sábado, 27 de julho de 2019

Parque Nacional do Monte Roraima - Turismo



Parque Nacional do Monte Roraima foi criado em 28 de junho de 1989 pelo então presidente da república do Brasil José Sarney, através do Decreto nº 97.887. No parque encontram-se savanas, florestas de altitude e rios de correnteza forte. Também se localizam no parque algumas das mais antigas montanhas da terra, destacando-se o Monte Roraima, além da Terra Indígena Raposa Serra do Sol.

Objetivos específicos da unidade
Como objetivo específico, a unidade pretende servir como banco genético de espécies vegetais e animais, além de garantir a evolução natural dos ecossistemas protegidos do Parque. A proteção das espécies da flora endêmicas, raras e vulneráveis ou ameaçadas de extinção é também um dos objetivos da UC, assim como a preservação das nascentes das bacias do rio Cotingo e Uailan.

O fomento à pesquisa, ao monitoramento ambiental e a valorização de sítios arqueológicos da região e o resgate cultural indígena das terras Raposa Serra do Sol fazem parte dos objetivos específicos. No entanto, esse lugar chama atenção principalmente por causa de um de seus atrativos, o Salto Angel, a maior cachoeira existente no planeta, com quase mil metros de altura e uma queda sem interrupção de um pouco mais de 800 metros.

Atrações
O Parque não está aberto à visitação pública, mas é possível realizar visitas controlas com autorização prévia do ICMBio.



Do alto do Monte Roraima que tem 2.875 metros de altitude, é possível observar a formação geográfica caracterizada por grandes fendas. A trilha para o Monte é de grande dificuldade e exige experiência dos visitantes.

Um grande atrativo são as cachoeiras que despencam dos temuis. Uma delas, o Salto Angel, é a maior queda d´água do mundo com 979 metros. Devido às constantes chuvas, a região possui inúmeras pequenas lagoas e rios, como o Cotingo.



Aspectos naturais

O Monte Roraima faz parte do Maciço Paracaíma, que começou a surgir há cerca de 1,8 bilhões de anos. A área do Parque é coberta por formações de floresta amazônica abrigando uma grande diversidade de fauna e flora. Estima-se que a vegetação dessa região, ainda com pouca incidência de pesquisas científicas, formou-se há 120 milhões de anos e reúne mais de duas mil espécies diferentes de plantas.

Com 2.875 metros de altitude, o Monte Roraima é o marco divisor da tríplice fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana.
imagem: Marco Brasil-Venezuela número zero, na tríplice fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana, no alto do monte Roraima

Monte Roraima
O monte Roraima é uma montanha localizada na América do Sul, na tríplice fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana. Constitui um tepui, um tipo de monte em formato de mesa bastante característico do planalto das Guianas. Delimitado por falésias de cerca de 1.000 metros de altura, seu planalto apresenta um ambiente totalmente diferente da floresta tropical e da savana que se estende a seus pés. Assim, o alto índice pluviométrico promoveu a formação de pseudocarstes e de numerosas cavernas, além do processo de lixiviação do solo. A flora adaptou-se a essas condições climáticas e geológicas com um elevado grau de endemismo, onde encontram-se diversas espécies de plantas carnívoras – que retiram dos insetos capturados os nutrientes que faltam no solo. A fauna também é marcada por um acentuado endemismo, especialmente entre répteis e anfíbios. Esse ambiente é protegido no território venezuelano pelo Parque Nacional Canaima e no território brasileiro pelo Parque Nacional do Monte Roraima. Seu ponto culminante eleva-se no extremo sul, no estado venezuelano de Bolívar, a 2810 metros de altitude. O segundo ponto mais alto, com 2772 metros, localiza-se ao norte do planalto, em território guianense, próximo ao marco de fronteira entre os três países.

Toponímia
O monte Roraima é denominado em espanhol como tepuy Roraima ou cerro Roraima. No entanto, a grafia correta seria Roroima. Seu ponto culminante é a Maverick Stone, nome dado em virtude de sua semelhança com o veículo de mesmo nome, fabricado pela Ford.

Salto Ángel e Monte Roraima: Devido à sua proximidade com a Linha do Equador, o monte Roraima é influenciado pelo clima tropical. Caracterizada pela Gran Sabana, apresenta temperatura média anual entre 20 e 22 °C e índice pluviométrico de cerca de 1.500 milímetros – podendo atingir níveis entre 1.800 e 3.000 milímetros, dependendo das condições orográficas, além de uma estação seca entre os meses de dezembro e março.

As condições climáticas no topo da montanha apresentam significativas diferenças em relação à sua base. Assim, a temperatura média – que não passa dos 10 °C durante o dia – pode chegar aos 2 °C à noite. A alta nebulosidade da região – associada aos ventos dominantes do nordeste e do sudeste – é responsável por um índice pluviométrico de 2.000 a 4.000 milímetros, o que mantem a umidade relativa do ar entre 75 e 85%.



Mitologia
A lenda do Monte Roraima surgiu na tribo dos índios Macuxi, que ali habitavam. Conta que antigamente não havia nenhuma elevação naquelas terras. Muitas tribos indígenas viviam naquela área plana e fértil onde a caça, a pesca e outros frutos eram abundantes. Porém, num dia, nasceu num local uma bananeira, uma árvore que nunca aparecera ali antes. Tornou-se, rapidamente, viçosa e cheia de belos frutos, mas um recado divino foi dado aos pajés, de que ninguém poderia tocar nela ou em seus frutos, pois aquele era um ser sagrado; Se alguém o fizesse, inúmeras desgraças aconteceriam ao povo daquela terra. Todos obedeceram ao aviso que lhes foi dado. Porém, ao amanhecer de um certo dia, a tribo percebeu que haviam cortado a árvore e, em instantes, a natureza revoltou-se. Trovões e relâmpagos rasgavam o céu deixando todos assustados. Os animais fugiam. E do centro da Terra surgiu o Monte Roraima, elevando-se imponente até o céu. Pessoas dizem que até hoje o monte "chora" pela violação no passado.

Geografia
O Parque Nacional Monte Roraima fica no município de Uiramutã, no estado de Roraima. Possui uma área de 116.747,80 hectares.

O parque inclui parte da bacia do rio Cotingo, onde foram feitos planos para uma usina hidrelétrica. A área tem alto potencial para mineração, agricultura, pecuária e ecoturismo, o que resulta em tensão entre a população indígena e os fazendeiros e colonos.

Relevo e clima
O clima na região é tropical chuvoso com nítida estação seca. A temperatura varia entre 24 e 26°C.

O relevo é aplainado com recorte. O Monte Roraima brasileiro é a parte sul de um dos conjuntos de planaltos areníticos tabulares existentes na fronteira com a Venezuela, onde recebem os nomes de Ayam Tepui e Uei Assipu.

A região é formada de grande mesa de topos geralmente aplainados, que representam relevos residuais, que se estendem ao norte, em territórios da Venezuela e Guiana. Suas altitudes variam de 1.000 e 3.000 metros aproximadamente, encontrando-se os dois pontos culminantes do país: serra da Neblina com 3.000 m e o Monte Roraima com 2.875 m.

O Monte Roraima situado no extremo noroeste da área, no conjunto da serra Pacaraíma é representado por pequena área em território brasileiro. Constitui uma grande mesa de topo horizontalizado, com formato irregular. Outros relevos estruturais ocorrem nos seus arredores como a serra do Sol, à sudeste, com 2.400 m de altitude.

Topografia e hidrografia
O parque inclui parte da Serra de Pacaraima, que separam o Brasil da Venezuela e da Guiana. É nomeado por conta do Monte Roraima, o mais alto das montanhas tepui, com quase 3.000 metros de altitude, sendo um dos mais altos da cadeia Pacaraima. A montanha tem um topo plano que contém um monumento, o Marco da Triplice Fronteira, onde se encontram as fronteiras da Venezuela, Guiana e Brasil.

As altitudes no parque variam de 920 a 2780 metros. As montanhas geralmente são planas e orladas por penhascos íngremes e parcialmente desnudados, que são cercados por largos frontões cortados por ravinas que se fundem nos relevos dissecados mais baixos da cordilheira de Pacaraima. A Serra do Sol, ao sudeste, tem altitudes de até 2.400 metros.

O parque contém as nascentes dos rios mais setentrionais que correm para o sul na bacia do rio Branco. Estes incluem o rio Cotingo, com suas nascentes no sopé do Monte Roraima, o rio Panari no extremo norte ao sul da serra Caburaí, o rio Maú, que forma a fronteira entre o Brasil e a Guiana, e o rio Uailan. perto das montanhas de Uailan.[1] Os rios Cotingo e Maú possuem trechos contínuos de corredeiras e cachoeiras, incluindo a cachoeira Garã Garã no Maú.

Meio Ambiente
O Parque Nacional Monte Roraima está no bioma da Amazônia. As temperaturas variam de 2 a 18°C com uma média de 10°C. A precipitação média anual é de 1.900 milímetros.[1] A região possui diversas paisagens ajudam a conservar a biodiversidade, embora careça de espaço. Contém uma área de 9.900 hectares de savanas, 8,7% da área total. Esta área inclui florestas e pastagens.[6] A floresta inclui ecossistemas de planalto e montanhosos. O primeiro tem pequenas manchas de floresta densa com árvores emergentes, enquanto o segundo tem floresta densa com dossel fechado nas encostas, aberto nos cumes e áreas mais planas. Existem várias espécies endêmicas adaptadas ao clima severo da montanha, onde as temperaturas podem variar de 4 a 25°C em um período de 24 horas.

Fauna e flora
Anomaloglossus roraima: A fauna é típica da região amazônica caracterizada por espécies de quelônios e mamíferos. Pouco se sabe sobre a fauna do Parque Nacional de Monte Roraima, pois nenhum levantamento detalhado foi realizado até o momento na área. No entanto, devido a riqueza de ambientes e tipos vegetacionais, é de se esperar que a fauna da região seja bastante rica em diversidade de espécies.

Essa heterogeneidade se deve à grande quantidade de chuvas, às variações de altitudes que contribuem para a grande diversidade e para a presença de espécies endêmicas.

Bejaria imthurnii

Na década de 90, foram identificados 114 espécies de animais na região do rio Cotingo. Dentre eles tem-se 34 espécies de mamíferos, 46 de aves, 21 de répteis e 3 de anfíbios.


Histórico
O Parque foi criado pelo Governo Federal no âmbito da homologação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol. Antes da criação da UC, já existia uma área indígena nas terras ao redor, Ingaricó. O Monte Roraima é considerado pelos povos indígenas venezuelanos (Pémons) e brasileiros (Ingaricó e Macuxi) como “A Casa de Macunaíma”. Os Pémons chamam ainda de “Mãe de todas as Águas”.

A área do Parque abrigava tribos indígenas. Os primeiros registros de explorações na região datam do final do século 16 quando o inglês Sir Walter Raleigh cruzou a floresta na região da Guiana e chegou à base do Monte Roraima em busca de riquezas minerais. O local onde o Parque se situa inspirou o escritor escocês Arthur Conan Doyle a escrever o best-seller literário, “O Mundo Perdido”, no início do século 20.

O Parque Nacional do Monte Roraima apresentar menos de 10% do Monte Roraima em território nacional. Várias expedições no passado tentaram alcançar o topo do Monte Roraima, destacando-se: Schomburgk (1840), o viajante inglês Everard Thurn em 1884; o geólogo H.I. Perkins em 1894. A Comissão de limites Guiana Britânica-Venezuela; as expedições do General Rondon de Inspeção de Fronteiras e a de Mr.Tate, em 1927; e a comissão demarcadora de limites do Brasil, Venezuela e Guiana Britânica em 1931.

História
O Parque Nacional Monte Roraima foi criado pelo decreto 97.887, de 28 de junho de 1989 e é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). É classificado como categoria II da área protegida da IUCN (parque nacional). Os objetivos são a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, além de possibilitar pesquisas científicas, educação e interpretação ambiental, recreação em contato com a natureza e turismo ecológico. Já em 1990, os países que participaram do Tratado de Cooperação Amazônica recomendaram a expansão ao sul do Parque Nacional Canaima, na Venezuela, para conectá-lo ao Parque Nacional de Monte Roraima, com uma gestão coordenada do turismo, pesquisa e conservação.

O plano de manejo foi finalizado em maio de 2000. Devido à falta de dinheiro, o parque ainda existia apenas no papel até 2001, quando as Nações Unidas forneceram dinheiro para implementar e administrar parques brasileiros. Os indígenas ficaram preocupados quando o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis ​​(Ibama) começou a implementar o plano de manejo. Isso incluiu a construção de um edifício sede e, potencialmente, a remoção dos povos indígenas ingarikó e macushi do parque. Esses povos usaram a área por muitos anos para caça, agricultura e práticas religiosas. O conflito era difícil de resolver, uma vez que o desocupamento do parque exigiria uma grande mudança legislativa, assim como permitiria que os povos indígenas usassem o parque.

Devido a disputas de terras e o movimento para criar o território indígena de Raposa Serra do Sol, o plano de manejo não foi ratificado pelo ICMBio. A partir de 2002, técnicos do IBAMA trabalharam com os ingarikó na área. Em 15 de abril de 2005, a área foi totalmente destinada à Fundação Nacional do Índio (FUNAI) por meio do dispositivo legal de "dupla afetação" criado pelo governo federal com reconhecimento da Terra Indígena Raposa Serra do Sol. Nos termos do decreto de 15 de abril de 2005, os limites da Terra Indígena Raposa Serra do Sol foram ratificados e o Parque Nacional do Monte Roraima tornou-se propriedade pública da União com o papel de manter os direitos constitucionais dos índios e preservar o meio ambiente.



Localização
O Parque Nacional do Monte Roraima está localizado no extremo norte do estado de Roraima. A unidade situa-se na região de fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana.

Como chegar
O acesso ao Parque Nacional de Monte Roraima pode ser feito a partir de Boa Vista, pela BR-174 com destino ao BV8, uma distância de 213 km. Deste ponto até Santa Elena de Uairen/Venezuela são mais 13km por estrada asfaltada.

De Santa Elena de Uairen, existem duas alternativas para se chegar ao Monte Roraima. A primeira consiste em seguir de helicóptero, e se deslocar para o Monte Roraima, em aproximadamente 30 a 45 minutos de voo.

A segunda opçõe é de se deslocar até Paraitepuy de carro traçado por aproximadamente duas horas. De Paraitepuy segue-se 22km até a base do Monte Roraima. Essa caminhada leva o dia inteiro. Da base do Monte desloca-se até o ponto chamado Hotel, durante 6 horas de caminhada, onde pernoita-se. Do Hotel até o ponto BV0 são mais 6 horas de caminhada.

Ingressos
A visitação pública é controlada e a prioridade é para as pesquisas e grupos de estudos.

Não há estrutura de visitação.

NOME DA UNIDADE: Parque Nacional do Monte Roraima
BIOMA: Amazônia
ÁREA: 116.747,80 hectares
DIPLOMA LEGAL DE CRIAÇÃO: Dec nº 97.887 de 28 de junho de 1989
COORDENAÇÃO REGIONAL: CR2 – Manaus/AM
ENDEREÇO: Av. Panamericana, s/nº - BR 174 – Pacaraima/RR - CEP: 69.345-000
TELEFONE: (95) 3592-1807 / (61) 2028-9784
E-MAIL: parnamonteroraima@icmbio.gov.br

The Most Beautiful Place I've Been - Roraima, Venezuela - Morten's South America Vlog Ep. 7




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