O Buraco das Araras é uma enorme cratera de arenito , uma formação geológica resultante do colapso de rochas que criam essa enorme cavidade de cerca de 500 m de circunferência e 100 m de profundidade localizada no meio do cerrado no estado de Mato Grosso do Sul . É o lar de uma grande variedade de pássaros, especialmente tucanos araçari e araras vermelhas e verdes , daí o nome da caverna.
De acordo com o decreto do IBAMA de 11 de abril de 2007, a cratera faz parte da Reserva Particular do Patrimônio Natural do Buraco das Araras (RPPN), de 29 hectares, e está ligada à RPPN Rio da Prata com 307 hectares.
Está localizada a 53 km de Bonito , no entorno da cidade de Jardim, no meio do cerrado do Mato Grosso do Sul , Brasil . Apresenta paredes de até 127 metros de profundidade e boca de caverna de cerca de 500 metros de diâmetro, havendo uma lagoa de água verde, cercada por uma floresta exuberante, habitada por jacarés de focinho largo cuja sobrevivência permanece um mistério. [3] Além deles e das araras, mamíferos como tatus , tamanduás , quatis e outras 120 espécies de aves, incluindo tucanos e íbis , escolheram o lugar para morar.
A cratera é uma formação geológica conhecida como dolina , formada pelo colapso de enormes rochas que criam esta caverna. É caracterizada pela corrosão do calcário abaixo da superfície. É considerada a única caverna desse tipo no Brasil e a maior da América Latina com ecossistema próprio. Em todo o mundo, existem apenas cinco dolinas com esses recursos e este é considerado o segundo maior. O passeio pela caverna começa com uma caminhada agradável e curta em uma trilha de cerca de 900 metros, parando em dois postos de observação para observação e fotos.
Atrações
As atrações da unidade de conservação incluem: as "Gargantas" do Rio Jauquara; ainda é possível tomar um banho no rio e fazer flutuação para observar os peixes presentes na região; cachoeira, cavernas e pinturas rupestres no topo da Serra Grande são outros atrativos da UC.
As atrações da unidade de conservação incluem: as "Gargantas" do Rio Jauquara; ainda é possível tomar um banho no rio e fazer flutuação para observar os peixes presentes na região; cachoeira, cavernas e pinturas rupestres no topo da Serra Grande são outros atrativos da UC.
Objetivos específicos da unidade
Os objetivos específicos da Esec da Serra das Araras foram definidos com base na Lei n.º 9.985/2000 (Brasil, 2000), que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) e que define para as Estações Ecológicas, UC do grupo de proteção integral, a função de preservação da natureza e a pesquisa científica, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, com exceção dos casos previstos na Lei. 141
Além desta base legal, os objetivos específicos foram definidos com base no resultado do diagnóstico da UC, destacando a ocorrência das espécies raras, migratórias, endêmicas, ameaçadas de extinção e os ambientes alvos de conservação, tais como os sítios históricos, arqueológicos ou paleontológicos, amostras representativas dos ecossistemas protegidos, formações geológicas ou geomorfológicas, belezas cênicas e outros atributos.
Considerando estes aspectos foram definidos para a Esec da Serra das Araras os seguintes objetivos específicos:
1. Proteger parte da Província Serrana, formação bem preservada de ligação entre o Bioma Amazônico e Pantanal, localizado no Cerrado.
2. Contribuir para a conservação da bacia do rio Salobra, uma das sub-bacias que compõe a bacia do Rio Paraguai. Além de proteger as áreas de drenagens e recarga da margem esquerda do Rio Jauquara e Nascentes do Rio Cachoeirinha, outra importante bacia do Rio Paraguai.
3. Proteger as diferentes fitofisionomias do Cerrado existentes na Esec e região, tais como: campo-limpo, sujo e rupestre; parque-cerrado; cerrado-sensu-strictu e rupestre; vereda; cerradão; mata-ciliar; mata-de-galeria; mata-seca-semidecídua, e decídua além de remanescentes naturais de floresta ombrófila densa, formação típica do bioma amazônico.
4. Contribuir para proteção de populações viáveis das espécies da fauna e flora, especialmente as com algum grau de ameaça de extinção, como Myracrodron urundeuva (“aroeira”), Swietenia macrophylla (“mogno”), Tigrisoma fasciatum (“socó-boi-escuro”), Myrmecophaga tridactyla (“tamanduá-bandeira”), Priodontes maximus (“tatu-canastra”) e o Leopardus colocolo (“gato-palheiro”); as espécies endêmicas do Cerrado, como Ameerega braccata (“ranzinha”), Phyllomedusa azurea (“perereca-verde”), Hoplocercus spinosus (“lagartovíbora”), Suiriri islerorum (“suiriri-da-chapada”); e àquelas migratórias, como o Acestrorhynchus pantaneiro (“peixe-cachorra”), Brycon hillarii (“piraputanga”), Tringa solitaria (“maçarico-solitário”) Chordeiles minor (“bacurau-norte-americano”), que tem a Esec da Serra das Araras como área de ocupação.
5. Conservar o patrimônio histórico/cultural representado pelas ruínas e inscrições rupestres.
Relevo e clima
Clima: É do tipo tropical quente semi-úmido, com 4 a 5 meses de seca. A temperatura anual média é em torno de 24º C e a pluviosidade de 1.400 a 1.500 mm/anuais. Relevo: O relevo caracteriza-se pela predominância de vastas superfícies de aplainamentos, modeladas em estrutura geológica diferenciada cristalina e sedimentar, altitudes médias de 400 a 1.000 m e são muito características as Serras e Chapadões na região.
Fauna e flora
Vegetação: A estimativa percentual de cada tipo de vegetação em relação a área da unidade resume-se em, 50% de Cerrado, 40% de Matas, 5% de Capoeiras, 4% de Campos e cerca de 1% de Várzeas e Veredas. A fauna da região é bastante numerosa, sendo representada pelo porco-do-mato, onça-pintada, cotia, tatu, capivara, cachorro-do-mato etc. A avifauna é muito rica e destacamos a presença de araras azuis, pardais, siriemas e a raríssima rolinha-do-planalto-central, entre outras. Serra das Araras serve de refúgio para a Rolinha-do-planalto (Columbina cyanopis), uma espécie rara, endêmica do Brasil e que, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), encontra-se em Perigo Crítico de Extinção.Há muito poucos registros de ocorrências desta ave em outras regiões do Brasil. A destruição massiva do Cerrado Brasileiro, através da formação de pastagens para pecuária, agricultura e queimadas anuais, são as causas mais importantes para a destruição do habitat da Rolinha-do-planalto e a principal ameaça à existência desta espécie rara.Não se sabe quais são os motivos para a raridade histórica desta espécie, visto que, até recentemente, havia largas áreas de habitats potencialmente apropriados para esta ave.
Localização
A estação ecologica Serra das Araras é um Unidade de Conservação pertecente a categoria de proteção integral. sua localização abrange os municípios de Cárceres e Porto Estrela e Barra dos Bugres no estado de Mato Grosso. Sua área é de 27.159,71 hectares e situa-se no bioma Cerrado.
Aspectos naturaisDentro da Esec existe um grande potencial espeleológico. Além das cavernas já localizadas, como mencionadas anteriormente, há chances de se encontrar novas cavidades naturais no interior da unidade, sendo sugeridas expedições em seu interior para encontrá-las, validá-las, descrevê-las, sendo de bom apreço à comunidade científica. A Unidade de Conservação conta, essencialmente, com solos do tipo Latossolo e Areia Quartzosa. Seu Horizonte A é moderado e de caráter álico ou distrófico e textura demasiadamente variável. A principal Bacia que incidente na região é a do Rio Salobro, que é uma das nove bacias que compõem a Bacia do Paraguai/Jauquara. Localizada na margem esquerda do rio Paraguai, o Salobro nasce no interior da unidade de conservação e tem como principais afluentes os córregos Camarinha, Miranda, Pedro, Ribeirão, Salobinha, Três Ribeirões, com nascentes no interior da UC; e Cajurú, Córrego Velho, Fundo, Quilombo e Pacova do Eugênio, esses com nascentes fora da unidade de conservação. As alterações antrópicas sobre a vegetação natural da bacia também podem ter impactos hidrológicos. Diante disso, a Esec da Serra das Araras é uma importante unidade que contribui para conservação dos recursos hídricos da região de planalto, já que protege no seu interior, parte da bacia do Rio Salobro com as nascentes deste e de alguns dos seus principais afluentes. Caso haja variações na qualidade da água e no regime hidrológico do Planalto em que se localiza, podem haver impactos consideráveis na região alagada do Pantanal.
Como chegar
O acesso é feito a partir de Cuiabá pelas BR-163/364. Percorre-se aproximadamente 75 Km de estrada asfaltada até a cidade de Jangada, segue-se então pela MT-246 por mais 80 Km até 5 Km antes de Barra do Bugres. De Barra do Bugres, pela MT-343, mais 80 Km em estrada de terra até Cáceres. De Cáceres até a comunidade de Salobra Grande, mais 6 Km até a sede da unidade.
Fonte:
https://www.wikiparques.org/wiki/Esta%C3%A7%C3%A3o_Ecol%C3%B3gica_Serra_das_Araras
https://www.wikiparques.org/wiki/Categoria:Mato_Grosso
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