O reconhecimento da ilha de Superagüi como patrimônio natural e histórico não é recente. Já em 1970, Superagüi foi inscrita sob o n° 27 no Livro de Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico da Divisão do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural do Paraná. Integra a Zona Núcleo da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, desde sua primeira fase de implantação em 1991.
Turismo
O Parque também protege a maior população do mico-leão-da-cara-preta Leonthopitecus caissara, uma espécie que é endêmica da região. As Ilhas do Pinheiro e Pinheirinho, também integrantes do Parque Nacional do Superagui, são um dos dormitórios mais importantes do papagaio-da-cara-roxa ou chauá (Amazona brasiliensis) também ameaçado de extinção.
Além de ver toda a beleza natural que o parque oferece, o visitante também tem a oportunidade de vivenciar uma experiência caiçara. São comunidades tradicionais fruto da miscigenação entre índios, negros e colonizadores europeus que residem no território há séculos. Em diversas comunidades ocorre o turismo de base comunitária, onde é possível consumir pratos típicos, se hospedar, conhecer o modo de vida tradicional, incluindo o fandango. Este ritmo musical era originalmente feito em mutirões agrícolas que foram perdendo força mas cuja resiliência caiçara mantém a tradição viva até os dias de hoje.
Atrações
A maior porta de entrada do parque é a comunidade da Barra do Superagui, onde está localizada uma Base do ICMBio. A comunidade é conhecida por suas águas calmas, belo pôr do sol e vista da Serra do Mar, além de ser o acesso à Praia Deserta e a diversos outros roteiros. A comunidade possui várias pousadas e campings, onde o visitante pode se informar a respeito de guias e frete de embarcações.
A base do ICMBio funciona em horário comercial e fica a aproximadamente 1 quilômetro do local de desembarque na Ilha, próxima à entrada da trilha de acesso à Praia Deserta.
Principais Regras para a Visitação
Leve somente fotografias, o que é da natureza, fica com a natureza;Do Parque nada se tira, além de fotos, nada se leva além de lembranças, nada se deixa além de pegadas. Animais, plantas, rochas, frutas, sementes e conchas devem permanecer nos locais encontrados.
Preserve os sítios históricos e respeite a cultura local;
É proibido depredar a vegetação, inclusive extrair madeira, coletar plantas visando qualquer uso e corte da vegetação para abertura de trilhas e áreas para acampamento;
Traga seu lixo de volta para a cidade, não jogue nas trilhas e nos rios;
Acampe somente nos campings formais operados pelos comunitários – é proibido acampar fora dos campings na área do Parque Nacional.
Seja cortês, respeite as comunidades anfitriãs, funcionários e outros visitantes.
Ao avistar animais, não se aproxime muito, não tente pegá-lo ou alimentá-lo.
Se estiver com guia/condutor, cobre o respeito às regras da natureza e do parque;
É proibido caçar, aprisionar, transportar e comercializar animais silvestres;
É proibido acender fogueiras no interior do Parque Nacional pois incêndios se propagam rapidamente na vegetação de restinga;
Atividades em ambientes naturais apresentam riscos, como: presença de animais peçonhentos, risco de perder-se, machucar-se, afogar-se, entre outros.
Risco de acidentes com insetos, cobras, aranhas, escorpiões, água-viva e outros animais;
Esteja preparado para as adversidades em caso de acidentes ou incidentes.
O Parque não possui serviço de resgate. Não se arrisque!
Atrativo Turístico
O Parque tem muitos atrativos turísticos com 38 quilômetros de praias desertas, que podem ser visitadas a pé ou em passeio de bicicleta. A observação de botos na baía do rio das Peças, Praia Deserta e Vila das Peças; além da observação da revoada dos bandos dos papagaios-da-cara-roxa na ilha do Pinheiro.
Praia Deserta da Ilha do Superagui
Trilha da Praia Deserta da Ilha do Superagui
Uma trilha de baixa grau de dificuldade, com duração de 40 minutos que dá acesso à Praia Deserta, um dos atrativos mais visitados da Ilha do Superagui. O percurso de retorno pode ser feito pela praia e tem duração aproximada de 1 hora. É possível utilização de bicicleta para o percurso. Possibilidade de observação da vegetação de restinga, que abriga grande diversidade de bromélias e orquídeas e ocasionalmente de bandos do mico-leão-da-cara-preta. Porém, ressaltamos que é proibido alimentar os animais.
Com duração de 40 minutos a 1h30 e de dificuldade moderada. Na caminhada, é possível observar a vegetação de restinga baixa e alta, bromélias e orquídeas e ocasionalmente do mico-leão-da-cara-preta.
Baía do rio das Peças, Praia Deserta da Ilha das Peças e Vila das Peças
Ponto de concentração de botos, principalmente mães com filhotes, praia virgem com 7 km de extensão com vista para a Ilha do Mel.
Ilha do Pinheiro
A grande atração da Ilha do Pinheiro são as revoadas dos bandos do raro papagaio-da-cara-roxa ao entardecer.
A água normalmente é calma, sem ondas e sem correnteza, quase uma lagoa! Devido a proximidade com os mangues sua coloração pode estar escura, às vezes amarelada, tudo dependendo das correntes. Nada que comprometa o banho e a diversão.
Roteiro Lagamar
No trajeto há o canal do Varadouro, a localidade do Abacateiro que é um museu vivo da Cultura do Fandango, Ararapira Velha, igreja antiga.
Dunas e Lagoa do Superagui
Para conhecer essas formações presentes no parque, a partir da Barra do Superagui deve-se seguir pela praia, na direção da Barra da Lagoa e Praia Deserta.
Cicloturismo nas praias do Parque Nacional
Na Ilha das Peças é possível realizar cicloturismo pela praia, ao longo de um percurso de 14km ida e volta, a partir da Vila das Peças. O trecho tem grau médio de dificuldade e deve ser realizado no período de maré baixa. Na Ilha do Superagui, a Praia Deserta tem cerca de 38km de extensão, num percurso onde é possível contemplar as belezas de uma restinga arenosa totalmente preservada. O percurso tem nível médio de dificuldade, deve ser feito durante períodos de maré baixa e com condições meteorológicas favoráveis.
Fandango Caiçara
A região esconde outras riquezas além da biodiversidade vegetal e animal: a cultural, representada pelo Fandango que é considerado Patrimônio Imaterial do Brasil, pelo IPHAN, ainda cultuado e praticado no Norte do Paraná e Sul de São Paulo.
De origem Ibérica, a dança do Fandango era praticada na península europeia para comemorar o final de algum trabalho em mutirão.
O fandango caiçara pode ser conhecido melhor em visitas aos diversos Museus Vivos do Fandango (uma iniciativa do IPHAN para preservar e fortalecer a cultura). Dentre eles destacam-se o Bar Akdov na Vila do Superagui e as comunidades do Abacateiro-PR e Ariri-SP,com fácil acesso por barcos que podem ser fretados nas comunidades.
Revoada dos Papagaios na Ilha do Pinheiro
A Ilha dos Pinheiros, situada entre a Ilha das Peças e Superagui na belíssima Baía dos Pinheiros é o principal dormitório do papagaio-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis), e no final da tarde é possível apreciar o espetáculo da revoada dos papagaios no retorno à Ilha, onde eles costumam pernoitar. Recomendamos manter uma distância respeitosa da Ilha e silêncio para não molestar os papagaios em seu local de descanso.
Baía dos Golfinhos
Os botos (Sotalia guianensis) podem ser vistos por toda a região, com destaque para as águas calmas próximas a Ilha das Peças. Nessa mesma região a raia jamanta (Manta birostris) pode ser avistada, saltando para fora d´água no verão e no outono, principalmente entre janeiro e abril.
Cachoeiras do Sebuí
No entorno do parque podem ser visitadas diversas cachoeiras no rio Sebuí. Existem passeios para as cachoeiras a partir da Comunidade de Sebuí e também na RPPN Sebuí. Para maiores informações contate um guia local.
Canal do Varadouro
O Canal do Varadouro, situado na porção norte da Ilha do Superagui, é a divisa natural entre os Estados de Paraná e São Paulo. O passeio é todo feito de barco, sendo possível avistar paisagens exuberantes ao longo do percurso, onde existem manguezais ainda intactos que são o habitat de bandos de Guará (Eudocimus ruber) e visitar as comunidades tradicionais desta região, como Canudal e Vila Fátima no Superagui/PR e Ariri, localizada na porção continental de São Paulo.
Serviços Turísticos
O Parque Nacional do Superagui ainda não possui infraestrutura instalada para a recepção de visitantes. Porém, existem atrativos naturais e culturais no Parque.
Telefone: (41) 3482-7146 / Facebook
E-mail: parna.superagui@icmbio.gov.br / antonina.guaraquecaba@icmbio.gov.br
Histórico
O Parque Nacional do Superagui está localizado integralmente dentro do município de Guaraqueçaba, no litoral norte do estado do Paraná, fronteira com São Paulo. Foi criado em 1989 com o objetivo de proteger os ecossistemas costeiros, restingas e manguezais, e espécies ameaçadas como o papagaio-de-cara-roxa e o mico-leão-da-cara-preta, endêmico da região. A descoberta de uma nova área de ocorrência do mico, no continente, motivou a ampliação do parque, que em 1997 passou a ter cerca de 34 mil hectares.
Em 1970, Superagui foi inscrito sob o n° 27 no Livro de Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico da Divisão do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural do Paraná. Em 1997, o parque foi ampliado.
As populações existentes na área do parque e de seu entorno são chamadas de caiçaras, em razão da miscigenação entre índios, negros, ecolonos portugueses. A origem da palavra “caiçara” remonta a uma técnica usada para atrair o pescado, podendo ser considerada um método de maricultura extensiva.
Aspectos naturais
Os manguezais estão representados pelo mangue-vermelho e pelo mangue-branco onde também crescem diversas orquídeas. Figueiras e maçarandubas são espécies que constituem a faixa de Mata Atlântica e podem ser vistas na UC.
A região detém uma das maiores áreas com cobertura florestal do Paraná. A área recebeu da UNESCO em 1999, o título de Patrimônio Natural da Humanidade ou Sítio do Patrimônio Natural do Brasil, denominado Mata Atlântica, Reservas do Sudeste SP/PR.
No parque podem ser encontradas espécies ameaçadas de extinção como o mico-leão-de-cara-preta, o papagaio-de-cara-roxa, a suçuarana e o bugio. Compreende a maior parte das ilhas de Superagüi e das Peças, a totalidade das ilhas do Pinheiro e Pinheirinho, e no continente o vale do rio dos Patos. Além de uma imensa riqueza biológica, possui uma riqueza cultural igualmente diversa, com destaque para o fandango que envolve música, dança, formas de sociabilidade e artesanato.
Relevo e clima
O relevo da região do Parque Nacional do Superagui apresenta caráter montanhoso ao norte (Vale do Rio dos Patos) e planícies litorânea ao sul e sudeste (praias, restingas e manguezais).
Clima sub-quente, super-úmido, sem seca (temperado), no inverno pode chegar à temperaturas baixas. Muitas chuvas ao longo de todo ano. A época ideal para visitação é janeiro e fevereiro.
Fauna e Flora
Fauna: O parque abriga em sua fauna alguns animais ameaçados de extinção como o mico-leão-da-cara-preta (Leontopithecus caissara), o papagaio-da-cara-roxa (Amazona brasiliensis), a suçuarana ou onça-parda (Puma concolor capricornensis ), e o trinta-réis-real (Thalasseus maximus).
O mico-leão-de-cara-preta é endêmico da ilha de Superagui, com ocorrência até o município de Ariri, na fronteira com São Paulo. Sua área restrita faz com que a espécie seja considerada criticamente ameaçada de extinção.
Também estão presentes no parque mamíferos como a paca, a cutia, o veado e o porco-do-mato. Muitas aves marinhas povoam a região, juntamente com o tucano, o sabiá e o ameaçado papagaio-de-cara-roxa. Cobras peçonhentas como a jararaca e a coral também ocorrem na área protegida.
Flora: O Parque Nacional do Superagui está inserido no bioma Mata Atlântica e Marinho/Costeiro. Sua flora abrange espécies vegetais como ipês, jacarandás, orquídeas, bromélias e caxetas, além de espécies típicas de manguezais.
Objetivos específicos da unidade
O Parque Nacional do Superagüi abriga importantes amostras dos ecossistemas ali existentes, tais como a Floresta Atlântica, restinga, manguezais, praias e dunas. Considerada um dos cinco ecossistemas costeiros mais notáveis do globo terrestre.
Ingressos
Não há cobrança de ingressos para visitação aos atrativos do Parque Nacional do Superagui e o acesso aos locais tradicionalmente visitados é permitido. Entretanto, para visitar as comunidades tradicionais e interagir com os moradores nativos, sugerimos o acompanhamento de um guia ou condutor de visitantes local.
Localização
O Parque Nacional do Superagui localiza-se no litoral norte do Paraná, no município de Guaraqueçaba, a 181 quilômetros da capital do estado, Curitiba. Em 1997, o parque foi ampliado e passou a incluir a região do Vale do Rio dos Patos.
Como chegar
Para chegar na Vila do Superagui, principal porta de entrada para desfrutar dos atrativos do parque, é necessário pegar um barco nos municípios de Guaraqueçaba ou Paranaguá.
Em Paranaguá há uma linha regular de barco que faz o itinerário até Superagui diariamente na parte da tarde. O barco parte do porto da cidade, na Rua da Praia, também conhecida como Rua General Carneiro. O retorno, pela mesma linha, sai da ilha na parte da manhã para Paranaguá. O traslado é normalmente feito em voadeiras, com tempo de duração aproximada de 1 hora (tanto ida quanto volta).
Também é possível contratar o serviço de transporte de barco de forma particular em Paranaguá ou Guaraqueçaba para acessar a ilha do Superagui ou a ilha das Peças, esta última também parte do parque.
Fonte:
https://www.guaraquecaba.pr.gov.br/
https://www.icmbio.gov.br/portal/visitacao1/unidades-abertas-a-visitacao/209-parque-nacional-do-superagui
https://www.wikiparques.org/wiki/Parque_Nacional_do_Superagui
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