Fernando de Noronha é um arquipélago brasileiro do estado de Pernambuco. Formado por 21 ilhas, ilhotas e rochedos de origem vulcânica, ocupa uma área total de 26 km² — dos quais 17 km² são da ilha principal — e se situa no Oceano Atlântico a nordeste do Brasil continental, distando 545 km da capital pernambucana, Recife, e 360 km de Natal no Rio Grande do Norte. O centro comercial da ilha é o núcleo urbano de Vila dos Remédios. A administração do Parque Nacional está atualmente a cargo do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Avistada pela primeira vez entre 1500 e 1502, tem sua descoberta atribuída a uma expedição comandada pelo explorador Fernão de Loronha, embora haja controvérsias; porém é certo que o primeiro a descrevê-la foi Américo Vespúcio, em expedição realizada entre 1503 e 1504. Primeira capitania hereditária do Brasil, o arquipélago sofreu constantes invasões de ingleses, franceses e holandeses entre os séculos XVI e XVIII. Em 24 de setembro de 1700, Fernando de Noronha tornou-se, por carta régia, dependência de Pernambuco, capitania com a qual já tinha uma ligação histórica. Em 1736, a ilha foi invadida pela Companhia Francesa das Índias Orientais, passando-se a chamar Isle Dauphine, porém, no ano seguinte, uma expedição enviada pelo Recife expulsou os franceses.
Turismo
As praias de Fernando de Noronha são promovidas para o turismo e o mergulho recreativo. Devido à Corrente Sul Equatorial, que empurra a água quente da África para a ilha, o mergulho a profundidades de 30 a 40 metros não exige uma roupa de mergulho. A visibilidade debaixo d'água pode chegar a até 50 metros.
Próximo à ilha existe a possibilidade de se fazer um mergulho avançado e visitar a Corveta Ipiranga, que repousa a 62 metros de profundidade, depois de ser afundada naquele ponto intencionalmente, após um acidente de navegação.
A ilha conta com três operadoras de mergulho, oferecendo diferentes níveis de qualidade de serviço. Além disso, o arquipélago conta com interessantes pontos de mergulho livre, como a piscina natural do Atalaia, o naufrágio do Porto de Santo Antônio, a laje do Boldró, dentre outros. O arquipélago possui diversificada vida marinha, sendo comum observar diversas espécies de peixes recifais, tartarugas e eventualmente tubarões e golfinhos.
Pontos turísticos
Forte de Nossa Senhora dos Remédios
Fortim da Praia da Atalaia
Igreja de Nossa Senhora dos Remédios
Morro Dois Irmãos
Palácio de São Miguel
Reduto de Nossa Senhora da Conceição
Reduto de Santa Cruz do Morro do Pico
Reduto de Santana
Reduto de Santo Antônio
Reduto de São João Batista
Reduto de São Joaquim
Reduto de São José do Morro
Reduto de São Pedro da Praia do Boldró
Reduto do Bom Jesus
Esportes
Fernando de Noronha é, reconhecidamente, um dos melhores lugares do Brasil para a prática do surfe, e suas ondas tubulares e cristalinas atraem surfistas para praias como a Cacimba do Padre, Boldró, Cachorro, entre outras. Além disso, em Fernando de Noronha há a prática de esportes, entre eles o futebol, voleibol, futebol de salão e futebol de areia. Possui competições das quatro categorias, chamada "Copa Noronha", sendo a Copa Noronha de Futebol, Copa Noronha de Voleibol, Copa Noronha de Futsal e Copa Noronha de Futebol de Areia, respectivamente. Há também a Copa Noronha de Futebol Masters, para jogadores com idade acima de 30 anos. Todas as competições são organizadas pelo Conselho de Esportes de Fernando de Noronha, setor esportivo do governo distrital.
Informações Turísticas
Programar uma viagem a Fernando de Noronha, pode significar a realização de um sonho da maioria dos brasileiros. No Arquipélago, se tem a sensação de estar em uma parte do Brasil que deu certo, são 17 quilômetros quadrados à 545 km da costa pernambucana, onde vive uma população de apenas 3.500 habitantes e o turismo é desenvolvido de forma sustentável, criando a oportunidade do encontro equilibrado do homem com a natureza em um dos santuários ecológicos mais importantes do mundo.
Vir a Noronha requer no mínimo 5 dias, para usufruir dos inúmeros atrativos naturais e vivenciar um pouco da história da nossa colonização. São inúmeras as opções de atividades e passeios, que atendem a todos os públicos e oferecem ao visitante a chance de ver todas as belezas naturais das ilhas.
Como Chegar
De avião, você tem duas opções. São dois vôos diários do Recife e dois de Natal. Para chegar pelo mar, você pode fazer um cruzeiro inesquecível à bordo de navios que visitam Noronha de outubro a fevereiro.
O arquipélago de Fernando de Noronha situa-se a quatro graus abaixo da linha do Equador, localizando-se nas coordenadas 3o 54'S de latitude e 32o 25'W de longitude. Distante 545 km de Recife, capital do Estado de Pernambuco e 360 km de Natal, capital do Estado do Rio Grande do Norte e 710 km da cidade de Fortaleza, capital do Estado do Ceará.
Distrito estadual de Fernando de Noronha"Esmeralda do Atlântico" "Noronha"
Resumo Histórico
A ocupação de Fernando de Noronha é quase tão antiga quanto a do continente. Em decorrência da sua posição geográfica, o arquipélago foi uma das primeiras terras localizadas no Novo Mundo, registrada em carta náutica no ano de 1500 pelo cartógrafo espanhol Juan de La Cosa e em 1502 pelo português Alberto Cantino, neste com o nome "Quaresma".
Sua descoberta, em 1503, é atribuida ao navegador Américo Vespúcio, participante da segunda expedição exploratória às costas brasileiras, comandada por Gonçalo Coelho e financiada pelo fidalgo português Fernão de Loronha, cristão novo, arrendatário de extração de Pau-Brasil.
Foto: Antônio Melcop "O paraíso é aqui." Assim Américo Vespúcio descreveu o Ilha em 1503, que chamou de São Lourenço .
"O paraíso é aqui", disse Vespúcio quando abordou aquela ilha deserta em l0 de agosto de 1503, logo após o naufrágio da principal nau das seis que compunham a expedição. A carta que escreveu, a LETTERA, é o primeiro documento relativo à Ilha, a qual chamava de São Lourenço, fala de "infinitas águas e infinitas árvores; aves muito mansas, que vinham comer às mãos; um boníssimo porto que foi bom para toda a tripulação". Em decorrência da descoberta, em 1504, foi doada a Fernão de Loronha, que havia financiado a expedição. Foi a primeira Capitania Hereditária do Brasil, porém jamais ocupada pelo seu donatário.
Invasões estrangeiras
Abandonada por mais de dois séculos e situada na rota das grandes navegações, foi abordada por muitos povos, sendo ocupada temporariamente no século XVII por holandeses (que a chamaram "Pavônia") e no século XVIII por franceses (que a rebatizaram de "Ile Delphine").
Esse ponto vulnerável a invasões motivou a definitiva ocupação por Portugal, através da Capitania de Pernambuco, a partir de 1737, sendo construído o sistema defensivo com dez fortificações - "o maior sistema fortificado do século XVIII no Brasil" -, dentre os quais a Fortaleza de N.Sª dos Remédios. A maioria desses fortes estão de pé ainda hoje e dos demais restam evidências arqueológicas.
Na mesma época, o Arquipélago transformava-se num Presídio Comum, para presos condenados a longas penas. Foram esses presidiários a mão-de-obra que ergueu todo o patrimônio edificado e o sistema viário que interliga vilas e fortes. O cruel regime possuía até mesmo solitárias e leitos de pedra, nos quais o prisioneiro mal podia se virar de lado.
Por medida disciplinar, a fim de evitarem-se fugas e esconderijos de presos, desde essa época a vegetação original foi sendo derrubada, alterando o clima do arquipélago. Por essa razão, somente em alguns locais da ilha pode ser vista um pouco da cobertura vegetal original, como na Ponta da Sapata, na encosta do Morro do Pico e nos mirantes do Sancho, Baía dos Golfinhos e Praia do Leão.
Interesse Científico
Cientistas ilustres visitaram o arquipélago em diversas épocas, como o naturalista Charles Darwin, pai da Teoria da Evolução das Espécies, em 1832. Todos foram atraídos pela sua grande biodiversidade e levantaram dados sobre o meio ambiente, descrevendo-o em trabalhos memoráveis. Também no século XIX, artistas como os franceses Debret e Laissaily registraram em tela a ocupação humana.
Período Militar
Em 1938 o Arquipélago foi cedido à União, para a instalação de um Presídio Político. Em 1942, durante a II Guerra Mundial, criava-se o Território Federal Militar, juntamente com o Destacamento Misto de Guerra e a aliança com a Marinha norte-americana, que instalou na ilha uma Base de Apoio, com cerca de 300 homens.
Nesse período, uma superpopulação de mais de 3.000 expedicionários condicionaram a construção de casas pré-moldadas, para abrigá-los. De 1942 a 1988, a ilha foi administrada por militares: Exército, até 1981; Aeronáutica, até 1986; e EMFA, até 1987. Ainda território federal passou para o MINTER, tendo o seu único Governador Civil. Nesse período, entre 1957 e 1965, houve uma nova presença americana, no Posto de Observação de Mísseis Teleguiados.
Em 1988, por força da Constituinte, foi reintegrado ao Estado de Pernambuco, sendo hoje um Distrito Estadual. Também em 1988 foi criado o Parque Nacional Marinho, coexistindo, no espaço de 26 km², o PARNAMAR/FN e a Área de Proteção Ambiental estadual.
Em 13 de dezembro de 2001, a UNESCO considerou o arquipélago SÍTIO DO PATRIMÔNIO MUNDIAL NATURAL, tendo o diploma sido entregue em 27 de dezembro de 2002. Em 2003, comemorou-se 500 anos da entrada de Fernando de Noronha na história dos homens. 500 anos da sua primeira abordagem, de sua descrição, por um dos maiores navegadores da história, Américo Vespúcio.
Fonte: noronha.pe.gov.br
Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha *
Proteção total
A criação do parque, que junto com a Área de Proteção Ambiental (APA) de Fernando de Noronha protege praticamente 100% de todo o arquipélago, foi fundamental para a conservação do frágil e exuberante ecossistema do local.
Desde 2001, Noronha é tombado pela Unesco como Patrimônio Mundial da Humanidade, juntamente com Atol das Rocas, outra unidade de conservação gerida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) no litoral entre Pernambuco e Rio Grande do Norte.
As praias de Noronha, que atraem turistas o ano todo, são marcadas pela tonalidade verde-esmeralda das águas e pela acessibilidade a pessoas com deficiência. Algumas de mar calmo, são ideiais para o relax. Outras com ondas mais altas, são cobiçadas pelos surfistas. Dentre todas, se sobressai a praia do Sancho, eleita a mais bela do mundo.
Sítios históricos
Além das praias, baías e natureza riquíssima, Noronha também reserva outra surpresa para os turistas: a caminhada pelos sítios históricos, que guarda 500 anos de história do Brasil, tornando o arquipélago, além de patrimônio natural, um espaço da memória brasileira
Isso pode ser conferido numa visita a dois monumentos: o Forte de Nossa Senhora dos Remédios e a Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, construídos no período da colonização portuguesa – o primeiro para assegurar a integridade do território e de seus habitantes; e o segundo para criar uma conexão com o divino.
Já em frente ao Palácio de São Miguel, os visitantes podem ver ainda hoje antigos canhões usados na defesa do arquipélago durante a Segunda Grande Guerra Mundial.
Geografia
De acordo com a divisão regional vigente desde 2017, instituída pelo IBGE, Fernando de Noronha pertence às Regiões Geográficas Intermediária e Imediata do Recife. Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, fazia parte da microrregião de Fernando de Noronha, que por sua vez estava incluída na mesorregião Metropolitana do Recife.
Geologia
As ilhas deste arquipélago são as partes visíveis de uma cadeia de montanhas submersas. Fernando de Noronha é composto por 21 ilhas, ilhotas e rochedos de origem vulcânica, e possui uma área total de 26 km². A ilha principal compreende 91% da área total do arquipélago, com uma área de 17 km2, sendo 10 km de comprimento e 3,5 km de largura no seu ponto máximo. A base dessa enorme formação vulcânica está cerca de 4 000 metros abaixo do nível do mar. O planalto central da ilha principal é chamado de "Quixaba". As ilhas da Rata, Sela Gineta, Cabeluda e São José, juntamente com as ilhotas do Leão e Viúva compõem praticamente todo o restante do arquipélago.
Flora e fauna
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) lista 15 possíveis espécies de plantas endêmicas do arquipélago, incluindo espécies dos gêneros Capparis noronhae (duas espécies), Ceratosanthes noronhae (três espécies), Cayaponia noronhae (duas espécies), Moriordica noronhae, Cereus noronhae, Palicourea noronhae, Guettarda noronhae, Bumelia noronhae, Physalis noronhae e Ficus noronhae.
As ilhas têm duas aves endêmicas - a cocoruta (Elaenia ridleyana) e o Noronha Vireo (Vireo gracilirostris). Ambas estão presentes na ilha principal; Noronha Vireo também está presente na Ilha Rata. Além disso, há uma corrida endêmica do avoante Zenaida auriculata noronha. Um roedor sigmodontine endêmico, Noronhomys vespuccii, citado por Américo Vespúcio, está extinto. As ilhas têm dois répteis endêmicos, Amphisbaena ridleyi e Trachylepis atlantica.
O Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha é uma unidade de conservação de proteção integral administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Criado em 1988, ocupa a maior parte do arquipélago e possui uma variedade de fauna e flora únicas. Ótimo local para turismo, porém, devido à fiscalização do ICMBio, algumas das ilhas têm a visitação controlada. Boldró é onde está localizado o centro de convenções do Projeto TAMAR/ICMBio. Seu nome foi dado por militares americanos e é originário da expressão em inglês Bold Rock, que significa Pedra Saliente em português.
Clima
O clima da ilha é o tropical (do tipo As' na classificação climática de Köppen-Geiger, quente o ano todo, com temperatura média anual de 26 °C e chuvas concentradas entre fevereiro e julho, sendo abril o mês mais chuvoso (290 mm). A amplitude térmica é muito pequena, característica da região da Linha do Equador. Ao longo do ano a temperatura da água do mar varia entre 26 °C e 28 °C. Com mais de 2 900 horas de sol por ano, a umidade do ar é relativamente elevada, com médias mensais entre 70% e 90%.
Praias
Mar de Dentro
Baía de Santo Antônio, (onde fica localizado o porto)
Praia da Biboca
Praia do Cachorro, na Vila dos Remédios (no centro histórico da ilha)
Praia do Meio
Praia da Conceição ou de Italcable
Praia do Boldró, na Vila Boldró
Praia do Americano
Praia do Bode
Praia da Quixabinha
Praia da Cacimba do Padre
Baía dos Porcos
Baía do Sancho (baía de águas transparentes, cercada por falésias cobertas de vegetação)
Baía dos Golfinhos ou Enseada do Carreiro de Pedra
Ponta da Sapata
Mar de Fora
Praia do Leão
Ponta das Caracas
Baía Sueste
Praia de Atalaia
Enseada da Caeira
Buraco da Raquel
Ponta da Air France
Mapa do Arquipélago de Fernando de Noronha.
O Que Levar
Um par de tênis adequado, protetor solar, roupas leves e por precaução um agasalho, chapéu, trajes de banho, chinelo, óculos escuros, equipamentos de mergulho, que também podem ser alugados na ilha, e muita disposição. Leve também dinheiro em espécie, porque a maioria dos estabelecimentos comerciais do Arquipélago não recebem cartão de crédito. Inclusive porque o Banco Real é o único banco com uma agência no Árquipélago e não há casas de câmbio.
Melhor época para visitar
Em Fernando de Noronha, a temperatura média é de 28 graus na terra e 26 graus no mar, tendo apenas duas estações: uma seca (de setembro à março) e outra chuvosa (de abril à agosto), sendo que o período de chuva é caracterizado por chuvas esporádicas, intercaladas por sol intenso.
Mergulho Autônomo
Os mais experientes mergulhadores já afirmaram: Noronha é um dos melhores pontos de mergulho do mundo. E esta afirmação não se dá por acaso, afinal são poucos os lugares no planeta quem têm média de temperatura da água de 26° e visibilidade de até 50 metros na horizontal. Isso para não falar da diversidade de vida marinha. É comum se escutar a seguinte frase na ilha: Vir a Noronha e não mergulhar é a mesma coisa que ir a Roma e não ver o Papa. Descubra você mesmo o porque desta frase e não é nem preciso saber mergulhar basta ter interesse, pois quem nunca mergulhou poderá realizar o batismo Submarino, acompanhados de um instrutor de mergulho a uma profundidade de até 12 metros. Já os mais experientes com curso comprovado farão mergulhos mais profundos.
Recomendamos usar: sandálias, boné, roupa de banho e mergulho.
Levar: material fotográfico subaquático.
Duração aproximada: 4 horas.
Nível de dificuldade: Leve.
Bens Tombados
Fortaleza Nossa Senhora dos Remédios: tombada pelo IPHAN em 1961
Igreja Nossa Senhora dos Remédios: tombada pelo IPHAN em 1981
Bens em Processo de Tombamento
Sistema Fortificado do século XVIII: em processo de tombamento pelo IPHAN
Sítios Arqueológicos Registrados no CNSA/IPHAN
Fortaleza Nossa Senhora dos Remédios
Forte São Pedro do Boldró
Forte Santo Antônio
Forte Nossa Senhora da Conceição
Reduto Sant’ Anna
Forte São João Batista dos Dois Irmãos
Forte São Joaquim do Sueste
Forte Bom Jesus do Leão
Aldeia dos Sentenciados
Armazém Agrícola
Zona Histórico-Cultural
Santo Antônio / Air France
Vila dos Remédios
Italcable
Floresta Velha
Vila do Trinta
Boldró
Três Paus
Vila da Quixaba
Base da Marinha Americana / Estrada Velha do Sueste
Taxa de Ancoragem
TAXA DE ANCORAGEM POR DIA OU FRAÇÃO, SEM MOVIMENTAÇÃO DE MERCADORIA
Para embarcações de: Passeio, mergulho, veleiro, iates, etc.
COMPRIMENTO DA EMBARCAÇÃO VALOR EM R$
Até 5m (cinco metros) 56,80
Entre 5m e 10m (cinco e dez metros) 84,91
Acima de 10m (dez metros) 226,40
NA EXISTÊNCIA DE MOVIMENTAÇÃO DE MERCADORIA, ACRESCENTAR POR TONELADA
Para embarque e desembarque de mercadoria em geral e lixo.
MERCADORIA POR TONELADA VALOR EM R$ POR TONELADA
Até 200 (duzentas) 4,29
De 201 à 1.000 (duzentos e um à mil) 2,83
Acima de 1.000 (mil) 1,99
Obs: valores atualizados em face da lei nº 11.022/2000 e Port. SF nº 244/2001, 285/2002 e 190/2003.
Tabela da Taxa de Preservação Ambiental
Tempo de Permanência
(em dias) Valor da TPA 2019 (em R$)
1 73,52
2 147,04
3 220,56
4 294,08
5 361,71
6 414,66
7 467,59
27 4.125,32
28 4.463,44
29 4.816,26
30 5.183,78
Saiba Mais : http://www.noronha.pe.gov.br/
Site Oficial do Arquipélago de Fernando de Noronha
Educação
Para que melhor se possa formar idéia sobre o que seja a educação em Fernando de Noronha, é necessário considerar alguns aspectos. A característica geográfica, sócio e econômica local, se difere e muito das ocorridas no continente.
Geograficamente Fernando de Noronha é parte integrante de um arquipélago distante 550 km de Recife e 375 km de natal. Constituí-se de 20 rochedos e ilhas, é na maior, com 16 km de área, que vivem todos os seus habitantes. O sistema viário é composto da BR 376, com 7.9km de extensão aproximadamente, ligando o porto ao aeroporto, em torno da qual situam-se os núcleos habitacionais, e ruas secundárias que dão acesso às praias e a todas as áreas habitadas de Fernando de Noronha.
Aproximadamente 2.100 pessoas residem no arquipélago, dos quais, aproximadamente, 180 se encontram matriculados na Escola-Bem-me-quer, no ensino da pré-escola, e 630 na Escola Arquipélago, no ensino Fundamental e Médio. Logo, mais de 1/3 da população noronhense é parte integrante da única rede de ensino disponível no arquipélago. A rede Pública Estadual.
O arquipélago é de origem vulcânica, localizada no Atlântico Equatorial, descoberto em 1503 por Américo Vespúcio, participante da segunda expedição exploradora da costa brasileira, cujo comando estava sob a responsabilidade de Gonçalo Coelho. O financiamento da expedição estava a cargo do fidalgo português Fernão de Loronha.
A descoberta do arquipélago se deu por acaso, uma vez que a nau bateu e naufragou no local conhecido como pedras secas, e toda a tripulação foi salva na ilha principal, onde permaneceram por quase dois anos, até serem resgatados e levados a Portugal.
Longos anos de abandono se seguem. O financiador da expedição recebe da coroa portuguesa o arquipélago sob a forma de capitania hereditária, fato ocorrido em 1504, todavia, jamais esteve no local. A partir de 1530 o Brasil passou a ser colonizado, e suas terras doadas também sob a forma de capitanias hereditárias sendo Fernando de Noronha a 1ª capitania hereditária do Brasil.
Após 1556 Noronha passa a ser abordados por franceses, piratas e holandeses. Os franceses inclusive, estiveram na ilha diversas vezes, a saber: 1556, 1612 e 1736. Há registro de permanência pirata e de Holandeses. A Holanda invadiu Noronha por volta de 1620, e lá permaneceu até sua derrota e expulsão dos bravos pernambucanos, ocorridas em meados de 1654.
Com este esboço, elucidamos o início das atividades da Escola Arquipélago Fernando de Noronha. Todavia, não há como falar do início das atividades da Escola, sem antes falar da descoberta do Arquipélago, seu abandono, suas constantes abordagens por parte de diversas nações européias e as deficiências e dificuldades enfrentadas para sua colonização e a implantação de um sistema de aprendizado e escolarização da população insular.
Pela sua localização geográfica privilegiada no Atlântico Equatorial, e sua inclusão na rota dos roteiros de navegação. Noronha passou a ser ponto estratégico para vários roteiros e intenções
Após a expulsão dos holandeses do nordeste do Brasil, e conseqüentemente de Fernando de Noronha, a ilha passou novamente por longo período de aparente esquecimento e conseqüente abandono. Só em 1737, passou a receber presos regularmente, ocasião que se consolidou como Colônia Correcional. As atividades de presídio correcional permaneceu até 1938
A primeira evidência de um estabelecimento específico voltado exclusivamente para o ensino se deu em 1890 conforme registro do livro de matrícula da Escola Púbica Mista do Presídio de Fernando de Noronha, estabelecida no local onde atualmente funciona o banco Real. O livro evidencia atividades constantes até 1916.
Várias outras unidades de ensino foram criadas e mantidas no Arquipélago, a exemplo do Grupo Escolar Major Costa fundado em 1957 e o ginásio fundado em 29 de fevereiro de 1964, funcionando onde hoje se encontra o Parque Flamboaiã, e através de vários convênios e dotações orçamentária, Noronha passou por diversas tentativas de implantação e modalidades de ensino, tudo na condição de território federal. Por está localizada geograficamente no meio, do oceano atlântico, muito tempo se perdeu até que se encontrasse um caminho para organizar uma estrutura capaz de atender a população insular, e ainda assim, de forma irregular se comparado ao aparato procedimental e as facilidades de mão - de - obra especializada encontrado no continente.
Em 02 de março de 1972, através da lei de nº. 5.692, de 11 de agosto de 1971, é constituída a Unidade Integrada de Ensino de 1º Grau do Território Federal de Fernando de Noronha, que absorve as atividades da Escola Major Costa e do Ginásio de Noronha. Para a consecução de seus objetivos a U.I.E. era mantida pelo MEC através do Departamento de educação e Cultura do então Território, sob o regime de externato, absorvendo inclusive crianças com idade de 03 a 06 anos, freqüentadoras do jardim da Infância.
Desde os primórdios que a educação em Noronha padece de corpo docente habilitado para suas atividades. Na época do Brasil colônia, a docência era realizada pelas esposas dos Comandantes-Governadores, sendo sucedidas pelas esposas dos militares e por leigos da própria comunidade que, alfabetizados, passavam os ensinamentos das primeiras letras.
Em 1981, foram firmados convênios com diversos colégios em Pernambuco e no Rio Grande do Norte, nas modalidades de ensino internos e externos, foram eles: Diocesano de Garanhuns, Colégio Santa Dorotéia de Pesqueira, Colégio Santa Águida de Ceara-Mirin no RGN, Colégio São Bento de Olinda, Colégio Maria Tereza em Recife e a Escola técnica de Natal, CEPREVE de Recife, e Colégio Elo no Recife.
A implantação do ensino de 2º grau (supletivo) se deu em agosto de 1985 e funcionava em duas salas no horário noturno nas dependências do U.I.E. Este projeto experimental foi batizado de CES-(Centro de Estudos Supletivos de Fernando de Noronha). Com isto, constatamos que algumas deficiências e dificuldades sentidas pelos os envolvidos com a educação da comunidade noronhense de então, permanecem em grande parte, até hoje.
Em 1988 com a reanexação, de Fernando de Noronha volta à Pernambuco, e a escola passa a ser administrada pela Secretaria de Educação do Estado, passando a se chamar Escola Arquipélago Fernando de Noronha.
Hoje a instituição passa por inúmeras inovações que vão da estrutura física e passa por uma atualização metodológica e pedagógica, atendendo as necessidades que se apresentam nesse espaço insular.
Logo, ensinar em Noronha é um constante aprendizado.
Arquipélago Fernando de Noronha
Fonte: http://www.noronha.pe.gov.br
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