Palácio Rio Branco, sede do governo, e obelisco em homenagem aos heróis da Revolução Acriana.
0 Acre, centro da Pan-Amazônia, está integrado aos demais estados do Brasil, à Bolívia e ao Peru. Nessa região, num raio de 750 quilômetros, vivem 30 milhões de pessoas de diferentes culturas. Com uma história singular, o Acre representa, desde o século 19, a união da tradição com a modernidade na construção do desenvolvimento humano. Em seus 16 milhões de hectares de floresta tropical, com a maior biodiversidade da terra, vivem 700 mil habitantes, metade dos quais morando na floresta. Dentre eles, 15 mil são índios, donos de 32 reservas indígenas, 14 diferentes nações que mantém preservadas as tradições de suas etnias. Comunidades inteiras se organizam a partir da unidade de uma produção familiar que se utiliza dos rios como principal meio de transporte e da própria floresta como fonte alimentar. E uma sociedade única de preservação de valores e costumes da "Florestania", que são os princípios de respeito ao meio ambiente e a multiplicidade sócio-cultural.
Sua capital Rio Branco merece um passeio exclusivo. Com sua arquitetura histórica e seus prédios públicos restaurados, a cidade apresenta lindas praças e importantes construções como o Palácio Rio Branco, que abrigava a antiga sede do Governo. Suas lindas praças também chamam a atenção pelas linhas arquitetônica e harmonia com o clima da cidade.
Região praticamente inexplorada, o Vale do Juruá e o Parque Nacional da Serra do Divisor, são consideradas regiões de maior biodiversidade do mundo. O local também abriga diversas tribos indígenas milenares, algumas dessas recebem turistas que buscam um contato direto com a cultura e costumes desses povos.
Pontos Turísticos do Acre: Link
1. Parque Ambiental Chico Mendes – Rio Branco
2. Parque da Maternidade – Rio Branco
3. Palácio Rio Branco – Rio Branco
4. Passarela Joaquim Macedo – Rio Branco
5. Museu da Borracha – Rio Branco
6. Parque Nacional da Serra do Divisor – Cruzeiro do Sul
7. Museu Casa de Chico Mendes – Xapuri
8. Estrada do Pacífico e ponte Brasil-Peru – Assis Brasil
9. Ponte Binacional Wilson Pinheiro – Brasiléia
10. Balneário Jarinal – Brasiléia
11. Catedral Nossa Senhora da Glória – Cruzeiro do Sul
12. Festival Yawanawá – Tarauacá
13. Passeio no rio Abunã – Plácido de Castro
14. Travessia do rio Madeira – Acre/Rondônia
15. Calçadão da Gameleira – Rio Branco
História
Acre é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Localiza-se no sudoeste da Região Norte e faz divisa com duas unidades federativas: Amazonas ao norte e Rondônia a leste; e faz fronteira com dois países: a Bolívia a sudeste e o Peru ao sul e a oeste. Sua área é de 164 123,040 km², que equivale aproximadamente ao Nepal. Essa área responde inferiormente a 2% de todo o país. De acordo com os geógrafos, se trata de um dos estados com menor densidade demográfica do Brasil e foi o mais recente que os brasileiros povoaram de maneira efetiva. Nele localiza-se a extremidade ocidental do Brasil. A cidade onde estão sediados os poderes executivo, legislativo e judiciário estaduais é a capital Rio Branco. Outros municípios com população superior a trinta mil habitantes são: Cruzeiro do Sul, Feijó, Sena Madureira e Tarauacá.
Somente em 1877 teve início no Acre — que naquela época pertencia à Bolívia — a chegada da quase totalidade dos migrantes que, oriundos do Nordeste do Brasil, mais precisamente do Ceará, colonizaram a região para buscar a borracha que se encontrava na Floresta Amazônica. Nas últimas décadas do século XIX, moravam cinquenta mil brasileiros na região. Os seringueiros, lutaram com as tropas para realizar a ocupação da região e, em 1903, ao lado do último líder da Revolução Acriana, o gaúcho Plácido de Castro, foram os autores da proclamação do Estado Independente do Acre.Então, a região foi ocupada militarmente pelo governo brasileiro e depois o Brasil estabeleceu diálogo diplomático com a Bolívia. Em consequência, o Brasil assumiria o controle do Acre.
O governo brasileiro decidiu criar o Território Federal do Acre em 1904. Por força da lei federal nº 4.070, o presidente do Brasil João Goulart elevou o Território Federal do Acre à categoria de Estado em 1962. Foi promovido pela borracha produzida que o estado tinha sido ocupado e se desenvolveu. A produção de borracha declinou desde 1913. Porém, ainda em tempos atuais, o Acre é um dos estados brasileiros que mais produzem e exportam borracha (hévea-latex coagulado).
História recente
Em 2005, foi iniciada a construção da Estrada do Pacífico, que dá ao Brasil, pelo Acre, acesso a três portos peruanos no Oceano Pacífico (Ilo, Maratani e San Juán) para facilitar as exportações para a Ásia. A estrada foi concluída em 2011.
Passarela Joaquim Macedo, símbolo da capital acriana, Rio Branco, centro político e financeiro do estado.
Em 2007, a assembleia legislativa do estado aprovou uma regularização fundiária para legitimar a posse e a alienação de propriedades públicas rurais, que beneficia 600 famílias em cerca de dez municípios acrianos, um feito inédito no país. Em junho de 2008, entrou em vigor a lei que alterou os fusos horários brasileiros e o Acre passou a ter uma hora a menos, e não duas, em relação ao fuso de Brasília. Apesar do referendo, o Acre mantém o antigo fuso horário.
A partir de 2008, o Brasil reforçou o efetivo do Exército na fronteira do Acre com o departamento boliviano de Pando. Essa região da fronteira se tornara instável com o massacre de 30 camponeses bolivianos, feito por opositores ao referendo de aprovação de uma nova Constituição, mas os conflitos se dissiparam com a realização do referendo na Bolívia, em janeiro de 2009.
Geografia
O estado do Acre ocupa uma área de 152.581 km², localizado no extremo oeste do Brasil, localiza-se a 70º00'00" de longitude oeste do Meridiano de Greenwich e a 09º00'00" de latitude sul da Linha do Equador e com fuso horário -5 horas em relação a hora mundial GMT. Dista 10º00'00" ao sul da Linha do Equador. No Brasil, o estado faz parte da região Norte, fazendo divisa com os estados do Amazonas e Rondônia e fronteira com dois países: Peru e Bolívia.
Praticamente todo o relevo do estado do Acre se integra no baixo platô arenítico, ou terra firme, unidade morfológica que domina a maior parte da Amazônia brasileira. Esses terrenos se inclinam, no Acre, de sudoeste para nordeste, com topografia, em geral, tabular. No extremo oeste se encontra a Serra da Contamana ou do Divisor, ao longo da fronteira ocidental, com as maiores altitudes do estado (609 m). Cerca de 63% da superfície estadual fica entre 200 e 300m de altitude; 16% entre 300 e 609; e 21% entre 200 e 135.
O clima é quente e muito úmido, do tipo Am de Köppen, e as temperaturas médias mensais variam entre 24 °C e 27 °C, sendo a menor média da Região Norte. As chuvas atingem o total anual de 2.100mm, com uma nítida estação seca nos meses de junho, julho e agosto. A Floresta Amazônica recobre todo o território estadual. Muito rica em seringueiras da espécie mais valiosa (Hevea brasiliensis) e Castanheiras (Bertholletia excelsa), a floresta garante ao Acre o lugar de maior produtor nacional de borracha e castanha. Os principais rios do Acre, navegáveis principalmente nas cheias (Juruá, Tarauacá, Envira, Purus, Iaco e Acre), atravessam o estado com cursos quase paralelos e que só vão confluir fora de seu território.
Geoglifos em terras desmatadas na floresta amazônica do Acre, no Brasil
Na região do atual estado do Acre, foram encontrados inúmeros Geoglifos (estruturas feitas no solo) com idade variável em até 2 100 anos. Pela complexidade, remetem às civilizações pré-colombianas, demonstrando de elevado grau de conhecimento em várias áreas e domínio de avançadas técnicas de movimentação de terra e água.
As últimas escavações fizeram uma descoberta importante em Xapuri: um buraco de esteio em boas condições foi localizado em um geoglifo de formato redondo, reforçando a tese de que os índios daquela época poderiam ter usado fortificações paliçadas para habitação e segurança. Saiba Mais Link:
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