Forte do Castelo e Casa das 11 janelas em Belém ou Forte do Castelo, o nome antigo, como muitos paraenses ainda chamam. É o lugar onde Belém nasceu e foi protegida por quase três séculos. O interessante do lugar é que ele nos proporciona ricas experiências. Como a visão inesquecível do nascer ou pôr-do-sol. Um presente. Por estar localizado no ponto mais alto da orla da Baía do Guajará, ele abre um cenário magnífico. Além de ser um espaço muito agradável, onde se pode observar os enormes canhões que, no passado, guardavam a cidade e também o vaivém dos barcos e pô pô pôs (pequenas embarcações da região).
A História se espalha pelos muros e pedras. O Museu do Encontro, no interior do Forte, reúne exposições de fragmentos arqueológicos pré-históricos da ocupação da Região Amazônica e objetos indígenas e europeus do pós-colonização. Uma viagem no tempo magnífica e engrandecedora.
Casa das 11 janelas em Belém do Pará - PA
Forte do Castelo
O Forte do Castelo do Senhor Santo Cristo do Presépio de Belém, popularmente referido como Forte do Castelo, localiza-se sobre a baía do Guajará, na ponta de Maúri à margem direita da foz do rio Guamá, na cidade de Belém no estado brasileiro do Pará. Dominando a entrada do porto e o canal de navegação que costeia a ilha das Onças.
Constitui-se num dos mais procurados pontos turísticos da cidade, por sua localização privilegiada e seu sentido histórico. Integrante do complexo arquitetônico e religioso da cidade velha, a Feliz Lusitânia.
História
Após a conquista de São Luís do Maranhão, em novembro de 1615, por determinação do Capitão-mor da Conquista do Maranhão, Alexandre de Moura, o Capitão-mor da Capitania do Rio Grande do Norte, Francisco Caldeira de Castelo Branco, partiu daquela cidade para a conquista da boca do rio Amazonas, a 25 de dezembro de 1615, com o título de "Descobridor e Primeiro Conquistador do Rio das Amazonas".
Com três embarcações (o patacho Santa Maria da Candelária, o caravelão Santa Maria das Graças, e a lancha grande Assunção) e menos de duzentos homens, a expedição atingiu a baía de Guajará em 12 de janeiro de 1616 levantado, num pequeno cabo de terra à margem esquerda do igarapé Piri, um forte de faxina e terra batizado de Forte do Presépio de Belém. Núcleo do povoado de Nossa Senhora de Belém que destinava-se a conter eventuais agressões dos indígenas e quaisquer ataques dos corsários ingleses e holandeses que frequentavam a região.
No contexto do levante dos Tupinambás (1617-1621), a povoação e o forte foram atacados pelas forças do chefe Guaimiaba (em língua tupi, "cabelo de velha"), que foi morte em combate (1619). Sendo danificado, essa primitiva fortificação foi substituída por outra mais sólida, de taipa de pilão e esta, por sua vez, em 1621, por uma terceira.
O Forte do Senhor Santo Cristo
A nova fortificação foi erguida com um baluarte artilhado com quatro peças, um torreão e alojamento para sessenta praças, sendo batizada como Forte Castelo do Senhor Santo Cristo, ou simplesmente Forte do Santo Cristo. De acordo com Jorge Hurley, o seu construtor foi Bento Maciel Parente. A sua artilharia, à época, foi reforçada por mais quatro peças.
Arruinada pelos combates e pelo clima, sofreu reparos em 1632 e 1712. O Provedor da Fazenda Real no Pará, Francisco Galvão da Fonseca, por carta de 20 de maio de 1720 comunicou ao soberano que a fortificação encontrava-se completamente arruinada. A Carta-régia de 30 de maio de 1721 autorizou os seus reparos e de outras fortificações da região, sendo contratado para tal, em Lisboa, o pedreiro Francisco Martins, com um salário de 800 réis por dia. Poucos anos mais tarde, em 1728, o Sargento-mor Engenheiro Carlos Varjão Rolim, foi trazido de São Luiz do Maranhão para dirigir os trabalhos de reconstrução do forte. Por uma planta de sua autoria, datada de 1740, sabemos que possuía "Porta e tranzito, Corpo da Guarda, caza que serve de prisão, armazém, baluarte e praça baixa."
Em 1907 o Governo Federal autorizou a empresa privada "Port of Pará" a instalar-se nas dependências do antigo forte, autorizando-a a promover as mudanças que lhe fossem convenientes desde que se comprometesse a devolvê-lo com as muralhas reconstruídas e reformado. Em 1920 voltou a ser administrado pelo Exército.
As dependências do forte foram utilizadas para diversas finalidades, tais como depósito de armamentos, munições ou outros materiais. No contexto da Segunda Guerra Mundial, serviu de quartel para uma bateria de Artilharia.
Na década de 1950 as suas dependências abrigavam diversos serviços da 8ª Região Militar. Encontra-se tombado pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional desde 1962. Completamente descaracterizado, o monumento sofreu diversas intervenções no passado, entre as quais várias modificações para abrigar a sede social do Círculo Militar de Belém, que manteve no local um restaurante, um bar, depósitos e um salão de festas. Em 1978, tentou-se negociar a retirada do Círculo Militar e seu restaurante, para uma intervenção de restauração no imóvel. Em 1980, com as muralhas parcialmente destruídas, a edificação passou por obras de emergência para garantir a estabilidade do conjunto remanescente. A partir de 1983, com recursos da Fundação Pró-Memória, o IPHAN realizou obras de conservação e restauro.O Circulo Militar deixou as instalações do forte apenas em 1997, após o que foram requalificadas como espaço cultural, passando a abrigar um museu, e dando lugar a espetáculos musicais e teatrais.
No alvorecer do século XXI, sob os mandatos do prefeito Edmilson Rodrigues (1997-2004), filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), e dos governadores Almir Gabriel (1995-2002) e Simão Jatene (2003-2006), filiados ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), teve lugar uma acirrada disputa política envolvendo obras públicas como objeto de barganha política, nomeadamente obras de grande visibilidade mediática, das quais foram exemplo a derrubada do muro do Forte do Castelo (concretizada na noite de 5 de dezembro de 2002) e a colocação de trilhos de bonde em frente ao Museu de Arte Sacra do Pará.
Atualmente, o Forte está sob responsabilidade do Ministério da Defesa e, nas instalações do Forte do Presépio, o Museu do Encontro conta um pouco do início da colonização.
Taxa de visitação: R$ 4,00, com meia-entrada para estudante, gratuidade para idosos e crianças até 7 anos, maiores de 60 anos, pessoas com deficiência e acompanhantes, nao pagam. Às terças-feiras a visitação é gratuita a todos.
Contatos:
(91) 4009-8678
Expediente:
Horário de visitação: de terça a sexta-feira, das 10h às 17h. Sábados, domingos e feriados, das 9h às 13h.
Endereço:
Museu do Forte do Presépio
Frei Caetano Brandão, s/n – Cidade Velha.
Belém 1° 27' 42.7932" S, 48° 30' 22.3776" W
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