sábado, 16 de novembro de 2019

Parque Nacional dos Campos Amazônicos - Turismo em Rondônia - RO



O Parque Nacional dos Campos Amazônicos compreende trechos dos rios Roosevelt, Branco, Madeirinha Guaribas e Ji- paraná e protege as cabeceiras dos rios Manicoré e Marmelos. Em sua área há um dos mais expressivos encraves de Cerrado no bioma Floresta Amazônica.
A ocorrência de espécies de animais e plantas típicas do Cerrado no interior da Amazônia é considerada uma evidência de que tais áreas já estiveram conectadas ao Cerrado em um passado recente (cerca de 10 mil anos atrás). Embora existam atualmente evidências contrárias à teoria dos refúgios, os encraves de savana amazônica são apontados como elementos chaves para a compreensão da dinâmica evolutiva da biota amazônica.

A Zona de Amortecimento do PNCA abrange seis unidades de conservação, sendo três do Estado do Amazonas – Parque Estadual do Guariba, Reserva Extrativista do Guariba e Floresta Estadual do Manicoré, e três de Mato Grosso – as Estações Ecológicas do Rio Roosevelt e do Rio Madeirinha e o Parque Estadual Tucumã. 

A região no entorno do PNCA possui inúmeros atrativos naturais, associados principalmente aos rios Roosevelt e Machado. No rio Roosevelt, as variações de paisagem decorrem da quantidade de afloramentos de rochas em seu leito e margens, praias e vegetação típica da Amazônia. Pessoas da região acessam o rio para atividades de lazer e quatro empreendimentos turísticos, as Pousadas Rio Roosevelt, Amazon Roosevelt, Semaúma e o Rancho Roosevelt, recebem visitantes regionais, nacionais e internacionais. 



Atrações
Também encontram-se protegidos no PNCA os diferentes ambientes aquáticos, associados à rede hidrográfica, como cachoeiras, corredeiras e bancos de areia, importantes para a reprodução de quelônios e peixes, como os grandes bagres, e para a manutenção dos estoques pesqueiros utilizados para a subsistência das populações ribeirinhas e eventual exploração turística.


Conservação 
O Parque Nacional Campos Amazônicos é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).  O parque é classificado como área protegida da IUCN categoria II (parque nacional). O objetivo é preservar um ecossistema natural de grande relevância ecológica e beleza cênica e apoiar a pesquisa científica, educação e interpretação ambiental, recreação ao ar livre e ecoturismo. Especificamente, protege o principal enclave de cerrado da Amazônia e contém o avanço da fronteira agrícola nessa região. O parque abriga grande biodiversidade e espécies endêmicas.  As espécies protegidas incluem o Leopardus tigrinus , Leopardus wiedii., Panthera onca e Pteronura brasiliensis.

O parque faz parte de um corredor ecológico , que inclui o Parque Indígena do Xingu no Mato Grosso e no Pará , o Mosaico Terra do Meio no Pará, o Parque Nacional Juruena no Amazonas e no Mato Grosso, o Mosaico Apuí no Amazonas e o Parque Nacional Campos Amazônicos. O corredor destina-se a conter a expansão agrícola na região central da Amazônia e o desmatamento da floresta tropical. O parque é apoiado pelo Programa de Áreas Protegidas da Amazônia. O parque corre o risco de ser danificado pela expansão da fronteira agrícola, com a apropriação de terrase queima, acessada pela rodovia Transamazônica, rodovia do Estanho e colonos do norte de Mato Grosso. 

Aspectos naturais
O Parque Nacional dos Campos Amazônicos é uma área de imenso potencial científico, por sua rica biodiversidade e pela existência da fauna e flora do Cerrado num trecho típico de Floresta Amazônica, fato de interesse de pesquisadores.

A ocorrência de espécies de animais e plantas típicas do Cerrado no interior da Amazônia é tida como uma evidência de que tais áreas já estiveram conectadas ao Cerrado em um passado de 10 mil anos atrás. A rede hidrográfica do Parna é formada por rios volumosos como os rios Roosevelt, Manicoré, Branco, Guariba, Machadinho e Machado, alimentados por um grande número de nascentes localizadas no interior da unidade: nascentes dos Rios Branco, Macacos e Manicoré e nascentes dos afluentes dos rios Roosevelt, Machado e Guaribas.

Esta rede hidrográfica protegida contribui para a manutenção das áreas de Cerrado e regula a dinâmica hídrica do subsolo.

Ao proteger uma amostra significativa da biodiversidade do interflúvio Madeira-Tapajós, a UC representa uma importante área para a manutenção da conectividade ambiental desta região, especialmente para o Mosaico da Amazônia Meridional e serve como barreira ao avanço do Arco do Desmatamento.

A região onde atualmente se localiza o PNCA foi considerada como de extrema importância biológica para peixes, anfíbios e répteis.

Relevo e clima
O relevo do PNCA é plano, com alguns trechos suavemente ondulados. Apresenta formatos em meia-laranja, e morros-testemunhos em trechos isolados.
O solo da região é do tipo latossolo. Ácidos e altamente intemperizados, esses solos estão intensamente lixiviados.

Hidrologia: A região abrange trechos dos rios Machado e Roosevelt e protege as cabeceiras dos rios Marmelos e Manicoré. Apresenta uma hidrografia densa com padrão de drenagem meandrico e dentrítico, rios predominantemente planálticos, perenes, com exceção de alguns igarapés que são intermitentes.

Fauna e flora
A diversidade de aves em sua região é altíssima. Há presença, também, de macacos barrigudos e cuxiús de nariz-vermelho.

A UC registra a presença de espécies como onça-pintada, harpia, gavião-pega-macaco, cervos-de-cauda-branca, mais de dez espécies de macacos, queixadas e ariranhas.

Segundo último levantamento realizado na unidade, o parque conta com 133 espécies de peixes, 37 espécies de anfíbios e 36 de répteis, 441 espécies de aves, 55 espécies de mamíferos de médio e grande porte, com destaque para o veado-campeiro e o cervo-do-pantanal.

Histórico
Antes da construção da Transamazônica (BR-230), havia apenas povos indígenas e populações tradicionais na região, vivendo em economia de subsistência com a caça, pesca, extrativismo e agricultura familiar como suas principais atividades.

Os ciclos econômicos como os da borracha e da mineração, os projetos de assentamentos e a existência de duas rodovias federais (BR-319 e BR-230), três estaduais (MT-206, RO-133 e 205), contribuíram para o atual modelo de ocupação populacional.

Com a abertura das rodovias Transamazônica e BR-319 que se cruzam em Humaitá, começaram a chegar migrantes de outras regiões, principalmente do sul e do nordeste do país,vem busca de trabalho, de terras, garimpos e melhores condições de vida.

Em agosto 2011, foi editada uma Medida Provisória (MP) que alterou os limites de três Parques Nacionais na Amazônia. A intenção era abrigar lagos e canteiros de obras das usinas hidrelétricas de Tabajara, Santo Antônio e Jirau – todas inseridas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal localizadas em Rondônia. Além de reduzir o tamanho dos Parques Nacionais da Amazônia, Campos Amazônicos e Mapinguari, a MP n◦ 542 também permitiu a exploração mineral no entorno dos dois últimos.

Os motivos das alterações, além dos empreendimentos defendidos pelo Ministério de Minas e Energia, foram a regularização fundiária de ocupações de terras públicas e o conflito com áreas de assentamentos para a reforma agrária na região.

O Parque Nacional dos Campos Amazônicos perdeu ao todo 340 km² e ganhou outros 1,5 mil km², passando a ter uma área aproximada de 961.320 hectares, que abrangem terras do Amazonas, Rondônia e Mato Grosso.

O processo de criação do Parque Nacional dos Campos Amazônicos teve início em 2001, quando grandes extensões de terras públicas, sem potencial para reforma agrária, foram repassadas do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA/INCRA) para o Ministério do Meio Ambiente (MMA), visando a criação de unidades de conservação. Estas serviriam de compensação à reserva legal de assentamentos.

Na região do PNCA existem 20 terras indígenas, entre elas a Terra Indígena Tenharim Igarapé Preto homologada em 2004, com área de 87.240 hectares, localizada próximo à estrada do Estanho, no Município de Novo Aripuanã. Em 1997, a população era de 43 indivíduos pertencentes à etnia dos Tenharim. Atualmente, são 17 famílias.

Além da Terra Indígena Tenharim Marmelos criada em 1996, localizada às margens do rio Marmelos, um dos afluentes do rio Madeira, nos Municípios de Manicoré e Humaitá, abrangendo uma área de 497.521 hectares. A terra é cortada pela Transamazônica (BR-230). Em 1994, a população era de 301 indígenas pertencentes à etnia dos Tenharim, tendo como língua mãe o Tupi-Guarani. Atualmente, são 46 famílias, em média.

Objetivos específicos da unidade
O Parque Nacional tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e de turismo ecológico.

A criação da unidade justifica-se por proteger o principal enclave de cerrado na Amazônia e conter o avanço da fronteira agrícola nessa região. Os campos naturais aí encontrados abrigam enorme biodiversidade apresentando espécies endêmicas.

Localização
Localiza-se entre Barcelos (AM), Colniza (MT), Machadinho d'Oeste (RO) e Manicoré e Novo Aripuanã (AM). O Parque abriga trechos dos rios Roosevelt, Branco, Madeirinha Guaribas e Ji-Paraná; e preserva as cabeceiras dos rios Manicoré e Marmelos.

Como chegar
Municípios: Novo Aripuanã (AM), Manicoré (AM), Machadinho D’Oeste (RO), Colniza (MT)

Contato:
Parque Nacional dos Campos Amazônicos, Telefone: (69) 3217-6544
E-mail: pncamposamazonicos@icmbio.gov.br



NOME DA UNIDADE: Parque Nacionalselo arpa Campos Amazônicos 
BIOMA: Amazônia
ÁREA: 961.317,77 hectares
DIPLOMA LEGAL DE CRIAÇÃO: Dec s/nº de 21 de junho de 2006 / Lei n.º 12.678 de 25 de junho de 2012
COORDENAÇÃO REGIONAL: CR1 – Porto Velho/RO
ENDEREÇO: Av. Lauro Sodré, N° 6500, Bairro Aeroporto/RO – CEP: 76803-260
TELEFONE: (69) 3217-6544


Fonte:
https://www.facebook.com/parnacampos/
http://arpa.mma.gov.br/parque-nacional-dos-campos-amazonicos-promove-integracao-com-comunidade-do-entorno/
http://www.icmbio.gov.br/portal/unidadesdeconservacao/biomas-brasileiros/amazonia/unidades-de-conservacao-amazonia/1970-parna-campos-amazonicos
https://www.oeco.org.br/reportagens/20460-campos-amazonicos-oasis-de-diversidade/
https://www.wikiparques.org/wiki/Parque_Nacional_dos_Campos_Amaz%C3%B4nicos

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