segunda-feira, 20 de abril de 2020

Estação Ecológica do Rio Acre - Turismo no Acre - Brasil



A Estação Ecológica do Rio Acre é uma Unidade de Conservação de Proteção Integral, com uma área de 77.500 hectares e 146.130 metros de perímetro. Situa-se na região norte do Brasil e região sudeste do estado do Acre. Esta Unidade foi criada em 02 de junho de 1981 pelo Decreto Federal no 86.061, para desenvolver projetos de pesquisa e preservar parte das nascentes do rio Acre e está localizada na Gleba Abismo no município de Assis Brasil.

Ao longo da maior parte da fronteira sul do estado do Acre e de todo o seu limite ocidental estende-se um mosaico contínuo de áreas protegidas. Este mosaico encontra-se, em grande parte, distribuído ao longo da fronteira internacional Brasil-Peru, coincidindo com toda a extensão em que o Acre limita-se com o país vizinho, especificamente, com os Departamentos de Madre de Dios e de Ucayali. Em sua totalidade, esta área está inserida na " faixa de fronteira" e faz parte do "Corredor Ecológico O este-Amazônico", no âmbito do " Projeto Corredores Ecológicos", do “Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil”

Aspectos naturais
A estação ecológica Rio Acre é uma unidade de conservação de proteção integral brasileira. A estação ocupa parte do território dos municípios de Assis Brasil e Sena Madureira, fazendo fronteira com o Peru, no Acre. A vegetação é caracterizada como floresta ombrófila aberta de terras baixas, existindo na área florestas abertas de palmeiras e de bambus. Nas proximidades das margens do Rio Acre são encontradas as embaúbas, plantas consideradas pioneiras e que se desenvolvem quase como uma floresta homogênea, dominando a paisagem em vários trechos.



Relevo e clima
Relevo: De acordo com a literatura consultada (BRASIL, 1977) as rochas da Estação Ecológica são rochas sedimentares da formação Solimões, formação esta que ocorre na maioria do estado do Acre. A formação Solimões é formada por um espesso pacote de rochas sedimentares constituída de argilitos, argilitos-sílticos de cores variadas predominando tons avermelhados e cinzentos. Estas rochas apresentam estratificações cruzadas e plano-paralelas, frequentemente apresentando lentes com concreções carbonáticas e gipsiferas.

Clima: A Área de Entorno se caracteriza por temperaturas altas e elevados índices pluviométricos, constância pluviométrica modificada pela invasão de ar polar durante o inverno austral, concorrendo para instalação de um período seco e para o decréscimo de temperatura, originando o fenômeno conhecido na região como “friagem”.

A região apresenta a segunda menor média de precipitação pluviométrica do Estado, registrando 1.684 mm/ano, com maior intensidade de chuvas entre os meses de novembro a março e o mais seco é observado de maio a agosto. A temperatura média oscila na faixa de 26 a 27 ºC, atingindo máximas em torno de 33 ºC e mínimas de 14 ºC.

O clima da região é classificado como tropical, quente e úmido com temperatura média de 26 ºC e densidade pluviométrica de 1.700 mm.

Fauna e flora
"Sagüi-leãozinho, um dos animais habitantes da estação."

O único estudo que identificou parte da fauna existente na Estação Ecológica do Rio Acre foi durante a realização do seu Plano de Manejo. Entretanto, somente um número restrito de grupos biológicos foram contemplados:

lepidopterofauna (parcialmente), herpetofauna, avifauna e mastofauna. Considerando-se a herpetofauna, o número de espécies de anfíbios registrados na região representa cerca de 40% do total de espécies registradas para todo o Estado do Acre, o que indica tratar-se de uma região de alta diversidade de anfíbios. Foram registradas 57% das espécies de lagarto, 21% das espécies de serpentes e 50% das espécies de quelônios conhecidos no Acre.

"Psarocolius angustifrons alfredi"

Destaque é dado à tartaruga (Podocnemis unifilis), que se distribui desde o Rio Acre, em baixas populações submetida a maior pressão pela caça de seus ovos, até o Rio Tahuamanu, onde há maior abundância de praias arenosas e altas. O jacaré (Caiman scleops), próprio dos rios com corrente, está distribuído desde o Rio Yaverija até o Tahuamanu. Para a avifauna, a maior parte das espécies registradas na Estação Ecológica (255 spp. de aves) foram encontradas em Florestas Aluviais de bambus e palmeiras, enquanto 189 espécies ocorrem em Florestas Abertas de bambus e palmeiras. Algumas espécies de aves tiveram seu primeiro registro de ocorrência verificado para o Brasil justamente na Estação Ecológica Rio Acre: (Amazilia lactea bartletti), (Hypocnemis cantator collinsi), (Philydor rufum bolivianum), (Glyphorynchus spirurus albigularis), (Xiphorhynchus chunchotambo) e (Psarocolius angustifrons alfredi).

Além disso, na ocasião do levantamento, uma nova espécie pertencente ao gênero (Cnipodectes) foi identificada. Para a mastofauna, foram já identificadas 44 espécies de mamíferos terrestres: 4 marsupiais, 4 edentados, 11 primatas, 10 carnívoros, 4 ungulados, 9 roedores e 1 lagomorfo. Dentre as espécies de mamíferos levantados, algumas são de especial interesse para a conservação em função do grau de ameaça e pressão a que estão sujeitas: o tatu-canastra (Priodontes maximus), o tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), o macaco-preto (Ateles chamek), o soim-preto (Callimico goeldii), a anta (Tapirus terrestris), a lontra (Lontra longicaudis), o gato-maracajá-peludo (Leopardus wiedii), a onça-pintada (Panthera onca) e a onça-vermelha (Puma concolor).

Serpente rara é descoberta na Estação Ecológica Rio Acre
Um exemplar da serpente rara de nome científico Ninia hudsoni foi descoberto naEstação Ecológica Rio Acre, unidade de conservação (UC) administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Esse foi o primeiro indivíduo registrado no estado do Acre e o sétimo no Brasil. Outros 19 exemplares já foram encontrados em territórios da Amazônia peruana, equatoriana e colombiana.

A descoberta é resultado da pesquisa intitulada “Inventário da Herpetofauna – Anfíbios e Répteis – da Estação Ecológica Rio Acre”, que envolveu seis investigadores, entre analistas ambientais do ICMBio e pesquisadores de universidades parcerias. Com formação em geografia e zoologia, o analista ambiental Marco Antônio Freitas foi um dos integrantes da equipe. “Fizemos duas expedições, uma em abril de 2015 e outra em fevereiro de 2016, totalizando 37 dias em campo”, lembra.

Histórico
A origem do nome da unidade de conservação está relacionada à existência do rio Acre. A criação da unidade tem como um de seus principais objetivos preservar parte das nascentes do rio Acre compreendidas em seus domínios.

O nome Acre surgiu de “Aquiri”, que significa “rio dos jacarés” na língua nativa dos índios Apurinãs, os habitantes originais da região banhada pelo rio que empresta o nome ao Estado. Os exploradores da região transcreveram o nome do dialeto indígena, dando origem ao nome Acre.

O primeiro esforço significativo feito no Brasil para participar do movimento internacional de criação de áreas naturais protegidas aconteceu em 1911. O responsável foi Luís Felipe Gonzaga de Campos, um cientista brasileiro que editou nesse ano um importante livro intitulado Mapa Florestal do Brasil, publicação que, como o nome sugere, é acompanhada de um mapa, na escala de 1:5.000.000. O Mapa Florestal do Brasil é o primeiro estudo abrangente feito em nosso País com uma descrição detalhada de nossos diferentes ecossistemas e o estágio de conservação de cada um, com a expressa intenção de subsidiar as autoridades brasileiras para a criação de um conjunto de parques nacionais.

Em decorrência da publicação do Mapa Florestal do Brasil, hoje um clássico, decretos foram publicados na mesma época pela Presidência da República, sendo que dois parques nacionais, dentre outros, foram criados no então território do Acre, hoje estado da federação. A iniciativa era tão avançada para o início do século no País, que os decretos caíram no total esquecimento e essas áreas nunca foram implementadas. Somente em anos recentes foram descobertos esses instrumentos legais e constatou-se que os nossos primeiros parques já estavam quase completamente destruídos, não sendo mais possível sua preservação. Apenas parte que se salvou de um deles está hoje inserida dentro da Estação Ecológica Rio Acre (Costa, 2007).



Localização & Infra-estrutura
Uma das características principais desta estação ecológica é a dificuldade de acesso, o que possivelmente explica a ausência de populações residentes na área. No território brasileiro, a cidade mais próxima à EERA é Assis Brasil, distando aproximadamente 70 km, em linha reta. Em decorrência do caráter extremamente meândrico do rio Acre, a distância real que se percorre de Assis Brasil até a base de apoio da EERA é de cerca de 112 km. Do lado peruano, a cidade mais próxima é Inãpari, situada na outra margem do rio Acre em frente a Assis Brasil. O tempo de viagem de Assis Brasil até a EERA, com o rio cheio, em uma “voadeira”, é de cerca de cinco horas, e com “motor de rabeta”, até 10 horas. Com o rio baixo, pode-se levar dois dias ou mais, devido a grande quantidade de obstáculos no seu leito, como árvores caídas. A sede do IBAMA, em Assis Brasil, existe há mais de 20 anos, mas somente a partir de 2003 foi efetivada como sede administrativa da EERA. Existe também uma base de apoio fixa em funcionamento que está localizada próxima às margens do rio Acre, no início da UC. Em ambas as bases existem alojamentos.

NOME DA UNIDADE: Estação Ecológica Rio Acre
BIOMA: Amazônia
ÁREA: 79.395,22 hectares
DIPLOMA LEGAL DE CRIAÇÃO: Decreto nº 86.061, de 2 de junho de 1981
COORDENAÇÃO REGIONAL: CR7 - Rio Branco/AC
ENDEREÇO: Rua Dom Giocondo Maria Grotti, 301- Centro - Assis Brasil – CEP: 69935-000
TELEFONE: (68) 3548-1393

Atrativo Turístico
Além da Estação Ecológica do Rio Acre é uma Unidade de Conservação de Proteção Integral, a cidade de Assis Brasil está localizada na tríplice fronteira entre o Brasil, o Peru e a Bolívia, formando uma conurbação, ou núcleo de populações vizinhas, com a cidade peruana de Iñapari e com a cidade boliviana de Bolpebra. O município é servido pela rodovia BR-317, que é a única rodovia que liga o Brasil ao Peru.

Os primeiros habitantes do que um dia se tornaria o município de Assis Brasil foram os Machineris, um povo Aruaque, que atualmente habitam a Área Indígena Mamoadate, com uma parte localizada dentro dos limites do município e a outra localizada no município vizinho de Sena Madureira.

Cultura e Festejos: O município embora pequeno tem muitas festas ao longo do ano, as principais são:

O Carnavassis, que acontece nos dias próximos ao aniversário do município dia 14 de maio, trata-se de um carnaval fora de época durando até três dias dependendo do ano.
O Festival de Praia, que acontece nos dias de Julho, devido a grande baixa no Rio Acre que deixa uma grande área de areia para os banhistas, os festejos também duram aproximadamente três dias.

Na sua Gastronomia o peixe mandim assado é um dos seus principais pratos típicos.

Serviços Turísticos - Assis Brasil
Como chegar: Rua Dom Giocondo Maria Grotti, 301
m.me/esecrioacre
https://www.facebook.com/esecrioacre/
Ligar (68) 3548-1393

Fonte: 
wikiparques.org
https://www.icmbio.gov.br/portal/unidadesdeconservacao/biomas-brasileiros/amazonia/unidades-de-conservacao-amazonia/1921-esec-do-rio-acre

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