Pium - TO. CEP 77.570-000
TELEFONE: (63) 3368-1396/ 3368-1566

Infra-estrutura disponível
10 casas; 1 alojamento para visitantes (100 m2); 6 residências funcionais (150 m2, 60 m2, 80 m2, 80 m2, 100 m2, 70 m2); 1 laboratório (80 m20; 1 almoxarifado/escritório (115 m2); 1 garagem (100 m2); 2 postos de fiscalização (60 m2 cada); 1 posto flutuante (4 cômodos); 4 Toyotas (1990, 1995 e 1992); sistema de comunicação (telefone, fax, e-mail e rádio transmissor SSB) e 4 motores de popa (todos de 25 Hp).

História
17 de dezembro de 1959 - Lei Estadual 2.370 de Goiás autoriza a doação da Ilha do Bananal para União, com o objetivo de criar o Parque Nacional do Araguaia.
31 de dezembro de 1959 - Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira cria o Parque Nacional do Araguaia.
1 de março de 1973 - Presidente Emílio Garrastazu Médici promulga Decreto 71.879, que reduz a área do Parque Nacional do Araguaia para cerca de 1/3 da área original, na ponta norte da ilha do Bananal. É criado o Parque Indígena do Araguaia, que passa a ocupar os 2/3 restantes.
24 de junho de 1980 - Presidente João Batista Figueiredo, através do Decreto 84.844, altera novamente os limites do Parque Nacional do Araguaia, ampliando para os atuais 562.312 hectares.
18 de abril de 2006 - Presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina decreto homologando a Terra Indígena Inãwébohona dos índios Karajá e Javaé, no interior do Parque Nacional do Araguaia, que passa a estar submetido ao regime jurídico de dupla afetação em 2/3 de sua área.

Histórico
A Ilha do Bananal foi descoberta no dia 26 de julho de 1773 pelo sertanista José Pinto Fonseca, quando com seus “batedores de mato” campeavam pelos sertões atrás de malocas de índios para abater e vender como mercadoria bastante valorizada àquela época.

O sertanista deu o nome da ilha de Santana e, mais tarde, o nome foi mudado para Ilha do Bananal devido aos densos bananais existentes. Um ano após a descoberta, em 1774, José de Almeida Vasconcelos, o Visconde da Lapa, instalou na ilha um presídio para início da colonização e garantir a navegação no rio Araguaia.

Os índios Carajás ficaram vários anos em contato com o homem branco e viram surgir uma rede de guarnições militares, diversos núcleos de comércio ativo e até colégios, criados especialmente para seus filhos. Essa euforia não durou 20 anos.

No final do século 19, os três grupos indígenas se dividiam, Carajá, Xambioá e Javaés perfaziam cerca de 4.000 índios.

O nome do Parque Nacional do Araguaia se deve ao rio Araguaia, que se divide em dois braços formando a Ilha do Bananal. O Parque foi designado Sítio Ramsar - área úmida de importância internacional em 1993.

Aspectos naturais
O Parque tem uma grande rede de drenagem formada por rios de médio e grande porte. Na época das cheias, a área fica recoberta pelas águas, com exceção da parte conhecida como Torrão, onde se situa a sede do Parque.

Relevo e clima
Formado pela deposição de sedimentos trazidos pelos rios, o relevo da ilha do Bananal é baixo e plano, com altitudes entre 171 e 239 metros.

A área é uma planície formada por sedimentos quaternários periodicamente inundadas pelas cheias dos rios Araguaia e Javaés. O clima é quente semi-úmido e com temperaturas em média de 30°. Os meses mais quentes são setembro e outubro e os mais frios, junho e julho.


Fauna e Flora
Entre as espécies mais comuns na área estão a maçaranduba. açoita-cavalo, pau-d'alho, canjeranas, pau-terra, pequi e piaçava, além de vários tipos de palmeiras e orquídeas.

Já em relação à fauna, a predominância é de espécies ligadas ao meio aquático, como o pirarucu, tucunaré e surubim, além de diversos tipos de piranha.

Entre os mamíferos destacam-se o cervo-do-pantanal, que é o maior cervídeo neotropical; a ariranha, ameaçada de extinção em algumas regiões, onça-pintada, e tamanduá-bandeira.

Há ainda muitas espécies de aves, entre as quais a arara-azul, harpia ou gavião-real, tucano-açu, uirapuru, mutum, ema, maguaris e águia-pescadora.

Na fauna, as espécies mais comuns são: onça-pintada, tamanduá-bandeira, cervo-do-pantanal, tartaruga da Amazônia, boto, ariranha, arara-azul, gavião-real, águia-pescadora, garça-azul, dentre outras 660 espécies de aves, aproximadamente.

Nas enchentes periódicas, aumenta a concentração da fauna terrestre nas partes altas, especialmente de jacarés-açu, sucuris e jiboias.


SÍTIOS RAMSAR

O Parque Nacional do Araguaia – Ilha do Bananal tornou-se Sítio Ramsar em outubro de 1993, correspondendo à diretriz do governo brasileiro, cumprida desde sua adesão à Convenção de Ramsar, de indicar para a Lista deste tratado internacional somente Áreas Úmidas que sejam unidades de conservação, assim favorecendo a adoção de medidas necessárias à implementação dos compromissos assumidos pelo país perante a Convenção.


Além do Parque Nacional do Araguaia - Ilha do Bananal, o Brasil tem outras 11 Áreas Úmidas na Lista de Ramsar. Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA) - Telefone: 61.2028 1227

Localização e Como chegar
O Parque está localizado no norte da Ilha do Bananal, no sudoeste de Tocantins e abrange os municípios de Pium e Lagoa da Confusão.

De Brasília, o acesso pode ser feito pela BR-153 (Belém-Brasília) até a cidade de Nova Rosalândia; depois seguir pela TO-255 até Cristalândia (por 30 km) e percorrer 113 km com parte em estrada de terra.

De Palmas, seguir pela TO-080 em direção a Paraíso do Tocantins e pegar a BR-153 em direção a Nova Rosalândia e seguir o mesmo percurso do indicado acima.

As cidades mais próximas da UC são Pium (a 120 km de Palmas), Cristalândia (140 km), Lagoa da Confusa (190 km) e Santa Terezinha (600 km).






Fonte:
https://turismo.to.gov.br/regioes-turisticas/ilha-do-bananal/
https://www.wikiparques.org/wiki/Parque_Nacional_do_Araguaia
http://www.palmas.org/tocantinsindios.htm
https://central3.to.gov.br/arquivo/274586/

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