sexta-feira, 29 de março de 2019

O que é Turismo? Conceito e Significado de Turismo.



Turismo é " o complexo de eventos e organizações relacionados a viagens e estadias para fins recreativos, educacionais, negócios ou outros ". O Turismo está hoje no auge de seu reconhecimento, visto que agora se formula conceitos a seu respeito e estudam-se os mesmos, além de serem propagadas informações relevantes à garantia de sua importância para todo e qualquer indivíduo. Todavia, mostrar-se importante para a harmonização da sociedade, considerando-se o convívio de indivíduos de culturas diferentes, a atividade turística é grande contribuinte da globalização.

O termo turismo evoluiu do latim, matriz do radical tour, através do seu substantivo tourns, do verbo tornare, que significa volta "virar". em grego “tornus” iqual a “círculo”. Os franceses utilizavam a palavra Tour "tourisme" para designar viagem em circulo, excursão, deslocamento de ida e volta. Já os inglês, no inicio do século XVIII começaram a utilizar as atuais denominações tourism e tourist. O nascimento do turismo como atividade organizada, porém, só ocorreu no século 19. Após a iniciativa de Thomas Cook, que organizou sua primeira excursão de trem em 1841. 

Existem vários conceitos do que seja Turismo. As definições ora apresentadas fundamentam-se no conceito de turismo estabelecido pela Organização Mundial de Turismo - OMT, adotado oficialmente pelo Brasil, que compreende “as atividades que as pessoas realizam durante viagens e estadas em lugares diferentes do seu entorno habitual, por um período inferior a um ano, com finalidade de lazer, negócios ou outras”

Instituto Brasileiro de Turismo - EMBRATUR definem-no como uma atividade econômica representada pelo conjunto de transações compra e venda de serviços turísticos efetuadas entre os agentes econômicos do turismo. É gerado pelo deslocamento voluntário e temporário de pessoas para fora dos limites da área ou região em que têm residência fixa, por qualquer motivo, excetuando-se o de exercer alguma atividade remunerada no local que visita (EMBRATUR, 1992). Conjunto de relações e fenômenos produzidos pelo deslocamento e permanência de pessoas fora do lugar de domicílio, desde que tais deslocamentos e permanência não estejam motivados por uma atividade lucrativa.

Já o Ministério do Turismo - MTur,  Órgão do governo adota o conceito estabelecido na OMT. Conjunto de atividades realizadas por pessoas durante suas viagens e estadias em lugares distintos do seu habitat natural por um período de tempo consecutivo inferior a um ano, com finalidade de lazer, negócios e outros. Programa de Regionalização do Turismo: módulo operacional 2 (MTur, 2007)

A definição de Mathieson e Wall torna-se mais completa, pois consideram que "o turismo é o movimento temporário de pessoas para destinos fora dos seus locais habituais de trabalho e residência, as atividades desenvolvidas durante a permanência nesses destinos e as facilidades criadas para satisfazer as suas necessidades". Evidenciando, assim, a complexidade da atividade turística e as relações que esta envolve.

Mario Carlos Beni define turismo como: “A soma dos fenômenos e das relações resultantes da viagem e da permanência de não residentes, na medida em que não leva a residência permanente e não está relacionada a nenhuma atividade remuneratória.” Fundamentos da Teoria de Sistemas Aplicados ao Turismo: BENI, Mário C. , 2001 p. 36

Um dos maiores desafios aos estudiosos do turismo talvez seja o de conceituar esse fenômeno, repleto de interfaces e passível das mais diversas possibilidades de abordagens, sejam elas científicas ou não. O fenômeno turístico pode ser definido sob vários enfoques. As abordagens dos diversos autores conferem-lhe preceitos técnicos, acadêmicos, jurídicos, econômicos; assim como holísticos e sistêmicos, os quais tentam enquadrar o fenômeno de maneira mais completa e aproximada da verdadeira realidade. No entanto, um aspecto inerente ao turismo é o câmbio temporário do local de residência; essa consideração tem base no conceito de viagem, que é um tipo de deslocamento no qual se prevê o retorno ao local de origem.

Estudo do turismo

O estudo do turismo é uma área de recente desenvolvimento dentre as ciências sociais aplicadas. No Brasil os primeiros cursos superiores na área sugiram no início da década de 1970, destacando-se aqueles criados na antiga Faculdade Anhembi Morumbi e na Universidade de São Paulo, e também o da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

Apesar de controverso, o termo turismologia têm sido utilizado para designar essa área de estudos, sendo turismólogo o termo utilizado designar o estudioso da área.

Recentemente surgiram estudos referentes ao Turismo, e embora sua prática ocorra há milênios, só agora há consciência de sua importância como atividade. Sua prática e existência são finalmente consideradas, apesar de que o ramo turístico conte ainda com um número pequeno de especialistas no assunto.

“[...] conforme a literatura especializada afirma, teria começado seus estudos sobre turismo em 1911, são raros os estudos e poucos os profissionais de outras disciplinas que se dedicam a trabalhos aplicados em turismo. Mesmo dentro da administração de empresas, considerada diretamente vinculada ao turismo, são poucos os trabalhos específicos aplicados.” (BARRETTO, Margarita, e REJOWSKI, Mirian, 2001, p. 14).

“Essa resistência ao estudo reside na visão de pesquisadores que o consideram um tema pouco sério. Fazendo uma retrospectiva histórica a partir de 1963 em que se situa a primeira pesquisa antropológica no campo do turismo [...]” (BARRETTO, Margarita, e REJOWSKI, Mirian, 2001, p. 14).

Partamos da origem e significado da palavra “turismo”, que deriva de “tour”, oriundo do latim “tornare” e do grego “tornus”, tendo como significado “giro” ou “círculo”. Assim, podemos entender que o turismo consiste no ato de partir e posteriormente regressar ao ponto inicial, onde o realizador deste giro é denominado turista. Antes de apresentar as definições dadas por estudiosos da área do turismo, consideremos os significados obtidos através da consulta à alguns dicionários  conhecidos pela massa, tais como Aurélio  e Michaelis, onde de acordo com o primeiro  turismo é "Viagem ou excursão, feita por prazer, a locais que despertam interesse. 2. O movimento de turistas"; e de acordo com o segundo, turismo são "Viagens realizadas, por prazer, a lugares que despertam interesse"; ou "Gosto das viagens. 2. Viagens realizadas, por prazer, a lugares que despertam interesse ".

“Em fins do século XIX e no princípio do século XX surgiu um número significativo de descrições e conceituações com o objetivo de explicitar a realidade intrínseca do fenômeno turístico.” (ANDRADE, José Vicente, 2006, p. 32). Dada complexidade do tema, e também das várias contradições de conceitos recém-formulados, apresentaremos o parecer de diferentes estudiosos à cerca da definição de Turismo, ressaltando que os primeiros trabalhos publicados sobre o assunto datam do período entre as duas grandes guerras mundiais, 1919 – 1938, quando se destacou autores como Schwinck, Bormann, Morgenroth e Glucksmann, da conhecida Escola de Berlim.

 “Turismo é o movimento de pessoas que abandonam temporariamente o lugar de residência permanente por qualquer motivo relacionado com o espírito, o corpo ou a profissão.” (SCHWINCK,Teoria y Técnica Del Turismo de Luis Fernandez Fuster, 1974, p. 24-28).

DEFINIÇÕES DE TURISMO

As definições ora apresentadas fundamentam-se no conceito de turismo estabelecido pela Organização Mundial de Turismo - World Tourism Organization (OMT /WTO) em 1991, adotado oficialmente pelo Brasil, que compreende:

“as atividades desenvolvidas pelas pessoas ao longo de viagens e estadas em locais situados fora do seu enquadramento habitual, por um período consecutivo que não ultrapasse um ano, para fins recreativos, de negócios, ou outros.”

Mas, podemos dizer que turismo é entendido pelo conjunto de atividades e serviços planejados que visam promover o deslocamento de pessoas para uma localidade que não seja a sua habitual, onde possam consumir serviços de traslados, hospedagem, alimentos e bebidas, e outros serviços disponibilizados pelo trade–turístico.

OS CONCEITOS E DEFINIÇÕES DE TURISMO

A origem da palavra turismo vem do vocábulo tour que é de origem francesa e significa “volta”. (BARRETO, 1995). Outra afirmação diz que “a matriz do radical tour é do latim, através do seu substantivo tourns, do verbo tornare, cujo significado é “giro, volta, viagem ou movimento de sair e retornar ao local de partida” (ANDRADE, 1992).

Embora não haja uma definição única do que seja Turismo, a Organização Mundial de Turismo/Nações Unidas (http://www.world-tourism.org), definem como "as atividades que as pessoas realizam durante suas viagens e permanência em lugares distintos dos que vivem, por um período de tempo inferior a um ano consecutivo, com fins de lazer, negócios e outros”.

DESSA FORMA, TÊM-SE OS PRIMEIROS INDÍCIOS DO CONCEITO DE TURISMO, OU SEJA, DESLOCAMENTO TEMPORÁRIO COM RETORNO AO LOCAL DE PARTIDA.

Evolução Histórica

Segundo autores, existem duas linhas de pensamentos, no qual a História do Turismo se divide. A primeira seria que é o ócio, descanso, cultura, saúde, negócios ou relações familiares. Estes deslocamentos se distinguem por sua finalidade dos outros tipos de viagens motivados por guerras, movimentos migratórios, conquista, comércio, etc. Não obstante o turismo tem antecedentes históricos claros. Depois, se concretizaria com o então movimento da Revolução Industrial.

A segunda linha de pensamento se baseia em que o Turismo realmente se iniciou com a Revolução Industrial, visto que os deslocamentos tinham como intuito o lazer.

Thomas Cook
Em 1841, o navegador inglês Thomas Cook, considerado o pai do turismo moderno, promove a primeira viagem organizada da história. Mesmo tendo sido um fracasso comercial, é considerada como um profundo sucesso em relação a organização do primeiro pacote turístico, pois se constatou a enorme possibilidade econômica que este negócio poderia chegar a ter como atividade, criando assim em 1851 a Agência de Viagens Thomas Cook and son.

Em 1867 inventa o voucher, documento que permite a utilização em hotéis de certos serviços contratados e propagados através de uma agência de viagens.

Henry Wells e William Fargo criam a agência de viagens American Express que inicialmente se dedica ao transporte de mercadorias e que posteriormente se converte em uma das maiores agências do mundo. Introduzindo o sistema de financiamento e emissão de cheques de viagem, como por exemplo o travel-check (dinheiro personalizado feito com papel moeda de uso corrente que protege o viajante de possíveis roubos e perdas).

O suíço César Ritz é considerado pai da hotelaria moderna. Desde muito jovem ocupou todos os postos de trabalho possíveis em um hotel, até chegar a gerente de um dos maiores de seu tempo. Melhorou todos os serviços, criou a figura do sommelier, introduziu o banheiro nas unidades habitacionais (UHs), criando assim as suítes, revolucionando a administração. Converteu os hotéis decadentes nos melhores da Europa, o que lhe gerou o pseudônimo de “mago”.

Ao começar a Primeira Guerra Mundial, no verão de 1914, acredita-se que havia aproximadamente 150 mil turistas americanos na Europa. Ao finalizar a guerra, começa a fabricação em massa de ônibus e carros. Nesta época as praias e os rios se convertem em centros de turismo na Europa, começando a adquirir grande importância o turismo costeiro.

O avião, utilizado por minorias em longas distâncias, vai se desenvolvendo timidamente para acabar impondo-se sobre as companhias navais. A crise de 1929 repercute negativamente em todo o setor turístico limitando seu desenvolvimento até aproximadamente 1932. A Segunda Guerra Mundial paralisa absolutamente o setor em todo o mundo e seus efeitos se estendem até o ano de 1949.

O “boom” turístico
Entre 1950 e 1973 se inicia a falar de “boom” turístico. O turismo internacional cresce a um ritmo superior ao de toda a sua história. Este desenvolvimento é consequência da nova ordem internacional, a estabilidade social e o desenvolvimento da cultura do ócio no mundo ocidental. Nesta época, se começa a legislar sobre o setor.

A recuperação econômica, especialmente da Alemanha e do Japão, foi uma assombrosa elevação dos níveis de renda destes países e fazendo surgir uma classe média estável que começa a interessar-se por viagens.

Entretanto com a recuperação elevando o nível de vida de setores mais importantes da população dos países ocidentais, surge a chamada sociedade do bem-estar que uma vez com as suas necessidades básicas atendidas passa a buscar o atendimento de novas necessidades, aparecendo neste momento a formação educacional e o interesse por viajar e conhecer outras culturas. Por outra parte a nova legislação trabalhista adotando a semana inglesa de 5 dias de trabalho, a redução da jornada de 40 horas semanais, a ampliação das coberturas sociais (jubilación, desemprego, invalidez,…), potencializam em grande medida o desenvolvimento do ócio e do turismo.

Também estes são os anos em que se desenvolvem os grandes núcleos urbanos e se evidencia a massificação, surge também o desejo de evasão, escapar da rotina das cidades e descansar as mentes da pressão.

Nestes anos se desenvolve a produção de carros em série o que permite acesso cada vez maior a população deste bem, assim com a construção de mais estradas, permite-se um maior fluxo de viajantes. De fato, a nova estrada dos Alpes que atravessa a Suíça de norte a sul supondo a perda da hegemonia deste país como núcleo receptor, pois eles iam agora cruzar a Suíça para dirigir-se a outros países com melhor clima.

A evasão é substituída pela recreação, o que se supõem um golpe definitivo para as companhias navais, que se vêem obrigadas a destinar seus barcos aos cruzeiros.

Todos estes fatores nos levam a era da estandardização padronizando os produtos turísticos. Os grandes operadores turísticos lançam ao mercado milhões de pacotes turísticos idênticos. Na grande maioria utiliza-se de voos charter, que barateiam o produto e o popularizam. No princípio deste período (1950) havia 25 milhões de turistas, e ao finalizar (1973) havia 190 milhões.

No obstante, esta etapa também se caracteriza pela falta de experiência, o que implica as seguintes consequências. Como a falta de planejamento (se constrói sem fazer nenhuma previsão mínima da demanda ou dos impactos ambientais e sociais que se podem surgir com a chegada massiva de turistas) e o colonialismo turístico (existe uma grande dependência dos operadores estrangeiros estadunidenses, britânicos e alemães fundamentalmente).

Na década de 1970 a crise energética e a consequente inflação, especialmente sentida no setor dos transportes ocasionam um novo período de crise para a indústria turística que se estende até 1978. Esta recessão implica uma redução da capacidade de abaixar os custos e preços para propor uma massificação da oferta e da demanda. Nessa época, organismos internacionais, como o Banco Mundial, passaram a dar incentivos a países do terceiro mundo com atrativos naturais e culturais para investir em atividades turísticas, de forma a estimular seu desenvolvimento econômico.

Na década de 1980 o nível de vida volta a elevar-se e o turismo se converte no motor econômico de muitos países. Esta aceleração do desenvolvimento ocorre devido à melhoria dos transportes com novos e melhores aviões da Boeing e da Airbus, trens de alta velocidade e a consolidação dos novos charter, também observa-se um duro competidor para as companhias regulares que se vem obrigadas a criar suas próprias filiares charter.

Nestes anos se produz uma internacionalização muito marcante das grandes empresas hoteleiras e das operadoras. Buscam novas formas de utilização do tempo livre (parques temáticos, deporte, resorts, saúde,…) e aplicando, ainda mais técnicas de marketing, pois o turista tem cada vez mais informação e maior experiência, buscando novos produtos e destinos turísticos, o que gera uma forte competição entre eles.

A possibilidade de utilização de ambientes multimedia na comunicação transformarão o sector, tornando o designer dos produtos, a prestação do serviço, a comercialização dos mesmos de uma maneira mais fluida.

Na década de 1990 ocorre grandes acontecimentos, como a queda dos regimes comunistas europeus, a Guerra do Golfo, a unificação alemã, a guerra da Bósnia, que incidem de forma direta na história do turismo. Trata-se de uma etapa de amadurecimento do setor que seguiu crescendo, sendo que de uma maneira mais moderada e controlada.

Os significativos problemas desta época ocasionaram limitações à capacidade receptiva gerando a necessidade de adequar a oferta à demanda existente, empenhando-se no controle de capacidade de carga dos ambientes patrimoniais de importância históricos e diversificando a oferta de produtos e destinos. Tendo ainda a percepção da diversificação da demanda aparecendo novos tipos perfis de turistas que exigiam uma melhor qualidade.

O turismo entra como parte fundamental da agenda política de numerosos países que desenvolvendo políticas públicas focadas na promoção, no planejamento e na sua comercialização como uma peça chave do desenvolvimento econômico. Melhorando-se a formação e desenvolvendo planos de educação especializada. O objetivo de alcançar um desenvolvimento turístico sustentável mediante a captação de novos mercados e a regulação da sazonalidade.

Também as políticas a nível supranacional que consideram o desenvolvimento turístico como elemento importante como o Tratado de Maastricht em 1992 (livre tráfego de pessoas e mercadorias, cidadania europeia), e em 1995 a entrada em vigor Schegen e se eliminam os controles fronteiriços nos países da União Europeia.

Ocorre novamente um barateamento das viagens por via aérea por meio das companhias de baixo custo (Low cost) e a liberação das companhias em muitos países e a feroz competição das mesmas. Esta liberalização afeta a outros aspectos dos serviços turísticos como a gestão de aeroportos e sem duvida será aprofundada quando entrar em vigor a chamada Directiva Bolkestein (de liberalização de serviços) em tramite no Parlamento Europeu.


Definição de Visitante, Turista e Excursionista:

Foi definido no Congresso “Viagens Internacionais e Turismo” realizado em Roma no ano de 1963, patrocinada pela OMT (Organização Mundial de Turismo), antiga Iuoto (União Internacional das Organizações Oficiais de Viagens) que:

Visitante – é toda a pessoa que se desloca temporariamente para fora da sua residência habitual, quer seja no seu próprio país ou no estrangeiro, por uma razão que não seja a de aí exercer uma atividade remunerada.

Turista - é todo o visitante temporário que permanece no local visitado mais de 24 horas.

Excursionista – é todo o visitante temporário que permanece fora da sua residência habitual menos de 24 horas.

Ficou definido também nesta conferência que os passageiros de aeronaves que não deixam os limites das áreas de trânsito dos aeroportos, não são considerados turistas, visitantes ou excursionistas.

Turista é um visitante (conhecido também como Sebarit) que se desloca voluntariamente por período de tempo igual ou superior a vinte e quatro horas para local diferente da sua residência e do seu trabalho (sem, este ter por motivação, a obtenção de lucro) pernoitando nesse mesmo lugar. Já um excursionista é um visitante que, embora visite esse mesmo lugar, não pernoita.

NA PRÁTICA, O QUE SERIA O TURISMO HOJE?

Para o entendimento conceitual do Turismo pode-se adotar a seguinte definição, dentre várias outras existentes na literatura científica sobre Turismo:

Turismo é um fenômeno socioeconômico que consiste no deslocamento temporário e voluntário de um ou mais indivíduos que, por uma complexidade de fatores que envolvem a motivação humana, saem do seu local de residência habitual para outro, gerando múltiplas inter-relações de importância cultural, socioeconômica e ecológica entre os núcleos emissores e receptores (MOTA, 2007).

Viajante: pessoa que visita um lugar diferente no qual tem residência fixa, com fins distintos das quais exerce em seu país.
Turista: visitante temporário que permanece no mínimo 24 horas (ou um pernoite) no lugar que visita e cujas finalidades de viagem podem ser classificadas em: férias, distração, negócios, saúde, estudo, religião, esporte, congressos etc.

Excursionista: visitante temporário que permanece menos de 24 horas (ou não realiza pernoite) no lugar que visita, e cujas finalidades são iguais às dos turistas. São comumente chamados de “visitantes de um dia” e incluem os passageiros em cruzeiros que pernoitam a bordo das embarcações.

O turismo se expandiu por vários motivos, mas com certeza o que impulsionou essa atividade foi o desenvolvimento dos transportes (ferroviário, rodoviário, hidroviário, marítimo e aéreo) e da telecomunicação (telefone, internet celular etc.), pois esses facilitam a comunicação entre as empresas que trabalham nesse ramo. Hoje existe um fluxo internacional grande de turistas que gastam e consomem, incrementando ainda mais o turismo.

O ramo turístico modifica o espaço geográfico, pois para atender o turista é preciso criar infra-estruturas e direcionar mão-de-obra especializada, mas é importante destacar que o turismo exerce uma função importante em cidades turísticas, pois as características e a identidade do lugar são preservadas.

Categorias de Turismo

- Turismo receptivo - quando não-residentes são recebidos por um país de destino, do ponto de vista desse destino.

- Turismo emissivo - quando residentes viajam a outro país, do ponto de vista do país de origem.

- Turismo doméstico - quando residentes de dado país viajam dentro dos limites do mesmo.


TURISMO E HOSPITALIDADE: SETOR TERCIÁRIO

A economia moderna apresenta sistemas produtivos que estão integrados por um grande número de empresas especializadas nas mais diversas atividades. Estas podem ser distribuídas em três grandes grupos conforme o setor econômico a que estão vinculadas:
Setor primário: abrange as atividades que se ocupam da produção de matériasprimas e produtos naturais, a exemplo da mineração e da agropecuária;
Setor secundário: compreende os processos industriais de transformação dos produtos naturais em bens intermediários ou finais;
Setor terciário: está relacionado às atividades de comércio e serviços, como os transportes, a educação, a saúde, a assistência técnica, o entretenimento etc.

Segundo o Ministério do Turismo os segmentos do turismo listados se subdividem numa grade de produtos como a seguir: SEGMENTOS DO TURISMO BRASILEIRO

CULTURA: Arqueologia, cidades e patrimônio, étnico, Festas populares, Intercâmbio, Paleontologia
ECOTURISMO Caminhadas, espeleologia, flutuação, fauna, ornitologia
ESPORTES: Aventura, canyoning e práticas verticais, cavalgadas, convencionais, futebol, golfe, mergulho, pesca esportiva, rafting, surf, trekking, vela, vôo livre, vôlei de praia
NEGÓCIOS E EVENTOS: Congressos, feiras, incentivos, mega ventos, compras, visitas técnicas
SOL E PRAIA:

ATRATIVOS TURÍSTICOS
São todos os lugares, objetos ou acontecimentos de interesse turístico que provocam o deslocamento de indivíduos para conhecê-los. Podem ser:

Naturais: são basicamente compostos pela paisagem, com pouca ou nenhuma intervenção humana. Exemplos: montanhas, serras, vales, litoral, mangues, lagos, praias, dunas, falésias, etc.

Histórico-culturais: são manifestações que se apresentam sob a forma de bens móveis e imóveis e que, de certa forma, ajudam a contar um pouco da história do homem.
Exemplos: monumentos de arquitetura civil e religiosa, industrial ou militar, ruínas, esculturas, bibliotecas, patrimônio histórico, etc.

Manifestações e usos tradicionais e populares: são práticas culturais específicas de cada região, ou idênticas em nível nacional.
Exemplos: festas religiosas, populares e folclóricas, gastronomia, artesanato, feiras e mercados.

Realizações técnicas e científicas: são obras ou complexos científicos ou tecnológicos que estimulam o seu aproveitamento como recurso de atração turística.
Exemplos: exploração de minério, fazendas modelo, estações experimentais, zoológicos, aquários, viveiros, centros científicos, etc

Acontecimentos programados: são acontecimentos organizados, atendendo a diversos objetivos, desde os técnicos e científicos, até os de comercialização de produtos. Exemplos: congressos, convenções, feiras, exposições, competições esportivas, etc

Esta é uma lista de segmentos do mercado turístico.

De acordo com a faixa etária
Turismo infantil
Turismo de juventude
Turismo da melhor idade

De acordo com o nível de renda
Turismo popular
Turismo de classe média(Turismo de massa)
Turismo de luxo

De acordo com o meio de transporte
Turismo aéreo
Turismo rodoviário
Turismo ferroviário
Turismo marítimo
Turismo fluvial ou lacustre
Turismo espacial
Cicloturismo

De acordo com a duração
Turismo de curta duração
Turismo de média duração
Turismo de longa duração

De acordo com a distância do mercado consumidor
Turismo local
Turismo regional
Turismo nacional
Turismo continental
Turismo intercontinental

De acordo com o tipo de grupo
Turismo individual
Turismo de casais
Turismo de famílias
Turismo de grupos
Turismo LGBT
Turismo de solteiro

De acordo com sentido do fluxo turístico
Turismo emissivo
Turismo receptivo

De acordo com a geografia do destino
Turismo de praia
Turismo de montanha
Turismo de campo
Turismo de neve

De acordo com aspectos culturais
Turismo cultural
Turismo étnico
Turismo religioso
Turismo de peregrinação
Turismo histórico
Turismo educacional
Turismo científico
Turismo astronômico
Turismo espacial
Turismo ufológico
Turismo paleontológico
Turismo de congresso
Turismo de intercâmbio
Turismo gastronômico

De acordo com a urbanização do destino
Turismo de metrópoles
Turismo de pequenas cidades
Turismo rural
Enoturismo
Agroturismo
Turismo de áreas naturais
Ecoturismo
Turismo de caça

De acordo com a motivação
Turismo de negócios
Turismo de compras (consumo)
Turismo de incentivo
Turismo de eventos
Turismo de lazer
Turismo balnear
Turismo de sol e mar
Turismo termal
Turismo náutico
Turismo de férias
Turismo de repouso
Turismo de saúde
Turismo médico
Turismo de montanha
Turismo desportivo
Turismo esportivo
Turismo de aventura
Turismo de pesca



Veja mais em: História do Turismo - Fundamentos do Turismo

QUANDO SURGIU O TURISMO? Podemos dizer que não há um consenso entre os mais diversos autores do tema, sejam eles brasileiros ou mesmo estrangeiros, sobre quando efetivamente se deu o início da atividade turística. Artigo Por: Alexandre Lisboa da Silva

Para padronizar o uso de alguns dos termos e melhorar o entendimento sobre todos os processos, disponibilizamos este post com os Conceitos e Definições mais relevantes no turismo. Link Saiba Mais ---> Conceito Definições Siglas & Tipologias.

Referência Bibliográfica:

FALCÃO, L.A.F. Dicionário de Turismo - Termos Técnicos do meio turístico - 3T: Conceito Definições Siglas e Tipologias, Ciências turismo. Disponível em: <https://cienciadoturismo.blogspot.com/ >  Acesso em:


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Conceitos Definições Siglas & Tipologias.
Aplicações em Gestão de Turismo - 2018.
Autor: Luis Falcão.
Nº de páginas: 1050.
Área de concentração: Pesquisa.
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Cortesia: Divulgação de download Blog Dicionário de Turismo

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2 comentários:

  1. isso 'é muito importante para o meu conhecimento sendo que trabalho nesta aria a um bom temp

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  2. Eu penso, isso mesmo importante para nós que estudamos o turismo como factores económico dos países em desenvolvimento.

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Viajar é trocar a roupa da alma. (Mário Quintana)

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