Planejar é o processo que se destina a produzir um ou mais futuros desejados. Seguindo este parâmetro, para planejar é necessário definir políticas e processos de implementação de equipamentos e atividades e seus respectivos prazos.
Um planejamento turístico deve maximentar os benefícios sócio-econômicos e minimizar os custos, visando o bem estar da comunidade receptora e a rentabilidade dos empreendimentos do setor.
A atividade turística possui, como a maior parte das atividades econômicas e sociais, a capacidade de promover impactos de ordem positiva e negativa. È baseado nisto que, diversos estudiosos vem se preocupando em tornar pública a importância da preservação e do planejamento, de forma concreta e permanente.
Os incentivos à estimulação da efetiva parceria entre órgão de preservação e turismo são cada dia mais comuns. Isto por que o conceito de sustentabilidade vem tendo uma grande divulgação. De certo, convencer a comunidade da importância da preservação não é tarefa simples. Para isso, os planejadores necessitam mostrar, com exemplos reais, que com a revitalização a cultura é reforçada e que todos são beneficiados.
O envolvimento da comunidade define o rumo do planejamento que, se não conta com apoio desta, está fadado a declinar. Cada tipo de recurso requer uma forma específica de intervenção. Existem áreas como parques naturais, que pedem preservação permanente, e que o turista possui áreas restritas de visitação, para garantir a sobrevivência das espécies.
Com enorme crescimento nos últimos anos, o turismo tornou-se uma das áreas que mais oferecem novos empregos, contudo cresceu desordenadamente e agora necessita urgentemente de uma intervenção, para que áreas degradadas sejam recuperadas e áreas em perfeito estado sejam preservadas. Isso é o que chamamos de desenvolvimento turístico sustentável. De verdade, o que é desenvolvimento turístico sustentável?
É um tipo de desenvolvimento que busca compatibilizar o atendimento das necessidades sociais e econômicas do ser humano com as necessidades de preservação do ambiente, dos recursos naturais, da cultura e costumes, de modo que assegure a sustentabilidade da vida na Terra. Esta é a forma mais viável para sairmos da rota da miséria, exclusão social e econômica, consumismo, desperdício e degradação ambiental em que a sociedade humana se encontra.
Como vimos, o turismo deve estar aliado ao conceito de preservação, pois os seus impactos negativos são devastadores e provocam inúmeros conflitos. Constatamos que os visitantes, governantes, população e empresariado estão mais sensíveis à questão da preservação. É inegável que o tema tem sido cada vez mais discutido, que criaram-se políticas específicas e que as pessoas estão mais sensibilizadas sobre essas questões. No entanto, o que se faz, ainda, é insuficiente para produzir mudanças de mentalidade que são necessárias.
Cada vez mais sabemos que, para garantir a qualidade desta atividade, a solução é colocar em prática alguns dos principais objetivos do planejamento turístico: prover os incentivos necessários para estimular a implementação de equipamentos e serviços turísticos, tanto para as empresas públicas como para as privadas, minimizar a degradação dos locais e recursos sobre os quais o turismo se estrutura e proteger aqueles que são únicos, capacitar os vários serviços públicos para atividade turística, a fim de que se organizem e correspondam favoravelmente quando solicitados, garantir a introdução e o cumprimento dos padrões reguladores exigidos da iniciativa privada e garantir que a imagem da destinação se relacione com a proteção ambiental.
O resultado esperado por parte dos órgãos planejadores do turismo é de que as cidades receptoras consigam a sustentabiliade econômica, preservem a cultura e o meio ambiente e garantam a aprovação por parte da comunidade.
E é neste contexto que entra a interpretação do patrimônio, como aliada no processo de preservação, resgate de tradições e manutenção da memória local.
Por: Débora Bulcão Oliveira
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