segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Turismo Rural Brasileiro atividade multidisciplinar



“Bem...,o que podemos considerar como Turismo Rural ? Sem dúvida aquele turismo com cheiro de terra que utiliza como elemento vital os recursos culturais do território rural, que leva a viagens ao universo ambiental, artístico, histórico e vivencial, como a roda de viola ou as cavalhadas que permitem a integração com o cotidiano da roça, e a lida do campo. Imaginem..., os princípios que regem o Turismo Rural são a preservação das raízes rurais, a autenticidade do produto, a harmonia e sustentabilidade ambiental, a identidade, o envolvimento da comunidade e o atendimento familiar local.” Texto extraído do livro “Turismo Rural Brasileiro: Região Sudeste” 

Turismo rural ou agroturismo é uma modalidade do turismo que tem por objetivo permitir a todos um contato mais direto e genuíno com a natureza, a agricultura e as tradições locais, através da hospedagem domiciliar em ambiente rural e familiar.

Desde a década de 70, como resposta ao aumento e diversificação da procura turística, assim como a procura de soluções para o declínio e desagregação das sociedades rurais, assiste-se ao desenvolvimento do turismo em espaço rural, constituindo-se estas como um meio privilegiado de promoção dos recursos existentes nos territórios rurais, um factor de revitalização do tecido económico e social e uma oportunidade para o desenvolvimento destes territórios.

O turismo no espaço rural constitui uma atividade geradora de desenvolvimento económico para o mundo rural quer por si só, quer através da dinamização de muitas outras atividades económicas que dele são tributárias e que com ele interagem.

O Turismo Rural, além do comprometimento com as atividades agropecuárias, caracteriza-se pela valorização do patrimônio cultural e natural como elementos da oferta turística no meio rural. Assim, os empreendedores, na definição de seus produtos de Turismo Rural, devem contemplar com a maior autenticidade possível os fatores culturais, por meio do resgate das manifestações e práticas regionais (como o folclore, os trabalhos manuais, os “causos”, a gastronomia), e primar pela conservação do ambiente natural.

No campo do desenvolvimento econômico, o turismo rural só produziria atividades quando localizado em núcleos próximos a grandes cidades ou em locais com atrativos especiais. Porém, os problemas resultantes da massificação do turismo rural podem ser muitos, como por exemplo, a localização pontual, impactos ambientais graves, abandono de atividades agropecuárias e excessiva terceirização da atividade econômica.

O setor público vem ganhando importância na geração de ocupações não-agrícolas no meio rural, seja diretamente, por meio da administração pública, seja por meio dos serviços sociais por ela prestados.

Um hotel-fazenda é um estabelecimento comercial de hospedagem localizado sempre na zona rural e destinado ao lazer, recreação, eventos, etc. Podemos dizer ainda que é um local de hospedagem localizado em ambiente rural, dotado de exploração agropecuária, que ofereça entretenimento e vivência do campo. Na Cartilha de Orientação Básica do Cadastur, também do Ministério do Turismo, a definição adotada para um hotel fazenda é: um "hotel instalado em uma fazenda, ou outro tipo de exploração agropecuária, e que ofereça vivência do ambiente rural".

Os hotéis-fazenda, podem ser situados em propriedades rurais, adaptados de antigas estruturas originais de sedes de fazendas, nas quais foram conservados aspectos históricos de ciclos, econômicos e de culturas agrícolas. Nesses casos o turista desfruta de instalações modernizadas, do cenário típico da época e de atividades programadas para um hotel, com todos os equipamentos e serviços. Voltado também à prática de atividades recreacionais campestres e contato com a natureza.

Também podem ser totalmente novos, construídos mais para descanso e lazer, com infraestrutura instalada para a prática de vários esportes (piscina, quadra de tênis, campo de futebol, etc), arborismo, cavalariças e outros elementos típicos da vida no campo.

É bastante comum a utilização desta nomenclatura em hotéis com estrutura de lazer (uma outra categoria). No entanto, é possível verificar na bibliografia sobre o tema, que o termo "Turismo Rural" aplica-se na presença de atividades rurais como atrativos do meio de hopedagem, uma vez que o tema evoca um vivência em atividades típicas deste e que subentende-se que o turista as associa ao termo.

Agroturismo

O agroturismo é uma das diferentes modalidade de turismo no meio rural (em Portugal, no Brasil e outros), praticada por famílias de agricultores dispostos a compartilhar seu modo de vida com os habitantes do meio urbano.

É conhecido que os agricultores, que oferecem serviços de qualidade, valorizam e respeitam como ninguém o meio ambiente e obviamente a ruralidade, assim como, a cultural local ou tradicional. Assim, neste tipo de turismo, perante os órgãos oficiais e governamentais dos respectivos países, comprometem-se a dar conhecer aos seus hóspedes esse estar e saber. E para tal ficam «obrigados» a permitir que os de fora, que ficam em suas quintas rurais, executem as mesmas tarefas agrícolas em conjunto com eles. É esta última particularidade que se distingue das restantes modalidades de turismo rural.

Neste contexto, o agroturismo constitui uma atividade não-agrícola caracterizada pelo ponto de vista estritamente geográfico em zonas rurais, externas às propriedades agropecuárias da região onde se instalam. Sendo assim, nada têm a ver com as rotinas cotidianas da produção, constituindo-se, ao contrário, num mundo à parte.

Turismo rural no Brasil
Segundo o documento, do Ministério do Turismo do Brasil, "Diretrizes para o Desenvolvimento do Turismo Rural", a conceituação de Turismo Rural fundamenta-se em aspectos que se referem ao turismo, ao território, à base econômica, aos recursos naturais e culturais e à sociedade. Com base nesses aspectos, e nas contribuições dos parceiros de todo o País, define-se Turismo Rural como: “o conjunto de atividades turísticas desenvolvidas no meio rural, comprometido com a produção agropecuária, agregando valor a produtos e serviços, resgatando e promovendo o patrimônio cultural e natural da comunidade”.

No Brasil, são muito procurados o turismo rural em fazendas centenárias de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, como também passeios equestres no Pantanal Matogrossense e trilhas em fazendas históricas do interior paulista.

Algumas universidades brasileiras oferecem na graduação a disciplina de turismo rural.Como é o caso do curso de graduação em Zootecnia


A EMBRATUR define o Turismo Rural como “atividade multidisciplinar que se realiza no meio ambiente, fora de áreas intensamente urbanizadas. Caracteriza-se por empresas turísticas de pequeno porte, que tem no uso da terra a atividade econômica predominante, voltada para práticas agrícolas e pecuárias”. Conceituado ainda, como “exercício de atividades turísticas desenvolvidas em áreas rurais”, ou ainda como “deslocamento de pessoas a espaços rurais, em roteiros programados ou espontâneos, com ou sem pernoite para fruição dos cenários e instalações rurículas” o turismo rural “implica a produção de bens e serviços turísticos destinados a satisfazer a uma clientela turística, que é atraída pelo consumo destes bens no ambiente rural”, enfim, se trata de uma oferta de atividades recreativas, alojamentos e serviços afins, situados no meio rural, dirigida aos habitantes dos centros urbanos que buscam, nos momentos de lazer, um contato com a natureza e com os moradores da localidade. 

Características do Turismo Rural
O Brasil é um dos países com maior potencial turístico do mundo, devido a existência de diversificados atrativos naturais e culturas diferenciadas, porém tamanho potencial é pouco explorado, ou se restringe ao turismo litorâneo. Devido às características existentes, o principal segmento turístico, em potencial, é o turismo rural, que é visto como uma fonte de recursos para as propriedades agrícolas, “através da adaptação de estruturas fundiárias para recepção de turistas, de forma a oferecer condições para que os mesmos desfrutem dos recursos naturais e históricos inerentes à propriedade, que não são possíveis encontrar no meio urbano. Desta forma, visualiza-se uma nova opção para o incremento na renda, com alto percentual de valor agregado, devido principalmente a possibilidade de produzir e comercializar os produtos, sem intermediações, na própria fazenda. Desta forma, pode-se dizer que este sintoma de pluriatividade, revitaliza os negócios das propriedades agrícolas e fornece ao turista, que advém do meio urbano, principalmente, o contato com o meio rural. Sendo assim gera-se a integração entre as experiências da cidade com as do campo.”

O Turismo Rural tem características peculiares que o destingue de outras tipologias de
turismo, como:

• Contato com a natureza, através da promoção de atividades realizadas ao ar livre;
• Contato direto com os proprietários: geralmente são eles próprios que atendem os visitantes;
• Meios de hospedagem de pequeno porte: geralmente administrado pelos próprios proprietários, só assim permite que se preserve as características locais;
• Riqueza de patrimônio cultural: na área rural é que se preservou o maior acervo arquitetônico e histórico, e onde os usos e costumes perduram por mais tempo;
 Aproveitamento da aptidão de cada propriedade e de seus proprietários: criando roteiros de turismo, com ofertas diversificadas, diferenciadas entre si. 

Impactos Positivos do Turismo Rural
“Cada lugar deseja ter uma razão para orgulho local e, portanto, cuida de tudo que seja distintivo quanto a geografia, história ou tradição”40. Assim, o turismo rural serviria para despertar este sentido de preservação, em localidades nas quais a população encontra-se desvalorizada, desmotivada e empobrecida.
Além disso, oferecendo uma renda alternativa, com conseqüente aumento na qualidade de vida de sua população, o turismo rural contribui para fixar o homem do campo ao seu espaço produtivo, solucionando o grave problema de migração para os centros urbanos, onde geralmente, estes migrantes engrossam favelas e se empregam em atividades desqualificadas e com baixa remuneração.
“O homem abandonado no campo é um homem urbano em potencial. É um marginalizado nas grandes aglomerações. Como fixar esse homem à sua comunidade de origem tem sido uma indagação perene.”  certamente, o turismo é a resposta mais promissora, pois possibilita a diversificação da atividade agropecuária, em alguns casos, a baixos custos e com retornos a curto ou médio prazo.

Impactos negativos do Turismo Rural
Se o turismo rural não tiver sua implantação ordenada, planejada, estudada, suas conseqüências poderão ser extremamente maléficas para a região e a população envolvidas, não atendendo aos princípios básicos da sustentabilidade do produto turístico.
Os recursos naturais são um dos principais atrativos do turismo rural, podendo “ser melhor avaliado pela sua importância no inventário e na classificação da oferta que, por sua vez,  constituem a base de qualquer projeto dirigido para o planejamento turístico. Na maioria das vezes, entretanto, esta etapa é eliminada, seja pela ocupação espontânea, alheia aos critérios e necessidades do planejamento, seja pela pressa dos agentes e promotores turísticos em auferir lucros imediatos.” Nesta questão reside uma grande preocupação, pois a intervenção incorreta no meio ambiente acabaria destruindo “a razão maior dos deslocamentos turísticos com objetivos de recreação e de lazer.”


A EMBRATUR destaca as seguintes etapas e procedimentos operacionais para a elaboração de um projeto de implantação do Turismo Rural, “cujo grau de detalhamento e precisão dependerá dos dados e informações disponíveis e do nível de proposições a que se pretende chegar.”

1 – Diagnóstico do Município
Este trabalho será possível pela análise de um conjunto de informações agrupadas nos seguintes
itens:

1.1 – Características do Município
- Dados Históricos
- Informações Geográficas e Estatísticas

1.2 – Aspectos Sócio-Econômicos
- Principais Atividades Econômicas
- Mão-de-Obra do Setor Turístico
- Formação Profissional

1.3 – Demanda Turística
- Número de Visitantes, Segundo o Transporte Utilizado
- Número de visitantes, Segundo a Motivação de Viagem
- Fator Decisório da Viagem 
 Permanência Média
- Gasto Médio por Turista/Dia

1.4 – Meios de Hospedagem
- Equipamentos Hoteleiros Classificados
- Meios de Hospedagem Não Classificados
- Campings
- Albergues da Juventude

1.5 – Transportes
- Transporte Rodoviário
- Transporte Aéreo
- Transporte Marítimo/Fluvial
- Transporte Ferroviário

1.6 – Atrativos Turísticos
- Atrativos Naturais
- Atrativos Culturais
- Manifestações Tradicionais e Populares
- Centros Científicos e Técnicos
- Realizações Técnicas e Científicas Contemporâneas
- Eventos Programados
- Entretenimentos
- Excursões/Passeios

1.7 – Alimentação
- Gastronomia Típica
- Restaurantes

1.8 – Serviços Turísticos
- Agências de Viagem
- Transportadoras Turísticas
- Informações Turísticas
- Câmbio/Bancos

1.9 – Comércio Turístico
- Artesanato
- Lojas de Artesanato e “souvenirs”
- Feiras e Mercados
- Shoppings
- Ruas de Comércio

1.10 – Outros Serviços
- Serviços de Segurança
- Locadoras de Veículos
- Serviços de Saúde
- Comunicação em Correios, Telégrafos, Telefonia 

2 – Identificação das Áreas
Identificando as áreas rurais viáveis, onde o turismo pode ser integrado como atividade principal
ou complementar.

3 – Cadastramento das Propriedades Rurais Interessadas no Projeto

4 – Atividades Recreativo-Desportivas e de Animação Sócio-Cultural no Espaço Rural

4.1 – Atividades Recreativo-Desportivas
- Passeios a pé
- Passeios a cavalo – Turismo Eqüestre
- Cicloturismo
- Passeios Rurais
- Esportes Náuticos
- Outras Atividades Desportivas

4.2 – Atividades de Animação Sócio-Cultural
- Promoção de Atividades socioculturais
- Visita a Artesãos/Cursos de Artesanato
- Visitas a Rotas sobre o Patrimônio Artístico e Arquitetônico Rural
- Visitas a Realizações Técnicas Contemporâneas
- Promoção da Gastronomia/Cursos de Culinária Rural


Conscientização da comunidade envolvida
O planejamento da atividade turística deve ser feito com base nos dados concretos sobre o capital e a estrutura existente, considerando que serão necessárias adequações e mudanças nas rotinas da população envolvida, transformando as propriedades em empresas turísticas. 

Capacitação dos futuros empreendedores
O Turismo Rural não se restringe a atividades desqualificadas, rústicas e simples do campo. Muitos técnicos apregoam que o turismo é uma atividade fácil, de alta lucratividade, sem a necessidade de grandes conhecimentos por parte dos fazendeiros e agricultores que incorporam esta nova atividade. Porém, a observação da realidade desmente tais afirmativas, é uma atividade empresarial na qual é preciso investir e fazer um trabalho de vendas grande. Além disso é preciso ter um mínimo de instrução para administrar este novo negócio, que é bem mais complexo que a agropecuária e só se obtém retorno dos investimentos num tempo médio de dois a cinco anos.

 Agroturismo e turismo rural
Atualmente, em muitos municípios brasileiros, é possível constatar ações de fomento ao turismo rural, de forma organizada ou não. Para Zimmermann (2004), o processo de turismo rural que se desenvolve hoje no país é fruto da força da mídia e da necessidade que o produtor rural tem de buscar novas fontes de renda para a sua sobrevivência. O Brasil conseguiu criar um modelo próprio, dado a diversidade cultural do anfitrião, a dinâmica da população rural no país, e a riqueza dos recursos naturais que integram o espaço rural brasileiro.

A conceituação de Turismo Rural fundamenta-se em aspectos que se referem ao turismo, ao território, à base econômica, aos recursos naturais e culturais e à sociedade. Com base nesses aspectos, o Ministério do Turismo (2005, p. 7) define Turismo Rural como “o conjunto de atividades turísticas desenvolvidas no meio rural, comprometido com a produção agropecuária, agregando valor a produtos e serviços, resgatando e promovendo o patrimônio cultural e natural da comunidade”. Também esclarece o que se entende como Agroturismo: Agroturismo compreende as ‘atividades internas à propriedade, que geram ocupações complementares às atividades agrícolas, as quais continuam a fazer parte do cotidiano da propriedade, em menor ou maior intensidade. Devem ser entendidas como parte de um processo de agregação de serviços e bens não-materiais existentes nas propriedades rurais (paisagem, ar puro, etc) a partir do “tempo livre” das famílias agrícolas, com eventuais contratações de mão-de-obra externa’ (MINISTÉRIO DO TURISMO, 2005, p. 8). 

 Definições

Acolhimento
Processo de prestação de serviços, constituído por várias etapas durante a estada do hóspede.

Agroturismo
São empreendimentos de agroturismo os imóveis situados em explorações agrícolas que permitam aos Hóspedes o acompanhamento e conhecimento da atividade agrícola, ou a participação nos trabalhos aí desenvolvidos, de acordo com as regras estabelecidas pelo seu responsável.

Anfitrião
Anfitrião é o proprietário do empreendimento TH/TER ou a entidade exploradora ou os seus legítimos representantes.

Casa
Empreendimento de Turismo de Habitação ou de Turismo no Espaço Rural, incluindo espaços interiores e exteriores, devidamente licenciado no âmbito desta atividade.

Casas de campo
São Casas de campos os imóveis situados em aldeias e espaços rurais que se integrem, pela sua traça,
materiais de construção e demais características, na arquitetura típica local.
Quando cinco ou mais Casas de campo situadas na mesma aldeia ou freguesia, ou em aldeias ou freguesias contíguas sejam exploradas de uma forma integrada por uma única entidade, podem usar a designação de Turismo de Aldeia, sem prejuízo da propriedade das mesmas pertencer a mais de uma pessoa.

Cliente
Quem contrata um determinado serviço no TH/TER.

Colaboradores
Conjunto de pessoas da Casa, com vínculo laboral ou familiar, que intervêm no processo de acolhimento e serviços disponibilizados.

Consumíveis
Conjunto de artigos não perecíveis (iluminação, higiene, limpeza e economato) necessários ao perfeito funcionamento do TH/TER, para substituição e reposição por pessoa não especializada.

Entidade exploradora
A entidade exploradora pode ser o proprietário ou outra, quando a exploração da atividade é efetuada por uma entidade externa.

Envolvente Externa
Áreas externas à propriedade da Casa, que se encontram na sua proximidade, mas que são da responsabilidade de terceiros.

Envolvente Interna
Áreas contidas dentro da propriedade da Casa, sendo parte integrante desta e, por isso, da responsabilidade direta do anfitrião.

Hóspede
Pessoa a quem é fornecido o serviço de alojamento.

Serviço
Conjunto de características objetivas e subjetivas percecionadas pelo cliente na utilização de um serviço de TH/TER e traduzidas por um conjunto de requisitos.

Proprietário
Proprietário é o legítimo detentor do empreendimento de TH/TER, quando a exploração da atividade turística é própria.

Turismo no Espaço Rural (TER)
São empreendimentos de turismo no espaço rural os estabelecimentos que se destinam a prestar, em espaços rurais, serviços de alojamento a turistas, dispondo para o seu funcionamento de um adequado conjunto de instalações, estruturas, equipamentos e serviços complementares, tendo em vista a oferta de um produto turístico completo e diversificado no espaço rural.

Nota 1: Este Manual destina-se exclusivamente aos empreendimentos de Turismo no Espaço Rural: Agroturismo e Casas de Campo. Doravante o Turismo de Habitação e o Turismo no Espaço Rural (Agroturismo e Casas de Campo), serão designados, respetivamente, pelas suas abreviaturas TH e TER.

Turismo de Habitação (TH)
São empreendimentos de turismo de habitação os estabelecimentos de natureza familiar instalados em imóveis antigos particulares que, pelo seu valor arquitetónico, histórico ou artístico, sejam representativos de uma determinada época, nomeadamente palácios e solares, podendo localizar-se em espaços rurais ou urbanos.

O turismo no espaço rural, diferentemente do conceito turismo rural, não considera as atividades agrícolas como atividade principal, o que faz com que esse exercício não seja necessariamente uma forma de pluriatividade. Já a definição de turismo rural adotada pelo Ministério do Turismo (2010) aponta que o turismo rural é composto por um conjunto de atividades turísticas desenvolvidas no meio rural, comprometido com a produção agropecuária, agregando valor a produtos e serviços, resgatando e promovendo o patrimônio cultural e natural da comunidade. O turismo no espaço rural pode ser considerado uma autêntica forma de pluriatividade no meio rural, deve ser compreendido como oportunidade de obter renda extra, sem deixar as atividades agrícolas e ou a pecuária em segundo plano. Ao mesmo tempo, a pluriatividade também pode significar a revitalização e valorização das características socioculturais do local, quando vislumbrada a identidade do território como potencial turístico, tornando-se efetivamente esta identidade como uma das formas de marketing do local. 

Na sua forma mais original e ‘pura’, o turismo rural deve estar constituído em estruturas eminentemente rurais, de pequena escala, ao ar livre, proporcionando ao visitante o contato com a natureza, com a herança cultural das comunidades do campo e as chamadas sociedades praticamente ‘tradicionais’.




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