Thomas Cook, uma das marcas mais conhecidas e mais antigas em viagens globais, entrou com pedido de falência na segunda-feira no horário do Reino Unido, interrompendo as operações de férias, reservas e voos. Brexit, dívidas e rivais online levaram ao abismo economia.
"Apesar dos esforços consideráveis, essas discussões não resultaram em acordo entre as partes interessadas da empresa e propuseram novos provedores de dinheiro", afirmou Thomas Cook em comunicado. "O conselho da empresa concluiu, portanto, que não tinha escolha a não ser tomar medidas para entrar em liquidação compulsória com efeito imediato".
A empresa entrou com pedido de liquidação no Tribunal Superior do Reino Unido na segunda-feira.
A empresa, pioneira das viagens turísticas, com 178 anos, negociou intensamente durante todo o fim de semana em busca de uma injeção de capital de 200 milhões de libras (quase 250 milhões de dólares) para evitar o colapso. Mas as conversações fracassaram e a operadora encerrou as atividades.
O grupo registrou uma forte queda em seus negócios nos últimos anos, consequência da concorrência intensa dos sites de viagens e das dúvidas dos turistas a viajar ante as incertezas sobre o Brexit, adiado duas vezes este ano.
começaram a organizar o retorno de 150.000 turistas britânicos, na maior operação de repatriação do país em tempos de paz, duas vezes superior à organizada há dois anos, no momento da falência da companhia aérea Monarch.
“Todos os passageiros atualmente no exterior pela Thomas Cook e que tinham reservas para retornar ao Reino Unido nas próximas duas semanas serão transportados para casa em uma data o mais perto possível de suas reservas quanto possível”, afirmou o governo britânico.
A empresa confirmou que, somando todos os destinos e nacionalidades, tem atualmente quase 600.000 turistas de férias pelo mundo.
COLAPSO GRADUAL
Há muitas, muitas razões pelas quais Thomas Cook tem lutado, algumas relacionadas à empresa, outras fora de seu controle. Ele sofre com uma montanha de dívidas há anos, o que o deixou incapaz de investir para alcançar a rival TUI e a faixa das agências de viagens on-line.
Adicione a isso, um desastroso acordo de 2010 para expandir o número de lojas físicas, exatamente quando os consumidores estavam mudando para a Internet, e você tem uma empresa sem flexibilidade financeira para acompanhar os tempos.
Esses problemas podem estar bem isolados, mas quando combinados com uma série de eventos externos prejudiciais, havia pouco espaço para manobras. Na última década, enfrentou a crise das nuvens de cinzas, o aumento dos custos de combustível e a Primavera Árabe. Ambos causaram problemas significativos.
O papel do Brexit em tudo isso é mais complicado. Olhando para as conversas de Thomas Cook com analistas desde o referendo em 2016, parece que não.
Fankhauser disse em julho de 2017 que "o Brexit cria alguma incerteza para a nossa indústria", mas um ano depois, quando perguntado sobre isso, ele disse: "Não vemos incerteza no comportamento do cliente no Reino Unido até agora". Nesse ano, ele observou uma demanda mais fraca no Reino Unido e que "isso pode ser uma mistura de tudo, o Brexit por anos e a onda de calor em outubro".
Falando no Skift Forum Europe no início deste ano, Fankhauser explicou a dificuldade de tentar fazer crescer um negócio com altos níveis de dívida.
A Thomas Cook India, de propriedade majoritária do investidor canadense Fairfax Financial Holdings, não é afetada pelas notícias.
Fonte:
https://skift.com/2019/09/22/thomas-cook-collapses-ending-178-year-reign-in-the-travel-business/?fbclid=IwAR2aXlRwYXXR5E4qJPPs483bP3nuemNtc2LYqsMXfMiZHdUlEvHcHf0UXlY
Nova era tecnologia
Vivendo uma nova era: a tecnologia e o homem, ambos integrantes de uma sociedade que progride rumo ao desenvolvimento
As recentes conquistas na área de comunicação, em especial na tecnologia da Internet, representam uma enorme evolução em diversos tipos de mercados, entre eles as agências de viagens, que tiveram, principalmente através da rápida evolução desse novo e fantástico canal de comunicação, grandes transformações em sua rotina diária, amplitude de mercado, área de atuação, assim como oportunidades e desafios.
Tarifas mais baratas, fácil acesso à informação e praticidade: esses são alguns possíveis argumentos de quem procura fechar viagens sempre por contra própria, nas tela de um celular ou de um computador, ao invés de buscar o auxílio de agências especializadas. Além disso, outra prática comum são potenciais viajantes que vão às agências, tiram dúvidas e buscam informações, mas têm a real intenção de fechar individualmente o roteiro, normalmente por considerarem ser mais vantajoso financeiramente.
A Internet, pela suas próprias características inerentes, representa também uma evolução na distribuição dos produtos turísticos por meios diretos, sem a necessidade de intermediários, como as agências de viagens, pois a Internet permite que os grandes fornecedores de turismo (operadoras internacionais, cadeias hoteleiras, destinos internacionais, empresas aéreas) comercializem diretamente seu produto ao consumidor, em sua casa, com toda a comodidade, de forma rápida e segura. O futuro do mundo é o mais conectado possível. E não estamos falando apenas das simples vantagens de comunicação que a internet nos oferece através de nosso PC ou celular: como está ficando bastante claro mesmo hoje, várias tecnologias que antes pareceriam saídas de um filme de ficção científica estão, nos últimos anos, tomando o mercado como é o caso TUI, Tripadvisor, Decolar, ou até mesmo no Brasil CVC.
Fato é que as novas tecnologias estão ai... É claro que a primeira coisa que vem em mente de todos é a Realidade Aumentada, Inteligência Artificial, Impressão 3D, Robótica, Internet das Coisas (IOT) e por aí vai. É fato, essas inovações já estão sendo implementadas. Mas eu acredito que o que irá nos impactar não será bem uma nova tecnologia, mas o uso diário, mais adequado e inteligente das tecnologias que já temos a nossa disposição. Com o salto da tecnologia, o fim das agências tradicionais de viagem é inevitável.
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