O ser humano desde os tempos mais remotos deslocava-se em busca de alimentos, abrigo e ambientes onde pudesse praticar a caça para sua sobrevivência. Certamente ao fazer isso não estava praticando turismo em sua forma atualmente conhecida, mas estava dando os primeiros passos para a evolução do fenômeno entre os seres humanos.
A invenção da roda, da escrita “cuneiforme” e do dinheiro em torno de 4.000 a.C., podem ser reconhecidos como passos pioneiros da atividade turística que, a partir de então possibilitou um maior deslocamento devido à evolução dos sistemas de transportes e o surgimento das primeiras estradas, além da possibilidade de utilizar hospedagens que, com a invenção do dinheiro podiam ser pagas.
Neste período as civilizações em busca de conquistas de novos territórios, foram aprimorando os meios de transporte e comunicação, como a civilização romana que construiu estradas planejadas abrangendo cerca de 80 mil quilômetros do seu império, criou guias e manuais de viagem e deixou seus grafite em todos os lugares por onde passaram.
No período compreendido entre as civilizações da Roma antiga até a Revolução Industrial, as viagens caracterizavam-se pela dimensão elitista e pela falta de estruturas turísticas especializadas, ou seja, nesta época existia um “proteturismo” onde somente uma elite tinha acesso às viagens. Tanto que nos séculos XVII e XVIII o chamado “Grand Tour” era a grande experiência elitista onde diplomados, empresários e estudiosos deslocavam-se para centros culturais europeus em busca de experiências em viagens que podiam durar até três anos.
Esta condição de “proteturismo” começou a mudar a partir do século XIX quando o turismo passou a se desenvolver de maneira organizada, graças a construção de ferrovias na Europa e América do Norte e do pioneirismo dos ingleses Thomas Bennet (primeiro a organizar pacotes individuais de turismo), Robert Smart (primeiro agente de navios) e Thomas Cook o primeiro agente de viagens a organizar uma excursão ferroviária para um congresso antialcoólico em Leicester em 1841.
A partir disso, o turismo passou a ser considerado um bem de consumo disponível e acessível a praticamente todos os níveis sociais, sendo que, por volta dos anos 20 nasce nos EUA um segmento de turismo que difunde-se depois da Segunda guerra mundial na Europa e outros continentes chamado Turismo de Massa.
Os rápidos avanços tecnológicos e o desenvolvimento dos meios de transporte, dos meios de hospedagem, das opções de lazer, entretenimento, dos meios de comunicação e das facilidades de pagamento (cartões de crédito, traveller’s check) tornaram a atividade turística uma das mais rentáveis do mundo.
O que no passado era um privilégio de poucos transformou-se em um bem acessível a todos, uma vez que não é preciso nem mesmo sair de casa para que se possa fazer um turismo virtual através da internet, além de haver opções de destinos e pacotes que atendem a uma economia de escala.
As opções de viagem são tantas que fica até difícil escolher o destino, uma vez que nem mesmo o espaço é o limite. Neste caso, o ser humano comprova que o céu não é mais o limite e que desde a caverna até a conquista do espaço e outros planetas, a humanidade jamais deixou de deslocar-se em busca de novas experiências.
Por: Claudia Cristina Sanzovo
Bacharel em Turismo- UNIOESTE
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