A UC tem esse nome por situar-se na bacia do rio Jaú, nome em tupi que deriva de um dos maiores peixes brasileiros. A criação do Parna fez parte de um processo histórico que se iniciou a partir de meados da década de 1970 com a realização de estudos de áreas amazônicas com potencial para serem convertidas em reservas biológicas.
O Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF) propôs a troca da categoria de manejo de Reserva Biológica para Parque Nacional.
O cenário histórico da formação de toda a região também apresenta importantes peculiaridades, pois o Parque Nacional do Jaú está assentado tanto sobre formações geológicas antigas de 100 a mais de 500 milhões de anos, bem como sobre formações geologicamente mais recentes, cerca de dois a seis milhões de anos.
O parque abriga também relíquias da história da ocupação humana na região. Foram identificados alguns sítios arqueológicos e diversas inscrições em pedras (petroglífos). A região do Parque foi o primeiro pólo de colonização na Amazônia por indígenas, marcado por batalhas pela posse do território.
O Parna do Jaú é o segundo maior parque nacional brasileiro e a maior área florestal tropical contínua do mundo. Turismo no amazonas “Patrimônio Natural da Humanidade”. UNESCO
Atrações e Turismo
O Parque Nacional do Jaú dispõe de atrativos durante todo o ano. Os períodos de seca (normalmente entre setembro e fevereiro) e cheia (entre março e agosto) na Amazônia proporcionam paisagens e experiências diferentes. O ideal é poder conhecer a Amazônia nos seus diferentes ciclos.
Durante o período de seca é possível visitar as praias, corredeiras, pedrais, petróglifos, enquanto na cheia é possível adentrar a mata de igapó e fazer trilhas aquáticas. Normalmente o fluxo de visitantes é baixo durante todo o ano, de modo que o número de encontros com outros grupos é pequeno.
Durante o período de seca é possível visitar as praias, corredeiras, pedrais, petróglifos, enquanto na cheia é possível adentrar a mata de igapó e fazer trilhas aquáticas. Normalmente o fluxo de visitantes é baixo durante todo o ano, de modo que o número de encontros com outros grupos é pequeno.
Atrativo Turístico
Árvores grandiosas: O Parque Nacional do Jaú abriga árvores que testemunharam muitas histórias: Imagem Sumaúma da Enseada - Foto: Josângela Jesus - Sumaúma (ou samaúma), que também são conhecida como Mãe das Árvores, Árvore da Vida ou Escada do Céu, são consideradas as maiores e uma das mais antigas árvores da Amazônia
A samaúma na Amazónia
Os indígenas da Amazónia consideram-na a "mãe-das-árvores", as suas raízes tubulares são também chamadas de sapopembas, que em determinadas épocas rebentam irrigando toda a área em torno dela e o reino vegetal que a circunda. É conhecida como "Árvore da Vida" ou a "escada do céu", o seu diâmetro de porte belo e majestoso unido às sapopembas (raízes), muitas vezes formam verdadeiros compartimentos, transformados em habitações pelos indígenas, caboclos e sertanejos. A sua altura, porte e beleza é o destaque na imensidão da flora amazónica.
Os indígenas da Amazónia consideram-na a "mãe-das-árvores", as suas raízes tubulares são também chamadas de sapopembas, que em determinadas épocas rebentam irrigando toda a área em torno dela e o reino vegetal que a circunda. É conhecida como "Árvore da Vida" ou a "escada do céu", o seu diâmetro de porte belo e majestoso unido às sapopembas (raízes), muitas vezes formam verdadeiros compartimentos, transformados em habitações pelos indígenas, caboclos e sertanejos. A sua altura, porte e beleza é o destaque na imensidão da flora amazónica.
- Macacarecuias: em estudos recentes descobriu-se que são as árvores mais antigas da Amazônia. O parque dispõe de várias áreas com belíssimas e antigas macacarecuias.
Macacarecuias do Lago Santo Antônio, foz do rio Carabinani - Foto: Josângela Jesus
Macacarecuias do Lago Santo Antônio, foz do rio Carabinani - Foto: Josângela Jesus
- Macucus: árvores de grande porte que podem ser encontradas nas áreas de igapó do parque. O Senhor da Mata fica no rio Carabinani e estimula nossa imaginação, revelando seres mágicos. Durante o período de maio a agosto é provável que o Senhor da Mata esteja submerso.
Macucu Senhor da Mata, rio Carabinani - Foto: Josângela Jesus
Macucu Senhor da Mata, rio Carabinani - Foto: Josângela Jesus
Rios espelhados
O Rio Jaú e seus afluentes, com águas negras, são atrativos à parte, encantando os visitantes com o espelhamento perfeito das paisagens compostas pela floresta e o céu incrivelmente azul, ou das estrelas à noite.
Rio Jaú - Foto: Josângela da Silva Jesus
Rio Jaú - Foto: Josângela da Silva Jesus
Praias do RIO NEGRO
Durante a seca, várias praias surgem no Parque Nacional do Jaú, na área do Rio Negro, sendo a Praia da Maquipana a maior delas. Destaca-se também a Praia da Velha, do Boi e da Enseada.
O contraste entre o negro da água e o branco da areia torna as praias uma das maravilhas do parque, que convidam os visitantes para banhar-se e relaxar em suas águas quentes.
Praia da Velha - Foto: Josângela da Silva Jesus
Praia da Velha - Foto: Josângela da Silva Jesus
Banho e contemplação à natureza nos rios carabinani e jaú
O Rio Carabinani é o atrativo mais visitado do Parque Nacional do Jaú e sua beleza justifica a procura. Durante a seca, são formadas corredeiras e pequenas cachoeiras de grande beleza cênica, propícias para a contemplação da natureza, banho, meditação, esportes aquáticos, dentre outras atividades.
A cachoeira do Rio Jaú também oferece essas possibilidades ao visitante, estando a uma distância um pouco maior.
Cachoeira do Guariba, Rio Carabinani - Foto: Josângela da Silva Jesus
A cachoeira do Rio Jaú também oferece essas possibilidades ao visitante, estando a uma distância um pouco maior.
Cachoeira do Guariba, Rio Carabinani - Foto: Josângela da Silva Jesus
Canoagem e outras atividades esportivas em águas
Os rios Carabinani e Jaú, com suas corredeiras, apresentam grande beleza cênica e a possibilidade de realização de atividades esportivas, como canoagem, boia-cross e rafting. Esse último mais com objetivo contemplativo que de aventura, já que somente uma das corredeiras, a Guariba, apresentam grau de dificuldade maior.
Deve-se considerar que o parque não tem estruturas de resgate e comunicação.
Canoagem nas corredeiras dos rios Carabinani e Jaú - Foto: Josângela da Silva Jesus
Canoagem nas corredeiras dos rios Carabinani e Jaú - Foto: Josângela da Silva Jesus
Trilhas terrestres
"Pegada das trilhas do Mosaico do Baixo Rio Negro"
De trilhas curtas a longo curso é possível adentrar a floresta amazônica e apreciar a beleza de cada detalhe, na ansiedade de avistar animais, encontrar árvores gigantes e de mergulhar nas águas de pequenas cachoeiras. O parque possui um sistema de trilhas que busca atender as expectativas dos diferentes perfis de visitantes. Esse sistema integra o Caminho do Rio Negro, que está em estruturação para ligar as unidades de conservação do Baixo Rio Negro.
De trilhas curtas a longo curso é possível adentrar a floresta amazônica e apreciar a beleza de cada detalhe, na ansiedade de avistar animais, encontrar árvores gigantes e de mergulhar nas águas de pequenas cachoeiras. O parque possui um sistema de trilhas que busca atender as expectativas dos diferentes perfis de visitantes. Esse sistema integra o Caminho do Rio Negro, que está em estruturação para ligar as unidades de conservação do Baixo Rio Negro.
trilha do Itaubal: a mais procurada, com 3,5 km de extensão em formato circular, oferecendo como experiência um contato íntimo com a natureza, com possibilidade de avistamento de diversas espécies da flora e da fauna nativa e banho na cachoeira do Itaubal.
Trilha do Pesquisador: com extensão de 5 km em formato linear, passa por ambientes como a mata alagada de igapó, capoeira, mata de terra firme, campinarana alta e baixa e campina, com grande potencial para observação de aves.
Trilha dos Igapós do Carabinani: possui aproximadamente 3 km de extensão em formato linear, e em sua grande parte margeia o rio Carabinani, facilitando o acesso às corredeiras localizadas em áreas inacessíveis a embarcações.
Trilha do Seringalzinho: localizada na comunidade de mesmo nome, possui 2,5 km de percurso linear, com grande variedade de flora e possibilidade de ver animais silvestres, terminando em um buritizal, ideal para observação de aves.
Trilhas da Sumaúma da Enseada e Sumaúmas da Base: são curtas, com aproximadamente 150 m e 1 km respectivamente, e oferecem a oportunidade de contato com árvores de grande porte.
Trilha da Biodiversidade: fica na foz do rio Jaú e possui 1 km. Um dos principais atrativos da trilha é um castanhal que os visitantes podem percorrer, entendendo como se dá a distribuição de um dos principais recursos extrativistas da Amazônia.
Trekking do Interflúvio: é uma trilha de longo curso, de aproximadamente 60 km, que demanda 3 pernoites na floresta, em acampamento selvagem, com uso de rede e lona. A captação de água se dá diretamente em nascentes, sendo recomendado o uso de purificadores. Também é necessário levar fogareiros portáteis, pois é proibido o uso de fogueiras nessa área. É uma atividade que demanda planejamento e envolvimento de condutores da comunidade local, que conhecem bem o trajeto, assim como combinar o resgate do ponto final da trilha.
Existem outras trilhas previstas no Plano de Uso Público do Parque, mas ainda não estão manejadas.
Trilhas Aquáticas / Excursões de canoas
No período de cheia, as trilhas aquáticas são uma excelente oportunidade para o visitante percorrer de barco entre as árvores das ilhas inundadas do Rio Negro ou das margens do Rio Jaú.
Destaca-se o Lago Santo Antônio, o Furo do Sabino, Igarapé do Gavião, Furo da Enseada, Igarapé Preto, que fica no entorno, mas com acesso pelo parque, e o Circuito Aquático da Cachoeira do Jaú, onde é possível o avistamento de grupos de macacos bicós (uacari, cacajao malanocephalus) e outras espécies nativas.
Destaca-se o Lago Santo Antônio, o Furo do Sabino, Igarapé do Gavião, Furo da Enseada, Igarapé Preto, que fica no entorno, mas com acesso pelo parque, e o Circuito Aquático da Cachoeira do Jaú, onde é possível o avistamento de grupos de macacos bicós (uacari, cacajao malanocephalus) e outras espécies nativas.
Observação de aves (Birdwatching)
Sakesphorus canadensis - choca-de-crista-preta - Foto: Robson Czaban
A observação de aves é um segmento do turismo que tem bastante espaço no Parque Nacional do Jaú, podendo ser realizado nas trilhas terrestres, aquáticas, ilhas e praias.
A observação de aves é um segmento do turismo que tem bastante espaço no Parque Nacional do Jaú, podendo ser realizado nas trilhas terrestres, aquáticas, ilhas e praias.
O inventário da avifauna do parque catalogou a presença de 445 espécies, sendo que esse número deve ser maior, pois os estudos se concentraram em algumas áreas da unidade. A heterogeneidade de hábitats encontrados no parque, que incluem matas de terra firme, matas de igapó, campinaranas, entre outros, explica em parte a alta diversidade de espécies de aves. Trilhas, como a do Pesquisador, tem um potencial grande para a atividade, com seus diferentes ambientes, indo de mata de igapó à campina.
Observação dos petróglifos
O Parna do Jaú possui um rico patrimônio arqueológico, principalmente nas proximidades da boca do Rio Jaú, tanto no Rio Jaú como no Negro. Também é possível encontrar uma área com vários registros no entorno imediato do parque.
A observação dos Petróglifos é uma atividade sazonal, na época da seca, com acessibilidade somente via fluvial com canoas.
Por ser um patrimônio frágil, os visitantes devem tomar cuidado para não bater com as embarcações nas gravuras nem as tocar.
É possível percorrer os sítios de petróglifos numa trilha aquática de 31 km, passando ainda por áreas de praias e no meio de ilhas.
Observação noturna
O turismo de observação é o segmento do ecoturismo onde o ecoturista vai para alguma área natural e passa a observar sua beleza, contemplando-a, ou especificamente algum ou alguns de seus elementos como as aves os mamíferos. Durante as noites é possível sair pelos rios, igapós e igarapés para observar a fauna de hábito noturno.
Respeite as normas: é possível chegar perto dos animais silvestres, mas essa harmonia só funciona se os limites forem respeitados, incluindo a distância mínima a ser mantida e, principalmente, não intervindo no habitat dos animais. Usar comida para atrair onça-pintada é perigoso e proibido por lei;
Escalada em árvore
A escalada em árvore, ou tree climbing, com uso de técnicas de rapel, possibilita a observação de fauna e flora e da paisagem desde a copa das árvores de grande porte do parque. As sumaúmas são as principais atrações nessa atividade, e no parna se destacam quatro delas, sendo uma na Enseada, duas na Base e uma na Cachoeira. Para essa atividade, é necessário tratar com empresas especializadas de Manaus que contam com equipamentos específicos.
Serviços Turísticos
Exuberância do Parque Nacional do Jaú, trecho entre Novo Airão e Barcelos. Imagem: Chico Batata
Ingressos: Atualmente não é feita cobrança da taxa de entrada no Parque, mas é necessário ter uma autorização de entrada, através do preenchimento de um formulário com as informações sobre os visitantes e da visita.
Ingressos: Atualmente não é feita cobrança da taxa de entrada no Parque, mas é necessário ter uma autorização de entrada, através do preenchimento de um formulário com as informações sobre os visitantes e da visita.
É possível obter a autorização através de e-mail (parnajau@icmbio.gov.br) ou diretamente no escritório do parque, em horário comercial.
A permanência no parque está permitida 24 horas, mas a passagem de entrada e saída na base avançada do Parque Nacional do Jaú deve ocorrer entre 7h e 20h.
Orientações
Principais Regras para a Visitação
Leve somente fotografias, o que é da natureza, fica com a natureza;
Não corte ou colha flores e plantas;
É proibido depredar a vegetação, inclusive extrair madeira, coletar plantas visando qualquer uso e corte da vegetação para abertura de trilhas e áreas para acampamento;
Traga seu lixo de volta para a cidade, não jogue nas trilhas e nos rios;
Seja cortês, respeite as comunidades anfitriãs, funcionários e outros visitantes, inclusive solicitando ao condutor que diminua a velocidade da embarcação ao passar em frente às casas de moradores;
Ao avistar animais, não se aproxime muito, não tente pegá-lo ou alimentá-lo. Cobre para que seu condutor também não faça;
Não toque nos petróglifos;
Não compre nem leve artefatos arqueológicos;
Na época das praias, só usufrua das suas belezas das 07h00 às 18h00. Durante a noite, as praias são usadas pelas tartarugas para desova;
Cobre do seu condutor o respeito às regras da natureza e do parque;
Cobre que a empresa ou condutor contratado não pague comunitários com bebidas alcóolicas;
Não é permitido realizar pesca esportiva;
É proibido caçar, aprisionar, transportar e comercializar animais silvestres;
É proibido provocar queimadas;
Não é permitido portar petrechos de pesca, pescar ou molestar animais silvestres; e
Não é permitido entrar no parque com animais domésticos.
Recomendações
Mosquiteiros; Repelente; Protetor solar; Boné e óculos escuros; Para as trilhas, estar vestido com calça comprida, meia e tênis ou bota; Perneira contra animais peçonhentos nas trilhas; Blusas de manga compridas para proteger contra o sol e contra insetos quando estiver dentro da floresta; Capa de chuva ou roupas impermeáveis; Medicamentos próprios (anti-histamínico, por exemplo); e Baterias e cartões de memória extras.
Infraestrutura disponível
Centro de Atendimento ao Turista, onde você pode obter mais informações, logo após a entrada da cidade, na Avenida Ajuricaba.
o CAT de Novo Airão você pode encontrar uma pequena exposição sobre o Parna Jaú.
Base avançada: 2 alojamentos flutuantes (8 cômodos); 1 casa de madeira ( 410 m2 ); 1 lancha; 6 canoas; 6 motores de popa; 2 botes; 1 Toyota; automóveis: 1 balsa flutuante; material de escritório; equipamento de audio e vídeo e 1 rádio transmissor.
o CAT de Novo Airão você pode encontrar uma pequena exposição sobre o Parna Jaú.
Base avançada: 2 alojamentos flutuantes (8 cômodos); 1 casa de madeira ( 410 m2 ); 1 lancha; 6 canoas; 6 motores de popa; 2 botes; 1 Toyota; automóveis: 1 balsa flutuante; material de escritório; equipamento de audio e vídeo e 1 rádio transmissor.
CONTATO - ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA
Rua Antenor Carlos Frederico n° 69 – N. Sra. Auxiliadora – Novo Airão/AM – 69.730-000
Email: parnajau@icmbio.gov.br
Telefone: (92) 3365-1345 (horário comercial)
Facebook: facebook.com/parquenacionaldojau
Instagram: @parquenacionaldojau
Para maiores informações contate o IBAMA
Rua Ministro João Gonçalves de Sousa s/n – Km 1 – BR-319 Km 01 (Supes/AM) 69075-830 – Manaus – AM
Aspectos culturais e históricos
No Rio Negro, próximo ao rio Jaú estão localizadas as ruínas de Airão Velho, que foi o povoado mais antigo da colonização portuguesa no rio Negro e foi um importante centro de comércio durante o Ciclo da Borracha. Por toda a região do Parque, nos rios Negro, Jaú e Unini, existem vestígios de antigos povos indígenas, na forma de cerâmica e petroglifos.
A bacia do rio Jaú, que banha o parque, recebeu o nome graças a um dos maiores peixes brasileiros. A palavra Jaú, que vem do Tupi, também acabou nomeando o segundo maior parque nacional do Brasil.
Uma das peculiaridades mais extraordinárias do Parque Nacional do Jaú é o fato de ser esta a única Unidade de Conservação do Brasil que protege totalmente a bacia de um rio extenso e volumoso: a do rio Jaú, de aproximadamente 450 km. Dessa forma, preserva-se o ecossistema de águas pretas.
Quilombo do Tambor - Há que se destacar que o Parque foi criado sem levar em consideração a existência de centenas de famílias que vivem ali há décadas, com destaque para a comunidade Quilombola do Tambor. Hoje vivem ali dezenas de famílias que lutam para manter seus direitos e garantir sua qualidade de vida. Em 2006, a comunidade remanescente de quilombo do Tambor, localizada no Rio Jaú, foi reconhecida oficialmente pela Fundação Cultural Palmares, sob o Registro nº 563, Fl. 73, de 19 de maio de 2006, através da Portaria nº 11, de julho de 2006. Diário Oficial da União, nº 108, 07/07/2006. Até o momento eles lutam pela demarcação de sua terra, em processo que está na justiça.
Aspectos naturais
O Parque Nacional do Jaú é a quarta maior reserva florestal do Brasil e o terceiro maior parque do mundo em floresta tropical úmida intacta. Em 2000, o Parque foi inscrito pela UNESCO na lista do Patrimônio Mundial por contar com a exuberância da Floresta Amazônica e toda sua biodiversidade de flora e fauna. O Parna também faz parte do Corredor Central da Amazônia e é uma das reservas mais representativas da flora e fauna das bacias de águas pretas na Amazônia Central. Imagem: parquenacionaldojau
Uma das peculiaridades é o fato de ser esta a única Unidade de Conservação do Brasil que protege totalmente a bacia de um rio extenso e volumoso: a do rio Jaú de aproximadamente 450 km, preservando o ecossistema de águas pretas.
Os rios, lagos e igarapés no Parque são muito importantes para a flora e a fauna. As algas produzidos neste sistema formam a base da cadeia alimentar que inclui peixes, aves e mamíferos, inclusive o homem.
Sua biodiversidade é tão rica quanto desconhecida, abriga animais pouco conhecidos pela ciência e um dos fatores responsáveis pela ocorrência de tantas espécies no Parque é o grande número de habitats. A UC contém um número significativo de espécies que constam da lista brasileira e ou das listas estaduais de espécies ameaçadas de extinção com níveis significativos de biodiversidade. A UC ainda protege ecossistemas cuja abrangência tem diminuído significativamente.
Relevo e clima
O clima é típico de florestas tropicais constantemente úmido. O período mais chuvoso e, portanto, menos indicado para visitas, vai de dezembro a abril e menos chuvoso entre julho e setembro.
O clima na região é quente-úmido com temperaturas médias de 26 a 27ºC e pluviosidade entre 2.000 mm e 2.250 mm.
Quando à composição dos solos é podzólico vermelho-amarelo álico e plíntico, laterita hidromórfica e podzol hidromórfico.
Fauna e flora
Imagem: O tucuxi, também conhecido como boto-preto e pirajaguara, é uma espécie de golfinho de água doce existente na bacia do Amazonas.
Em sua biodiversidade tropical riquíssima existem sete tipos de vegetação amazônica. Nas áreas inundáveis das margens dos rios estão espécies como o açaizeiro e a palmeira, também encontrada nas áreas aluviais, ocasionalmente inundadas. Os terrenos de maior altitude abrigam os aburtos: amapá-doce, jarana e mangarana. Castanheiras-do-pará, maçarandubas, angelins-rajados e sucupiras são só algumas das espécies presentes na área de floresta tropical mais densa.
Em sua biodiversidade tropical riquíssima existem sete tipos de vegetação amazônica. Nas áreas inundáveis das margens dos rios estão espécies como o açaizeiro e a palmeira, também encontrada nas áreas aluviais, ocasionalmente inundadas. Os terrenos de maior altitude abrigam os aburtos: amapá-doce, jarana e mangarana. Castanheiras-do-pará, maçarandubas, angelins-rajados e sucupiras são só algumas das espécies presentes na área de floresta tropical mais densa.
Há 400 espécies de plantas e 263 diferentes peixes, alguns nunca catalogados anteriormente. Sua vegetação é composta por floresta de terra firme e de igapó, caimpinaranas, buritizais e capoeiras.
Nas florestas de terra firme, existem a floresta de igapó, caimpinaranas, buritizais e capoeiras. Os estudos botânicos desenvolvidos catalogaram cerca de 400 espécies de plantas. Várias destas espécies estão restritas a determinados ambientes encontrados no Parque.
As matas de igapó e as matas de terra firme possuem composições de plantas totalmente diferentes. Espécies como a macaricuia e o macucu do igapé são encontrados exclusivamente em matas inundadas.
O parque possui 60% das espécies de peixes catalogados na Bacia do Rio Negro, destacando-se o tucunaré, o tambaqui e o pirarucu. Mais da metade das espécies de répteis típicas da região é encontrada ali. O Parna do Jaú abriga a maior variedade de aves da Amazônia Central e diversas espécies de mamíferos como a suçuarana, o gato-do-mato, a jaguatirica, a onça-pintada, além do peixe-boi, a ariranha e o boto cinza, tucuxi.
Histórico
O Parque Nacional do Jaú é uma unidade de conservação federal de 2.272.000 hectares de área, localizada entre os municípios de Novo Airão e Barcelos, no Baixo Rio Negro, Amazonas.
Ele protege uma das maiores extensões de florestas tropicais úmidas contínuas do mundo. Destaca-se por ser o único parque do Brasil que protege praticamente a totalidade da bacia hidrográfica de um rio de águas pretas, o rio Jaú. Os seus limites são demarcados pela bacia hidrográfica do rio Jaú e estendem-se até as águas do rio Carabinani, ao sul, e as dos rios Unini e Paunini, ao norte. O rio Negro forma o limite leste do parque.
Criado em setembro de 1980, o Parque Nacional (Parna) do Jaú é assim denominado por situar-se na bacia do rio Jaú (do tupi ya’ú), nome que deriva de um dos maiores peixes brasileiros, o jaú (Zungaro sp).
O cenário histórico da formação de toda a região apresenta importantes peculiaridades, pois o Parque Nacional do Jaú está assentado tanto sobre formações geológicas antigas de 100 a mais de 500 milhões de anos, bem como sobre formações geologicamente mais recentes, cerca de dois a seis milhões de anos. Além disso, o parque abriga também relíquias da história da ocupação humana na região. Foram identificados vários sítios arqueológicos e diversas inscrições em pedras (petróglífos).
O Parna do Jaú foi reconhecido como Sítio do Patrimônio Mundial Natural e Reserva da Biosfera pela Organização das Nações Unidas pela Educação, Ciência e Cultura (Unesco) e integra o Sítio de Ramsar Rio Negro. O parque também faz parte do Corredor Central da Amazônia e é uma das reservas mais representativas da flora e fauna das bacias de águas pretas na Amazônia Central. Sua biodiversidade é tão rica quanto desconhecida, abriga animais pouco conhecidos pela ciência e um dos fatores responsáveis pela ocorrência de tantas espécies no parque é o grande número de habitats.
Percorrer os cursos d’água em uma voadeira é a melhor forma de conhecer e apreciar as belezas da região. Ao longo dos rios Jaú, Carabinani e Unini, o visitante pode observar bandos de araras e papagaios sobrevoando a floresta de igapós. Na parte mais calma, orquídeas floridas refletem sua delicada forma nas águas escuras. Extensas praias de areia clara formam-se no rio Negro - entre novembro e janeiro -, nas proximidades da foz do rio Jaú.
Objetivos específicos da unidade
A missão do parque é preservar o ecossistema amazônico de água preta a partir da sensibilização pela educação ambiental, da interação com as comunidades locais, do turismo sustentável e da busca pelo conhecimento com incentivo à pesquisa, cumprindo seu objetivo enquanto megarreserva e sítio do patrimônio mundial natural para as gerações atuais e futuras.
Localiza-se nas cidades de Novo Airão e Barcelos, a 220 km da capital do Amazonas, Manaus.
Como chegar
É possível chegar ao Parque combinando vias aérea, rodoviária e fluvial. • Partindo diretamente de Manaus:
Rota Fluvial – O deslocamento pode ser feito através de embarcações regionais, que levam em média 14 a 18 horas, ou voadeiras, que levam 5 horas. Diversos operadores de turismo trabalham com a rota Manaus – Parque Nacional do Jaú.
Rota Aérea – Por meio de hidroavião monomotor, bimotor ou helicópteros fretados em Manaus. Um hidroavião monomotor leva cerca de 1 hora de viagem; um bimotor cerca de 45 minutos e um helicóptero em torno de 1 hora. Nesse caso, o visitante precisará providenciar voadeiras para realizar os passeios no parque.
• Passando por Novo Airão, existem algumas alternativas:
Rota terrestre de Manaus para Novo Airão – Este trajeto pode ser feito em veículo particular, ônibus intermunicipal, táxi-lotação ou embarcação.
Novo Airão fica a 187 km de Manaus, com acesso pelas rodovias AM – 070 e AM - 352. O acesso a Novo Airão realiza-se a partir da rodovia que liga Manaus a Manacapuru (AM – 070), após a travessia da Ponte do Rio Negro. Feita a travessia, dirija-se em direção a Manacapuru por cerca de 80 Km e antes de chegar à sede do município, siga por mais 98 Km até Novo Airão, através da AM – 352. As duas rodovias são pavimentadas, estando a primeira com cerca de 35 km duplicados e o restante do percurso em estado de conservação que não é bom.
Existem ônibus que fazem o percurso Manaus - Novo Airão diariamente. O ônibus sai do terminal rodoviário de Manaus e leva aproximadamente 4 horas de viagem. Uma terceira opção é pegar um táxi-lotação para Novo Airão. Os táxis ficam estacionados no início da Ponte do Rio Negro, na cidade de Manaus. A viagem leva aproximadamente 2h30.
Os telefones da cooperativa de taxi são: Em Manaus: (92) 99428-0595 Em Novo Airão: (92) 99168-0804
Rota Fluvial – Existem embarcações de linha, recreio, que fazem o percurso de Manaus a Novo Airão. Os barcos do tipo recreio que saem de Manaus, do Porto São Raimundo, e levam em torno de 8 horas até Novo Airão. Eles transitam pela hidrovia do rio Negro, passando pelo Parque Nacional do Jaú. De Novo Airão até o parque não existe transporte regular, mas é possível contratar empresas operadoras de turismo ou barcos das associações de transportes turísticos locais.
Fonte:
https://www.icmbio.gov.br/portal/visitacao1/unidades-abertas-a-visitacao/189-parque-nacional-do-jau
https://www.wikiparques.org/wiki/Parque_Nacional_do_Ja%C3%BA
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