O objetivo principal deste turismo é a realização de um deslocamento temporário a uma determinada localidade, seja ela de apelo turístico ou não, cujo foco seja aquisição de conhecimento, realização de pesquisas e outras finalidades educacionais.
Seu objetivo é a troca de experiências culturais e educacionais, o aumento no nível do aprendizado ou a realização de pesquisas científicas em um período que deve ser igual ou inferior a um ano (acima deste período a pessoa já não é classificada mais como turista). É realizado principalmente por estudantes da classe média e média alta, na faixa etária de 18 a 25 anos, mas também por professores em busca de atualizações e pesquisadores.
Uma atividade que pode ser realizada em qualquer época do ano e pode ser representada como intercâmbio estudantil para qualquer município, cursos extracurriculares (idioma, técnicos ou artísticos), programas de estágio ou voluntariado e pesquisas exploratórias.
Neste sentido, trata-se como segmento do turismo de interesses especiais onde os produtos se coordenam co desenvolvimento de conhecimentos científicos, gerando oportunidades de apoio para as investigações, assim como transferência de conhecimento ao público não especialista.
Assim, se os estudos de turismo esboçam uma pretensão científica, o léxico econômico-administrativo ecoa forte: mercado, demanda, oferta, produto, empresa e indústria vêm sempre acompanhados do adjetivo "turístico". Ora, se o turismo em si se justifica pela necessidade de ruptura "da monotonia entediante da vida urbana... rotina do trabalho... ritmos padronizados..."
O locutor implica o interlocutor em sua enunciação, utilizando argumentos que o colocam em questão, não apenas como pessoa, mas como sujeito que defende uma posição, apega-se a ela e é, portanto, responsável por aquilo que é contestado pelo locutor [está aqui implicada] a distinção entre a simples troca de argumentos sobre um tema (como nos colóquios científicos) e o debate polêmico, troca de argumentos que colocam o outro em questão (como nos debates políticos).
A indústria turística caracteriza-se por sua grande complexidade, não só pela quantidade de elementos pelos quais é composta, mas, também, pelos diferentes setores econômicos do seu desenvolvimento. Nesse sentido, o turismo é considerado geralmente como uma exportação de uma região ou nação até o lugar de destino no qual gera renda, favorece a criação de empregos, entrada de divisas que ajudam a equilibrar a balança de pagamentos, aumenta os impostos públicos e aquece a atividade empresarial. Assim sendo, a atividade turística tem uma grande importância na economia devido a sua contribuição para a geração de valor agregado bruto na região receptora. (OMT, 2001, p.10)
É preciso destacar que a simples associação entre turismo e economia não define o contorno dessa "teorização", trata-se de um discurso cujo enfoque são os negócios. Há uma preocupação legítima em estabelecer um marco teórico, mas subordinando-o a uma visão econômica centrada na eficiência dos negócios.
Fazer turismo científico não se limita a participar de longas viagens para lugares distantes, dentro de um roteiro organizado pelas operadoras especializadas. Entusiastas da vida selvagem, às vezes sem mesmo saber, podem ter um papel muito importante na ligação entre lazer e pesquisa.
São inúmeras as iniciativas no mundo que unem ciência e turismo, nas quais a pesquisa pode ser muito especializada ou para o público em geral. Todas estas iniciativas associam uma componente lúdica e educativa, ou seja, convidam a viajar de forma inteligente, aprendendo e partilhando locais emblemáticos ou muito desconhecidos.
Para fortalecer o desenvolvimento do turismo científico, são apresentadas iniciativas bem-sucedidas ou em desenvolvimento.
Se partirmos da ideia de que a ciência é uma forma de explicar, compreender ou interpretar a realidade e de que o turismo é uma atividade ou uma prática que implica movimento de pessoas em situações definidas com utilização de determinados equipamentos e serviços, está claro que turismo não é ciência, nem fazer turismo ou trabalhar na área de turismo é fazer ciência. Isto não quer dizer que não haja ciências aplicadas ao turismo e que não haja pesquisas científicas a respeito do turismo.
O turismo é um fenômeno social “total”, no sentido pensado por Marcel Mauss (1974), isto é, um fenômeno em cuja complexidade se condensa toda uma gama de aspectos da sociedade e da cultura. Desta multiplicidade de aspectos decorre o fato do turismo ter se constituído em objeto de diferentes ciências e abordado inicialmente sob os diversos marcos de referência da Economia, das Ciências Sociais (Sociologia e Antropologia) e da Geografia, aos quais mais tarde juntaram-se outras disciplinas, constituindo aos poucos um campo multidisciplinar cujas diferentes abordagens começam a comunicar-se entre si, ora em diálogo produtivo, ora em disputas acirradas, mas sempre mantendo a distinção entre o turismo como fenômeno e seu estudo.
Roteiros combinam conhecimento científico com a exploração de novas paisagens e permitem ao visitante atuar como assistente em atividades de pesquisa.
“Uma iniciativa precursora do que hoje chamamos turismo científico foram as expedições de Charles Darwin [1809-1882], que embarcou em Plymouth, no Reino Unido, a bordo do navio Beagle em fevereiro de 1831 para uma viagem de quatro anos e nove meses, a fim de mapear a costa da América do Sul”
Quando associado à cultura, o turismo científico se apresenta como uma experiência em que o visitante terá contato, por exemplo, com costumes e valores do lugar visitado.
Com roteiros que envolvem visitas a ruínas históricas, observação do processo de migração de borboletas ou expedições a parques geológicos, o turismo científico oferece opções a viajantes no Brasil e no exterior.
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